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O monte da Senhora da Piedade, Mondim de Basto

O monte da Senhora da Piedade, por Costa Pereira Capela de Nossa Senhora da Piedade Tomei a liberdade de fazer pequeníssimas alterações à notícia que Costa Pereira enviou para o NetBila, em 2015, relativamente à recuperação de um dos lugares mais bonitos de Mondim de Basto. Cinco anos depois, penso de todo o interesse assinalar o lugar para todos(as) quantos(as) desejem visitá-lo, confirmando ou não o trabalho que terá sido desenvolvido na sua preservação.   Capela de Nossa Senhora da Piedade - São Cristóvão de Mondim de Basto "É dos sítios mais belos que São Cristóvão de Mondim de Basto tem de seu, para mostrar ao forasteiro que se fique apenas pela vila. Ali, numa colina das traseiras da igreja paroquial donde se colhe uma sedutora panorâmica de todo o amplo espaço que envolve o Tâmega, o Cabril e o Bouro, fica a linda capela consagrada a Nossa Senhora da Piedade. A Junta de Freguesia empenhada no manter aquele relevo paisagístico devidamente zelado e atraente fez aos habitantes...

A Senhora da Ribeira... (provérbios)

A Senhora da Ribeira é merendeira A Senhora da Ribeira é merendeira (25 de março). Lua cheia, em março, trovoada, trinta dias é molhada. Eixe de freixo, cantadeiras de giesta, todo o caminho é festa. Enxame de março apanha-o no regaço, o de abril não o deixes ir, o de maio deixai-o fugir. Se o cuco não vier entre março e abril ou é morto ou não quer vir. Aos três encobrirás e aos quatro não poderás.  Em tua casa não tens sardinha, e na dos outros pedes galinha. Sardinha sem pão é comer de ladrão. Enviado por Jorge Lage Senhora da Ribeira, Carrazeda de Ansiães A propósito de A Senhora da Ribeira, mostro esta imagem, de 2015, do lugar da Senhora da Ribeira, pertencente ao concelho de Carrazeda de Ansiães. Este lugar belíssimo está situado na margem direita do rio Douro, quase em frente à Quinta do Vesúvio , na outra margem, muito conhecida sobretudo pela notoriedade de uma das suas primeiras proprietárias, Dona Antónia Adelaide Ferreira, mais conhecida por Ferreirinha, uma importante...

Miolos

Os miolos do jantar dos chouriços, por António Mosca Do pote onde se cozeram as carnes para as alheiras, retire-se a cabeça do porco, à qual se tinha, previamente, extraído a mioleira. Desosse-se a cabeça, partindo a carne em pequenos pedaços. Parta-se uma regueifa de trigo em fatias finas cortadas, depois, em pedaços pequenos. Desfaça-se a mioleira, em cru, com vinho tinto. Coloque-se a carne da cabeça no pote e ponha-se ao lume apenas com azeite e salsa. Numa frigideira, à parte, aloure-se em azeite, cebola e alho picados miúdo. Junte-se o conteúdo da frigideira no pote e misture-se bem, deixando frigir em lume brando. Uma vez apurado, adicione-se a água de cozer as carnes e o trigo. Mexa-se continuamente, até o pão se desfazer. Rectifique-se de sal, tendo em atenção que a carne já cozeu salgada. Misture-se a mioleira, adicione-se mais um pouco de vinho e deixe-se ferver mais uns minutos. Sirva-se, bem quente, à saída do pote. É um dos pratos emblemáticos do jantar da função dos chou...

Fígado de Sarrabulho

Fígado de Sarrabulho, por António Mosca Num pote de ferro ponha-se uma folha de louro e azeite bastante, até ficar bem rijento. Prepare-se o fígado do porco, cortando-o em paralelepípedos com cerca de 2cm de espessura e comprimento de 5 a 7 cm. Coloque-se o fígado no pote, adicionando sal q.b. e deixe-se frigir, em lume forte, durante cinco minutos. Arrede-se o pote do lume forte e ponha-se a abeborar, em lume brando, durante uma hora, adicionando mais azeite, caso necessário. Depois de apurado, raspe-se a passarinha* para dentro, para engrossar o molho e deixe-se ferver mais cinco minutos. Serve-se com batata cozida acabada de escoar. *Passarinha - Baço in "Quem me dera naqueles montes"

Ossos da Suã e Grelos

Ossos da Suã e Grelos, por António Mosca Os ossos da assuã com grelos de nabo Referi, quando descrevi a desmancha do porco, que à coluna vertebral do dito se retiravam os lombos e se destacavam as costelas, para outras funções. Os ossos da coluna, ainda com bastante carne agarrada, seguiam para a salgadeira no dia da desmancha. É deles que vamos tratar nesta sede. Retirados os ossos da salgadeira, passem-se por água para retirar o excesso de sal, cortem-se de duas em duas vértebras e cozam-se no pote de ferro. Sirvam-se com batata cozida e grelos de nabo temperados com azeite.   Depois da refeição – o jantar dos chouriços – os que sobejassem eram desossados para juntar a carne à massa das alheiras. in "Quem me dera naqueles montes"

Região do Douro

Paisagem Duriense Vinho do Porto e paisagem cultural A paisagem do Douro - região vinhateira do Alto Douro - é uma criação humana concebida pela força das mulheres e dos homens durienses que, durante séculos, moldaram esses montes que circundam o vale do rio Douro. Inúmeros terraços e muros de xisto foram desenhados, construídos sem máquinas, com instrumentos rudimentares manuseados pela energia dos braços de sucessivas gerações de famílias que no Douro sempre permaneceram. Este trabalho de transformação da paisagem duriense e o seu resultado foram, como é do conhecimento geral, os motivos que determinaram para o Alto Douro a classificação de Património da Humanidade pela UNESCO. O Alto Douro é uma região de características únicas, tendo sido o seu valor reconhecido por aquela organização internacional, contribuindo assim para o desenvolvimento e a implementação de dinâmicas capazes de fazer crescer a região vinhateira do Alto Douro em dois vetores importantes: o vinho e o turismo. Num...

Algumas considerações sobre alheiras

Pequeno excerto de texto sobre a qualidade das alheiras,  de Jorge Lage Quem deixa de fazer alheiras porcinas transmite para o público a sua incapacidade em fazer boas alheiras. E as boas alheiras não são as gabarolices de uns ou de outros que as sustentam, mas antes os paladares mais exigentes. Para termos boas alheiras, deveremos confecioná-las com bons produtos: carnes, trigo e condimentos. Assim, se as empresas de alheiras pensassem em produzir os próprios produtos, em especial as carnes e o pão; se as galinhas fossem criadas com produtos naturais e ao ar livre; se os porcos fossem criados em campo aberto, ou, pelo menos, com os produtos do campo, a qualidade da carne era outra e o paladar de afiar os dentes. Se em vez de banha entrasse só azeite virgem e se o trigo para as alheiras fosse cozido com pouco fermento e de forma mais tradicional e saudável, o fumeiro seria de qualidade muito superior ao normalmente encontrado.

Fumeiro de Vinhais

Fumeiro de Vinhais: produtos com Indicação Geográfica Protegida O Fumeiro de Vinhais tem atualmente todos os seus produtos com Protecção Comunitária IGP (Indicação Geográfica Protegida), um reconhecimento das qualidades específicas e tão apreciadas dos enchidos de Vinhais. Esta proteção permite ao consumidor adquirir no mercado estes produtos certificados, com a garantia de genuinidade e qualidade. A carne de porco raça bísara Transmontano DOP é também um produto nacional com Denominação de Origem Protegida pela União Europeia, desde 15 de dezembro de 2007. O porco bísaro é uma raça autóctone criada com uma alimentação à base de produtos naturais, onde se destaca a castanha, que permite a obtenção de uma carne de excelente qualidade, suculenta e saborosa. A qualidade da matéria prima, o saber tradicional de longas gerações e o clima rigoroso da região, distinguem o Fumeiro de Vinhais. Torreão do Castelo de Vinhais Butelo de Vinhais (IGP) Enchido fumado, obtido a partir de carne, gordu...

Mais provérbios sobre a castanha

Ditos e provérbios Queres castanhas? Larga-as o burro tamanhas! O ouriço abriu, a castanha caiu. Toma lá castanhas para não te montar o burro (diz-se no 1º de Maio). Quem não sabe manhas, não come castanhas. Quando gear, o ouriço vai buscar. Ouriço raro, castanha ao carro. Castanha assada, pouco vale ou nada, a não ser untada. Castanha bichosa, castanha amargosa. Dá-me castanhas, dar-te-ei banhas. No dia de São Martinho, rebusca o teu soutinho. in Castanea - uma dádiva dos deuses , de Jorge Lage

Pedorido, Castelo de Paiva

Pedorido, Castelo de Paiva, na margem sul do rio Douro Pedorido é uma aldeia sede de freguesia das nove que constituem o concelho de Castelo de Paiva, situado no distrito de Aveiro. São cinco, incluindo Pedorido, as freguesias deste concelho que, encostadas à margem sul do rio Douro, usufruem de uma paisagem deslumbrante sobre a "estrada" fluvial que transporta com barcos modernos muitos milhares de turistas desde o Porto e Vila Nova de Gaia até ao Douro Superior, fronteiriço com Espanha. São estes barcos, muitos deles com capacidade hoteleira, que os habitantes destes lugares se habituaram a observar. Não param, vão ansiosos por chegar à bela região do vinho, ao Douro moldado pela força do homem. Antigamente eram os barcos rabelos que nestas paragens aproveitavam, esses sim, para descansarem da atribulada descida por uma caudal muito mais estreito, sem barragens, até ao cais de Gaia onde descarregavam as pipas cheias de tratado (Vinho do Porto) para aí nos grandes armazéns e...

Chouriça doce

Chouriça doce de Vinhais (IGP) Enchido fumado, constituído por carne magra e carne gorda de porco de raça bísara, ou produto de cruzamento desta raça, sangue de porco, pão regional, mel, nozes, ou amêndoas e azeite de Trás-os-Montes. É cheio em tripa delgada de vaca ou porco. As carnes e gorduras são condimentadas e cozidas em água, as carnes desfiadas são adicionadas ao pão regional, formando uma massa que é finalmente condimentada à qual se adicionam os restantes ingredientes. Deve consumir-se cozido. Informação recolhida do folheto de divulgação da Feira do Fumeiro de Vinhais

Provérbios sobre a castanha

Ditos e provérbios sobre castanhas Em alheio souto, um pau ou outro. Em ano de boas castanhas: agosto a arder e setembro a beber. Do castanho ao cerejo, mal me vejo. Do cerejo ao castanho, bem me amanho. Desde que a castanha estoira, leve o diabo o que ela tem dentro. Com castanhas assadas e sardinhas salgadas, não há ruim vinho. Temporã é a castanha que em agosto arreganha. in Castanea - uma dádiva dos deuses , de Jorge Lage

Frango com Castanhas

Frango com Castanhas (de S. Pedro de Castelões) por Jorge Lage Ingredientes para quatro pessoas: 1 kg de castanhas (de Castelões); 1 frango; 2 pedaços de trigo; 1 cebola; água e sal (e tempero de estufar).   Golpeie as castanhas e coloque-as num tabuleiro no forno a assar. Descasque-as e reserve-as. Estufe o frango com o tempero a gosto, com a cebola às rodelas. Torre o trigo cortado às fatias pequenas. Sirva no prato o frango estufado e as fatias de trigo regadas com o molho do estufado e junte-lhe as castanhas.   Receita do livro «Maria Castanha - Outras Memórias», recolha de Vitória Mendes, no Centro de Dia de S. Pedro de Castelões - Vale de Cambra e adaptada por Jorge Lage Nota: Este prato invulgar, durante décadas, era consumido na Casa da Lomba (casa abastada da freguesia de S. Pedro de Castelões) e hoje foi adoptado por outras famílias, dado ser delicioso e barato. Outrora, no tempo das castanhas, quer estas, quer o frango estavam à mão sem necessidade de gastos de maio...

Contribuidores

Provérbios Trás-os-Montes e o Alto Douro são as regiões mais referenciadas e descritas nas páginas deste blogue. Com a participação de alguns colaboradores amigos, têm sido enriquecidas com textos informativos e de opinião, para além de imagens, muitas delas documentos inéditos da história e cultura transmontano-duriense. Verificando que algumas pessoas se interessam por provérbios, rubrica que era mantida em anterior plataforma, volto a essa temática, sempre com a prestimosa ajuda de Jorge Lage , escritor e investigador transmontano que se dedica à reflexão e ao estudo de tudo que se relaciona com as culturas tradicionais, costumes e ditos, como os provérbios que de um modo espontâneo aqui se apresentarão. Provérbios sobre a castanha Segundo Vasconcelos (1980), na máxima parte dos casos as crenças, os costumes, os provérbios, e outros elementos do viver hodierno são como ecos de eras afastadas: "o que ao presente parece gracioso ou ridículo, foi sério e grave…" Dado serem af...

Aldeia bordada de xisto

Igreja Matriz de Chelas, Mirandela Chelas, Mirandela – "Aldeia bordada de xisto" por Jorge Lage «Aldeia bordada de xisto» foi o epíteto dado pelo Cónego Silvério Pires, pároco de Chelas, do concelho de Mirandela, por ter no casario antigo e arruinado como material mural o belo e nobre xisto.  Apesar de ser uma pequena aldeia, outrora sede de freguesia e famosa pelas «barbas» e pelas «Barcas de Chelas» por onde, até final do século XIX, se escoavam muitos dos produtos agrícolas e pecuários, de toda a lombada ou corda que se estende até ao extremo das Terras de Lomba. Apesar de pequena, a Igreja matriz, dedicada a Santa Maria Madalena, está edificada no sentido poente-nascente. Uma linha imaginária a passar pelo meio da porta principal / campanário e do altar-mor divide-a em duas partes: as Eiras a Norte da Igreja (Nova) e o Carrascal a Sul. Carrascal tem como sinónimo sardoal ou azinhal. Os moradores das Eiras julgavam-se mais importantes do que...

As ninfas de Mirandela

Segunda versão do vídeo gravado em Mirandela, em 15 de março de 2016

Noroeste Transmontano e suas Barragens

Cávado, Rabagão e Bessa por Barroso da Fonte Publicado pela primeira vez, neste blogue, em 01 de março de 2013 São três os principais rios que nascem, fertilizam e refrescam os solos de Barroso: Cávado, Rabagão e Bessa. Todos férteis em truta e outros espécimes piscícolas. O primeiro nasce na Fonte Fria, na vertente sul da Serra do Larouco, (1.525 m).  A Câmara fez, à sua passagem, bem junto à marginal, um parque de lazer, com um reconfortante açude que substitui, para muitos, a praia atlântica e mediterrânica, para além de parque de merendas. Segue o leito que sempre teve até à foz, em Esposende. Mas não chega lá sem ser útil ao país, mais do que a Barroso. Nesse leito foram construídas, há cerca de meio século, a albufeira de Sezelhe que por túnel subterrâneo de cerca de 5 km, leva o reforço de água à Barragem do Alto Rabagão. O caudal que prossegue originou e mantém a barragem de Paradela construída em 1956. Não se esgota aí esse caudal, antes reúne novos riachos que vão encontr...

Pau da Barca

Quando o pau da barca falha… por Jorge Lage Outrora não havia tantas pontes como isso no Portugal Interior. A Ponde da Formigosa, sobre o rio Tuela, próxima de Vale de Juncal, só foi iniciada no último quartel do Séc. XIX e terminada em 1913, pelos mestres vindos de Cabanas, da Terra Fria, sendo um deles o avô do mirandelense (de Vale do Juncal) Vítor Cabano. Portanto, a inauguração foi muito posterior à chegada do comboio a Mirandela (1982). O meu pai, nascido em 1906, dizia-me que o escoamento dos produtos agrícolas da corda de Lomba/Vinhais até Cabanelas eram transportados em carretos de bois, por Chelas, atravessando nas famosas Barcas de Chelas para embarcarem, primeiro Douro abaixo e depois no «Comboio do Tua em Mirandela». Muitas vezes, era uma aventura atravessar o Tuela na Barca (de Chelas) quando ia de monte-a-monte. Eram precisos quatro paus ou bareiros bem grossos, com quatro homens dos mais possantes, subindo um pouco com a barca pelo rio acima para depois cortarem as água...

Poço de Azeite

Mirandela, «Poço de Azeite» por Jorge Lage Mirandela Mirandela é apelidada de «Poço de Azeite», por ficar entre vales e ser o concelho transmontano que mais azeite produz. O azeite de Mirandela (e de alguns concelhos vizinhos), foi considerado, por dois gurus mundiais, um italiano e outro francês, superior aos azeites franceses e italianos. O melhor azeite transmontano/mirandelense é consequência das características edafoclimáticas em que se produz (bom clima e boa terra), boas castas (verdeal, cordovil, cobrançosa e bical, entre outras) e da sua produção a frio em lagares modernos. Mas, em Mirandela não se produz só o melhor azeite do mundo. Também se fabricam os melhores esmagadores ou moedores de azeitona. Muito do azeite produzido em terras transmontanas e alto-durienses segue para França e Itália, em auto-tanques, e depois embalado como se lá fosse produzido, ...

O Bom Azeite

O bom azeite é sinónimo de saúde e qualidade de vida por Jorge Lage A cultura da oliveira, em Portugal, terá sido incrementada (ou introduzida) pelos antigos gregos e cartagineses. Assim, reza a História olivícola lusitana. A bacia hidrográfica do rio Tua foi considerada, durante séculos, terra de óptimo azeite e Mirandela apelidada «Poço do Azeite», principalmente para as gentes serranas da Terra Fria. Há estudos que comprovam que o consumo diário de uma colher de sopa de «azeite virgem» (azeite não adulterado, nem submetido a altas temperaturas para esconder produtos nocivos acrescentados) ajuda a prevenir o cancro da mama. Certo é que há pessoas a consumirem, em jejum, uma colher (de sopa) de azeite diária para manterem uma vida saudável e com mais qualidade. Por isso, muitos rumam a Mirandela, ao longo do ano, onde adquirem o azeite finíssimo do lavrador. No Canadá, qualquer produto orgânico é pago a um bom preço. As pessoas compram muito o que é orgânico e de quinta, como reacção ...

Seraphim Teixeira Sarmento de Sá

Seraphim Teixeira Sarmento de Sá, homem ilustre de S. Lourenço de Ribapinhão "Estudos Transmontanos e Durienses II" Tudo o que de mais importante pode saber-se sobre a freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, à data de 1758, está descrito em documento elaborado com data do dia 3 de março desse mesmo ano, pelo pároco da freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão - o senhor padre Seraphim Alvares, reytor da Igreja Matriz de Sam Lourenço. Consta nesse documento o nome Seraphim Teixeira Sarmento de Saa, com toda a certeza ascendente da família Teixeira Sarmento, da Casa do Pinheiro. Seraphim Teixeira Sarmento de Saa, como refere o senhor padre Seraphim Alvares, nasceu em S. Lourenço e aí foi batizado na igreja matriz. Foi soldado, servindo em “guerras passadas” e homem ilustre. Foi governador de Cabo Verde e de “Sam Thomé”, com patente de “capitam geral”.  Recolhido na sua casa de S. Lourenço, aí faleceu e foi enterrado na igreja. Fonte: "Estudos Transmontanos e Durienses II...

Matrafões

Matrafões – receita enviada por Jorge Lage  Ingredientes: 2,5 a 3 kg de farinha triga; 18 ovos; ½ litro de azeite; 1 kg de açúcar; 1 colher de sopa de bicarbonato de sódio; 1 colher de fermento; 1 copo do vinho de aguardente. Confecção: Misturam-se e batem-se os ingredientes (ovos, azeite, açúcar e aguardente) muito bem e por fim adiciona-se a farinha e o fermento. Distribuem-se às colheradas de sopa bem cheias (uma para cada bolo) em formas untadas com azeite e polvilhadas de farinha.  Pincelam-se com ovos batidos.  Cozer em forno bem quente. (Receita cedida por Maria Gentil Vaz e «herdada» da família, de Mós – Torre de Moncorvo) Nota: Estes doces, muito semelhantes aos económicos, faziam-se mais quando surgia uma situação de pressa, pois enquanto que os económicos tinham que “subir” (crescer em bico), o que requereria mais cuidado ao amassar os ingredientes, os matrafões não crescem tanto (ficam mais baixos porque não são polvilhados com açúcar) pelo que requerem menos ...

Roteiro Arqueológico e Artístico do Concelho de Vila Real

Capela de Guadalupe O "Roteiro Arqueológico e Artístico do Concelho de Vila Real" é da autoria de João Parente. De um modo claro, conciso, João Parente apresenta num pequeno livro textos precisos sobre o património arqueológico e artístico do concelho de Vila Real e imagens expressivas desse património, tudo muito bem enquadrado e esquematizado com os mapas respetivos dos lugares e diversos monumentos e seus pormenores, proporcionando o autor uma consulta rápida, numa leitura simples e culturalmente enriquecedora. Do livro "Roteiro Arqueológico e Artístico do Concelho de Vila Real" de João Parente (textos e fotografias) e mapas de Leonor Ribeiro, com produção de Mediana - Sociedade Gestora de Imagem e Comunicação, retirámos um excerto "Capela de Guadalupe" transcrito a seguir: Roteiro Arqueológico e Artístico do Concelho de Vila Real «É um templo do último quartel de século XV. A circunstância de ter sempre escassez de meios conservou-lhe a beleza e a unid...

Cais do Douro, em Cinfães

Porto Antigo e Escamarão O Cais de Porto Antigo situa-se na freguesia de Oliveira do Douro, concelho de Cinfães, aonde os rios Bestança e Douro se unem num abraço. Aqui podem acostar barcos de turismo de maior ou menor dimensão, existindo também uma plataforma flutuante para cerca de 14 barcos de recreio. Dispõe de um amplo terrapleno ligado à água por uma rampa varadouro destinado a estacionamento, bar, lojas e sanitários. O cais serve ainda de porto de espera de algumas embarcações para a Barragem de Carrapatelo. Cais de Escamarão, Cinfães do Douro O Cais de Escamarão, localiza-se na freguesia de Souselo, concelho de Cinfães, próximo à capela de Nossa Senhora da Natividade. Dispõe de um cais acostável para embarcações turísticas, uma fluvina para 10 barcos de recreio e um terrapleno para estacionamento, bar e sanitários. Daí é visível uma pequena ilhota, designada por "Ilha dos Amores", que apresenta vários vestígios arqueológicos. O cais serviu em tempos de paragem para os...

Rosquilhas

Rosquilhas (à antiga), por Jorge Lage Ingredientes: 1 kg de farinha; ¼ litro de azeite; ¼ litro de leite; ½ kg de açúcar; 6 ovos; 2 colheres de chá de bicarbonato de sódio; 1 cálice de aguardente e 1 colher de sopa de canela em pó.   Confecção: Amassa-se a farinha com os ovos, indo juntando, aos poucos, o bicarbonato, o azeite, o leite, o açúcar, o cálice da aguardente e a canela. Depois de bem amassado e de a massa ficar moldável, retiram-se pequenos pedaços que se enrolam ao comprido e depois fazem-se as rosquilhas (argolas grandes). Fritam-se na sertã, com o azeite bem quente, até ficarem coradas e viram-se e depois de louras retiram-se. Polvilham-se com açúcar e estão prontas a ser servidas.  Receita fornecida por Irene da Conceição e M.ª Rosa Lage Viegas (ambas de Mirandela) e por nós adaptada. Nota 1: À falta de azeite pode usar-se margarina ou óleo. Não esquecer que o azeite torna a receita mais original, por este ser um produto de Mirandela, também conhecida pelo «Poço...