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Delfim Monteiro

Delfim da Silva Monteiro, simples “fazedor” de curandices https://www.youtube.com/watch?v=vBc54eLsFTM Delfim da Silva Monteiro, residente no lugar das Paredes, freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, concelho de Sabrosa, distrito de Vila Real, não passa, segundo alguns, de um simples “fazedor” de curandices, valendo-se dos achaques e fraquezas da vida das pessoas que o procuram, sustentando as suas crenças, porventura usufruindo eventualmente de benefícios circunstanciais, continuando, de facto, Delfim Monteiro, na sua labuta diária de pequeno agricultor. Delfim da Silva Monteiro Delfim Monteiro é um homem simpático, de sorriso permanente, como eu mesmo tive já oportunidade de o constatar em diversas circunstâncias da vida da freguesia que temos em comum, inclusivamente em prolongada conversa, já lá vão uns três anos, a

Serrobeco

Serrobeco ou Serrubeque No vídeo “ Caminhos de Vilar Celas ”, António Vilela refere-se ao “serrubeque” ou avental de “serrubeque”. Tomei eu próprio a liberdade de inscrever no subtítulo desse vídeo a expressão “xaile de serrubeque”. De facto, tal como em outras terras, na freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, em tempos que já lá vão, chamava-se “serrubeque”, como muito bem diz o António, ao tecido grosseiro resultante da lã das ovelhas de “serrubeque” – ovelhas de cor preta, cuja lã seria muito áspera, mas que protegia muito bem do frio e da chuva as senhoras que o usavam. Entretanto, contribuindo para um melhor esclarecimento desse termo antigo, a Márcia Parente e o José Vilela, comentando no Facebook, associaram a palavra “serrubeque” às capas de burel, despertando a minha curiosidade, levando-me a uma breve pesquisa e consulta ao dicionário de língua portuguesa, concluindo que o termo popular em referência deve escrever-se serrobeco, tal como consta no dicionário online Priberam.

Maias

Maias "É pra maia" por Jorge Lage Imagem obtida na freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, entre os lugares das Paredes e Saudel. Em véspera do 1.º de Maio, bem cedo, no Mercado Municipal de Braga, dei com imensos ramos de gestas ou maias a serem vendidos pelas lavradeiras, emprestando ao local um odor campestre. Diziam-me das giesteiras negras floridas: - é pró Maio! Outras vendedeiras aconselhavam: - é para não entrar a preguiça. Outras asseguravam que: - é para não entrar o mau-olhado. Todas me queriam vender um ramo ou uma coroa e eu tinha de explicar-lhes que o meu interesse era para saber o que elas pensavam sobre esta milenar tradição maioca religioso-profana. A sua origem remonta muito para além das civilizações grega e romana, com as florálias e o culto à deusa Maia, muito para além das civilizações egípcia ou fenícia, esta última com as festas de arromba, com os tabuleiros de trigo espigado, em honra de Adónis. As menções bíblicas à festa da Páscoa judaica ou a saíd

As Maias

Imagens obtidas na freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, concelho de Sabrosa, em 3 de maio de 2021. Todos os anos, neste mês, vestem-se os montes de amarelo, resultado das flores das gestas, ou giestas! Jorge Lage relata no seu livro "As Maias entre Mitos e Crenças" diversas tradições sobre as Maias que advêm de tempos remotos, perdurando ainda na atualidade!

Jogos Populares, em Vila Real, em 1977

Jogos Populares Transmontanos Jogos Populares Transmontanos, em Vila Real, em 1977 (A taça para o 1º prémio) Como foi já referido nestas páginas, o tema "Jogos Populares" e a feitura de alguns artigos relacionados, apoiaram-se no estudo e investigação efetuados por António Cabral, expert do Conselho da Europa no II Estágio Alternativo Europeu sobre Desportos Tradicionais e Jogos Populares. Excertos, imagens e resumos dos seus livros editados sobre este tema, têm sido aqui inseridos. Diz António Cabral no seu livro "OS JOGOS POPULARES (Onze anos de história: 1977-1988)" que a grande festa de Jogos Populares ocorreu, em vários pontos da cidade de Vila Real, em 13 de Novembro de 1977. Com um garrido cenário de zés-pereiras, tunas, bandas de música, ranchos folclóricos e grupos de teatro, participaram nos jogos, perante vários milhares de espectadores, cerca de 1150 pessoas (crianças, jovens e adultos de ambos os sexos) . Subida ao poste ensebado, jogo do cepo, jogo da

Jogos Populares

Implementação dos Jogos Populares pelo CCRVR António Cabral Segundo o livro "Os Jogos Populares" de António Cabral, foi em Vila Real que, em 13 de Novembro de 1977, se iniciou o movimento de recuperação festiva dos jogos populares, tanto em Portugal como no resto do mundo. Em Setembro de 1988, o CCRVR - Centro Cultural Regional de Vila Real - preparou: - os II Jogos Populares do Marão, juntamente com a Associação Cultural de Candemil; - os VII Jogos Populares Galaico-Transmontanos de colaboração com a Associação Pedagógica Galaico-Portuguesa; - os VI Jogos Populares Transmontanos; - os V Jogos Populares Transmontanos Infantis. Fez a avaliação da sua participação na grande festa de Jogos Populares Portugueses, em Lovaina (Bélgica), entre 14 e 18 de Setembro. Trabalhou, através do seu representante, na Comissão de Honra dos Jogos da Malha, uma iniciativa da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis. Preparou uma exposição sobre jogos populares e organizou uma ludoteca. A apresent

As Festas dos Jogos Populares

O Jogo das Panelas, junto à Torre de Belém Imagem do livro "Os Jogos Populares (Onze anos de história: 1977-1988)", de António Cabral Jogo das Panelas, numa festa de Jogos Populares, junto à Torre de Belém, em Lisboa! A partir de 1977, com a grande festa de jogos populares - I Jogos Populares Transmontannos -, inúmeras localidades transmontanas começaram a festejar o seu reaparecimento. De facto, nesta altura, as populações sentiam que a cultura popular, a sua própria cultura, renascia pelo interesse e empenho que todos demonstravam e pelos apoios que recebiam das estruturas locais do Estado. António Cabral esteve à cabeça deste movimento, contribuindo com o seu entusiasmo, a sua investigação e o apoio dado aos grupos que, entretanto, se formaram e organizaram em associações culturais, tomando estas parte na implementação dos jogos, alguns deles adormecidos pela distância do tempo. Até ao ano de 1988, os jogos populares transmontanos percorreram e divertiram milhares de pesso

Jogos populares entre 1981 e 1988

António Cabral foi o grande estudioso e investigador dos Jogos Populares António Cabral Entre os anos de 1981 e 1988, os jogos populares transmontanos foram, por todo o território nacional e por vários países, mostrados e discutidos nas suas várias vertentes e sensibilidades. Além dos jogos propriamente ditos, com a participação festiva das populações, conferências, cursos, seminários, reuniões, publicações, exposições, filmes, etc., aconteceram com patrocínios das câmaras municipais e juntas de freguesia, centros culturais, escolas e universidades, Fundação Gulbenkian, Instituto Nacional dos Desportos e outras entidades. O tema foi estudado, investigado, discutido e colocado à disposição de todos, durante este período áureo dos Jogos Populares Transmontanos. António Cabral foi, de facto, o grande estudioso e investigador destes jogos que provêm de tradições ancestrais e que

Os Jogos Populares

Exagero dos detalhes Detalhes que não favorecem a actividade lúdica Numa pequena reflexão sobre jogos, no seu livro "Os Jogos Populares", António Cabral alerta para o exagero dos detalhes. Em jogos tão simples, como por exemplo, os jogos das crianças, mas também os dos adultos, determinados pormenores àcerca das regras, quando levados em conta com objectivos perfeccionais, desvirtuam completamente a actividade lúdica. Diz o autor: " ...num jogo tão simples como a Corrida do Arco, entrar em detalhes que nada têm a ver com a actividade lúdica infantil, complicando, por exemplo, o sistema de pontuação relativamente à queda do arco, ao derrube de obstáculos e aos minutos de prova, transforma-se o jogo numa autêntica gincana. Assim, com exagero de procedimentos em relação às regras de jogo, este deixa de ter características simples e perde espontaneidade e naturalidade. " António Cabral alerta ainda que os meios técnic

No tempo dos antigos

No "mou" tempo! por Jorge Lage O tempo anual no meio rural media-se, e ainda se mede para os mais velhos, pela vida das pessoas, pelas colheitas dos frutos e outras fainas agrícolas do que pelos meses do ano. Depois, com mais precisão, era marcado pelas feiras e romarias e pelo calendário litúrgico. Ainda havia outros factos ou tempos nefastos para datar períodos mais longos. Começa assim a canção popular: Raparigas do meu tempo, Rapazes da mesma idade, Já que eu me caso tão cedo, Gozai vós a mocidade! Era o tempo de solteiro que passava para quem se decidia pelo casamento. Nesse tempo, o rapaz casava com a rapariga e a rapariga escolhia um rapaz. Para trás ficava o «tempo de escola», para quem a podia frequentar. Ficava, ainda, «o tempo de rapaz» e «o tempo de rapariga», que, geralmente, quase coincidia com a adolescência, «o tempo de solteiro». A pessoa que casava passava a ter o estatuto de homem ou de mulher adul

Jogos Populares Portugueses

Jogos Populares Portugueses, de António Cabral por Editorial Domingos Barreira No livro "Jogos Populares Portugueses" diz o seu autor – António Cabral: "...Vejamos como os jogos do nosso povo, tradicionais ou não, se ligam frequentemente ao trabalho, sobretudo ao rural, e não podem entender-se no seu verdadeiro significado sem que essa ligação seja tida na devida conta. A ligação em alguns é mais do que evidente, como é o caso dos jogos do malhão, da reca, das andas, do ferro bacelar, das corridas de burros, de cântaros, etc. O burro utilizava-se, como ainda se utiliza, para transporte de cargas e de pessoas, à ida e à vinda do trabalho do campo e para serviços com ele relacionados." Todas as formas culturais evoluem. Estão sujeitas às vicissitudes do tempo, às mudanças sociais, a novas influências estéticas e a novoas ritmos de vida. Mas a essas formas culturais subjaz um quotidiano das comunidades reflectido numa identidade específica que se projecta na cultura do

O Jogo Infantil

O Jogo Infantil: Período sensório-motor por António Cabral «O jogo consiste em transformar um meio num fim em si mesmo», disse Piaget. Isso acontece com o jogo infantil. No seu quarto estádio de desenvolvimento, entre os 8 e os 12 meses (período sensório-motor), a criança aprende a separar os meios dos fins e o jogo surge. Por exemplo: uma bola com que brinca escapa-se para trás de um obstáculo; antes, fora do alcance visual, não a procurava, mas agora sim. Ultrapassar o obstáculo é o meio a que pode achar graça. Se o converte num fim aparece o jogo. O mesmo sucede com o jogo popular. O homem que lança fora do campo, onde trabalha, a pedra que o estorva pode converter o lançamento num fim em si mesmo e assim nasce o jogo do malhão. in Jogos Populares Portugueses , de António Cabral

Jogo do Barril

Jogo típico do Alto Douro por António Cabral António Cabral, Castedo do Douro 1. Usa-se um barril dos que se utilizam para guardar ou transportar vinho, mas sem os dois tampos, e suspende-se a uma altura de cerca de meio metro do solo. 2. Os concorrentes partem da meta, um de cada vez, e terão de passar pelo interior do barril, dele sair totalmente, voltar pelo mesmo caminho e cortar a meta. 3. A distância entre a meta e o barril é da responsabilidade do júri. 4. Vence a prova o que a fizer em menos tempo. Jogo típico do Alto Douro, em particular do concelho da Régua. Evoca os trabalhos preparatórios das vindimas em que os lavradores, directamente ou socorrendo-se de tanoeiros, consertam as vasilhas para o vinho. Isso acontece normalmente entre meados de Agosto e de Setembro e é, então, natural que o jogo apareça. Quando as vasilhas estão ainda sem as tampas, o rapazio, feito olhapim das mil e uma habilidades artesanais, descobre o processo de se divertir, enfiando-se por elas dentro,

Os Jogos Populares e o Ensino (2)

Ensinar jogando No seu livro "Jogos Populares Portugueses", António Cabral chega a conclusões muito interessantes e, de facto, muito importantes para o desenvolvimento do ensino, muito especialmente o ministrado às crianças. No capítulo "Os Jogos Populares e o Ensino", António Cabral refere duas frases de dois estudiosos desta matéria: - Todo o comportamento é motivado - disse Young em 1936; - As tentativas experimentais para demonstrar a aprendizagem sem motivação provaram ser todas equívocas - disse Bugelski. O aluno aprenderá tanto mais e melhor quanto mais despertado for, ou seja, para manter o aluno interessado e atento, o professor deve motivá-lo despertando nele a curiosidade e o interesse em saber aquilo que desconhece, chegando-se assim à conclusão que: - Face às novas concepções do processo de aprendizagem, a motivação passou a constituir o centro de interesse de todo o processo educativo

Os Jogos Populares e o Ensino

Porque não têm atribuído importância aos jogos populares? por Editorial Domingos Barreira ,  numa publicação, neste blogue, de 19 de maio de 2006 Que os jogos educam é ponto mais ou menos assente. Daí que os professores de Educação Física, em cumprimento dos programas que vêm do Governo, organizem, para além da ginástica, jogos de voleibol, basquetebol, andebol, etc. Mas porque não têm atribuído a mesma importância aos jogos populares? Estes vão-se permitindo (alguns) nas escolas primárias, até porque seria impossível contrariar sempre os gostos das crianças. Claro que há professores que incentivam a sua prática. Mas porque é que os jogos populares estão à margem do desporto que se pratica no ensino secundário e universitário? Porque a instrução, quanto mais elevado for o seu grau, implica a massificação, a nivelação cultural, o esquecimento e o repúdio da cultura popular? Ninguém escreve isto assim, talvez poucos o pensem com tal agre

As castanhas e os jogos

Jogo de damas com castanhas por Jorge Lage Há algumas décadas escasseavam os brinquedos comercializados, especialmente nos meios rurais e ainda mais o pecúlio para os adquirir. Se em muitos lares não havia dinheiro para pão, como se podia pensar em comprar brinquedos? Nesses tempos, as crianças brincavam especialmente com materiais (paus, pedras, areia), frutos (castanhas, nozes, avelãs, bolotas, abóboras, pinhas, maçarocas de milho), folhas e bugalhos, colhidos directamente da natureza. Com folhas, frutos, paus e pequenos cacos, ainda hoje se joga às casinhas, representando cenas da vida doméstica ou da imaginação criativa infantil. A manufactura dos próprios brinquedos é já um jogo de construção, que desenvolve a habilidade manual, a criatividade e o amor pela obra produzida. Conjuntamente com nozes, bolotas, bugalhos, paus, cortiça e casca de pinheiro, as castanhas são, no período em que abundam, dos objectos lúdicos mais utilizados.

A Leira

A leira: a Marela e a Biôsa por Paulo André Da Silva O lavrador aricava a sua leira agarrando fortemente o arado para não dar cabo do renobo e afoutava a mula já velha e com poucas forças. Entrementes ia pensando na zargolina que tinha apanhado no dia anterior. A água d'arcos da catalana do seu amigo Maneta, era boa! O barbamzum do andubinho estava sempre a passar! Aquilo provocou uma grossabagolhoça que vai demorar a desaparecer. Ainda por cima, antes do jantar, já o sol estava bem a pique e a fome apertava, e aquela repolhaça russa nem um chismiz de bica me deu! Isto de um homem andar sempre no monte vira um samalagantas que só sabe comer em cuncas. Estouque tenho que ganhar juízo! Enquanto o Barrosão cismava no que lhe tinha acontecido, a mula arreou e ele, rápido, afagou-lhe a pele e tudo voltou ao normal. – Não tinha ficado mal, não senhora – pensou ele.  Os regos estavam que

Expressões Populares (3)

Expressões Populares, segundo o Mirandelês Enviado por Jorge Lage «M» Macacar – macaquear, troçar. Macacoa – solipanta, mau-humor (deu-lhe a macacoa!). Maçadela – maçadura, pisadura. Macarena – macabra, sinistra. Macarono – boneco feio, cabeçudo, gigantone. Machadinhas – setenta e sete anos, (se passar as machadinhas, pronto estou safa!). Machona – mulher corpulenta, mulher de grande porte, cavalona. Machorra – estéril, baleira, que não procria. Madraço – preguiçoso, mandrião. Madronho – medronho. Magano – malandro, mariola. Mais de quantos – muitos. Mais-a-mais – além do mais, além disso. Mais-que-tudo – pessoa a quem se ama muito (ali vem o meu mais que tudo). Mal-ajambrado – mal amanhado, mal vestido. Malandraige – malandragem, bando de malandros. Malapata – pouca sorte, má sina, infelicidade. Malápia – maçã pequena e brava que amadurece pelo S. João (Ribeiro 1941, DT) - maçã temporã muito apreciada. Malato – carneiro novo com um ou dois anos, maior do que o borrego. Mal-dos-

Expressões Populares (2)

Expressões Populares, segundo o Mirandelês Enviado por Jorge Lage «H, I, J, L» Habilita-te! – Atreve-te! Arrisca-te! Há-de ir descalço para a cama – há-de ir ao rego. Hás-de-me vir comer à mão! – ainda me hás-de pedir ajuda. Homem velho e mulher nova, ou corno ou cova – crítica popular ao velho que escolhe uma nova. Homes de Sta. Maria (de Émeres), beis de Valpaços e mulheres de Valtelhas, quem os meter em casa torce as orelhas! – Homes pouco trabalhadores e promeiros até andavam de socos e de gravata. Beis que estavam habituados a lavrar os terrenos arenosos ou saibrosos se fossem para terrenos duros não tinham bom desempenho à charrua ou à agrade. Mulheres de Valtelhas por não serem limpas, isto é, preguiceiras para a lida da casa. Íamos aos soitos dos oitros – íamos roubar castanhas. Ir à araba – ir lavrar. Ir à galela – ir apanhar pequenos cachos de uvas. Ir ao rebusco, ir ao gaipêlo, vinha. Ir a toque de caixa – ir à pancada. Ir de arroncho. Ir aos gambozinos – é uma partid

Expressões Populares

Expressões Populares, segundo o Mirandelês Enviado por Jorge Lage «A» A capa e o sarrão nunca pesaram! – O agasalho e a merenda nunca pesaram! À certa confita – A alturas tantas. À côa! – Gritava-se para afugentar o lobo ou alcateia! À cuca – À espreita. À drede – Adrede. De propósito. Por mangação. A fazer comida para pobres e a vender aves de bico, nunca ninguém ficou rico – Em negócios de migalhas não se conseguem milhões. A filha casada ao pé da porta é pior que a cabra na horta – Tenta levar da casa dos pais para a sua casa, tudo o que pode. À frente que atrás vem gente! – Vamos embora. Segue o teu caminho! À galinha que canta como o galo corta-lhe o gargalo – Onde há galos não cantam galinhas! A mulher e a pescada, querem-se da mais lascada – A uma mulher bonita e bem feita chamava-se “uma lasca”. A ingrampar – A enganar. A jurdir – A fazer. A urdir. A tramar. A tua ferramenta é como a do Troca, quando não corta, desnoca! – Isto dizia o Arnaldo Falcão de (Chelas) ao Alfredo Chovi