Jogos Populares PortuguesesNetBila'News Avançar para o conteúdo principal

Jogos Populares Portugueses

Jogos Populares Portugueses,
de António Cabral

por Editorial Domingos Barreira

Jogos Populares
No livro "Jogos Populares Portugueses" diz o seu autor – António Cabral: "...Vejamos como os jogos do nosso povo, tradicionais ou não, se ligam frequentemente ao trabalho, sobretudo ao rural, e não podem entender-se no seu verdadeiro significado sem que essa ligação seja tida na devida conta.
A ligação em alguns é mais do que evidente, como é o caso dos jogos do malhão, da reca, das andas, do ferro bacelar, das corridas de burros, de cântaros, etc. O burro utilizava-se, como ainda se utiliza, para transporte de cargas e de pessoas, à ida e à vinda do trabalho do campo e para serviços com ele relacionados."
Todas as formas culturais evoluem. Estão sujeitas às vicissitudes do tempo, às mudanças sociais, a novas influências estéticas e a novoas ritmos de vida. Mas a essas formas culturais subjaz um quotidiano das comunidades reflectido numa identidade específica que se projecta na cultura dos povos e se expressa com genialidade nas tradições populares.
Os jogos populares são uma das mais espontâneas formas de expressão da alma de um povo. Neles se exprime a necessidade do lazer, a alegria do trabalho transfigurado em festa e a imaginação enriquecida por uma experiência secular. E isso é cultura no sentido em que a cultura é o modo característico de viver de uma comunidade.
Ao empreender a publicação deste importante trabalho de investigação e recolha dos jogos populares portugueses, realizado por António Cabral, estamos certos de prestar um valioso contributo para a preservação do nosso património e da nossa personalidade cultural, a fim de não perdermos o sentido da terra e do povo que somos.

Editorial Domingos Barreira - Porto

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Encontro com Delfim da Silva Monteiro, nas Paredes

Número de telefone para contactar o Sr. Delfim: 969179420 No lugar das Paredes, freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, o encontro espontâneo com Delfim da Silva Monteiro que, em tempos, me contou a lenda de Nossa Senhora das Candeias. Neste vídeo, em linguagem simples, muito expressiva, refere as curas que consegue a quem o procura, através da invocação de Nossa Senhora da Saúde!

Lenda da Nossa Senhora das Candeias

Paredes, freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão Numa bela noite, 2 de fevereiro, ia um caminheiro com os seus dois cavalos carregados, que ficaram atolados naquele histórico atoleiro. Era homem de boas ideias. Pediu à Senhora das Candeias, foi ouvido e Nossa Senhora apareceu com uma candeia na mão; alumiou-o e seus cavalos desenterrou, acompanhando-o à povoação (Paredes). - Está visto que o homem tinha bom coração; diz o contador desta história - Delfim da Silva Monteiro - natural e residente naquele lugar. Era uma noite rigorosa com muita chuva e neve que apanhou desprevenido o almocreve. Nossa Senhora a esse homem disse que nada dissesse, mas ele não pôde resistir ao que viu. Foi um Milagre!  Cheio de alegria no seu coração, logo transmitiu e espalhou pela povoação. Toda a gente correu para as fragas daquele lugar, hoje conhecidas por Fragas de Nossa Senhora das Candeias, lindo lugar, digno de se visitar! - Desde esse tempo, a Senhora das Candeias das Paredes foi sem

Quadras populares a S. Gonçalo de Amarante

Quadras populares a S. Gonçalo de Amarante in «Aveiro do Vouga ao Buçaco» Enviado por Jorge Lage (…) Foguetes em S. Gonçalo Há festa na beira-mar! As velhas cantam de galo… Nunca é tarde p’ra casar! (…) S. Gonçalo, meu Santinho, Como tu não há nenhum! Arranja-me um maridinho Para quebrar o jejum… (…) Meu santinho, desespero, Repara na minha idade! Por favor, eu também quero O que quer a mocidade (Amadeu de Sousa – poeta popular) (…) S. Gonçalo de Amarante, Casamenteiro das velhas, Por que não casais as novas? Que mal vos fizeram elas? (…) Hás-de saltar as fogueiras À noite no arraial, Dançar com velhas gaiteiras Uma dança divinal. (João Gaspar) Quadras populares a S. Gonçalo de Amarante in «Aveiro do Vouga ao Buçaco», de Amaro Neves e outros. As festas e romarias fazem parte das festas cíclicas anuais e são precisas para a alma do povo como de pão para a boca. O povo tem remédio para tudo na Bíblia e nas tradições e saberes orais. Há santos, rezas, mezinhas e produtos do campo para tod