Dos ensinamentos e histórias contadas, um certo humor sai espontaneamente das palavras e gestos dos dois, mais do Sérgio, evidentemente. O João, filho que é, profere de modo esporádico uma palavra ou duas, medindo bem os tempos e semblantes do pai, percebendo-lhe o consentimento. O Sérgio, pastor de Varzigueto, numa exposição cadenciada, às vezes com vocábulos impercetíveis por via da atenção ao seu rebanho – um olhar fugaz, uma indicação ao João, uma assobiadela fina que só os animais entendem –, até no drama usa a boa disposição, mas sempre a compreender-se-lhe a respeitabilidade – aos protagonistas da história e a nós que o ouvimos atentamente no meio de sorrisos ou gargalhadas. O facto passou-se numa noite de invernia. Tal como ele dizia, “no meio de um nevoeiro assapado e chuva miudinha mas espessa”. Pelas onze horas da noite, a Guarda pediu socorro ao Sérgio que imediatamente se prontificou. Dois dos militares do Regimento de Infantaria do Marão em exercícios na zona das F