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Serrobeco

Serrobeco ou Serrubeque


No vídeo “Caminhos de Vilar Celas”, António Vilela refere-se ao “serrubeque” ou avental de “serrubeque”. Tomei eu próprio a liberdade de inscrever no subtítulo desse vídeo a expressão “xaile de serrubeque”. De facto, tal como em outras terras, na freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, em tempos que já lá vão, chamava-se “serrubeque”, como muito bem diz o António, ao tecido grosseiro resultante da lã das ovelhas de “serrubeque” – ovelhas de cor preta, cuja lã seria muito áspera, mas que protegia muito bem do frio e da chuva as senhoras que o usavam.
Entretanto, contribuindo para um melhor esclarecimento desse termo antigo, a Márcia Parente e o José Vilela, comentando no Facebook, associaram a palavra “serrubeque” às capas de burel, despertando a minha curiosidade, levando-me a uma breve pesquisa e consulta ao dicionário de língua portuguesa, concluindo que o termo popular em referência deve escrever-se serrobeco, tal como consta no dicionário online Priberam. Assim, serrobeco é o pano grosseiro de lã, amarelado ou acastanhado, semelhante ao burel, a mesma coisa que serrabeca, serrobeco, serrubeca, serrubeco ou surrobeco.
Surrobeque, segundo o dicionário da Porto Editora, é o carneiro que provém do cruzamento de carneiro branco com ovelha preta; ou lã desses carneiros, de cor amarelada ou acastanhada; ou ainda tecido dessa cor, grosseiro e resistente, semelhante ao burel.

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