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A mostrar mensagens de março, 2020

Pequenos flocos de neve, em Vila Real

Inexpressivos flocos de neve, em Vila Real, no último dia de março de 2020!

O Rogério, de S. Lourenço

Rogério Ribeiro Não consigo precisar, neste momento, a data em que esta fotografia do Rogério foi obtida. Sei que resultou na sequência de uma conversa nas traseiras de sua casa, quando um dia lhe comprei um ou dois sacos de pinhas. Falou-me da sua vida e da habilidade para os trabalhos e artes manuais. O Rogério construía, em miniaturas, réplicas de casas com pedaços de madeira. Aqui fica a minha simples homenagem ao Rogério Ribeiro!

"Económicos" pincelados com gema de ovo

Bolos económicos ou de azeite Farinhas diversas, com mais ou menos fermento, finas ou rústicas, para além de outros pormenores, condicionam a confeção de quaisquer doçarias, nomeadamente os bolos económicos ou de azeite que temos vindo a apresentar neste blogue. Neste caso, como mostra a imagem e o vídeo entretanto editado, as principais diferenças que se assinalam são a redução da quantidade de farinha e a pincelagem com gema de ovo, antes do forno. Vídeo  Bolos económicos Outros artigos sobre "bolos económicos"

Bolos económicos

Bolos económicos pincelados com gema de ovo

Arroz de queijo e feijão preto

Em panelas de barro de Bisalhães Na sequência do artigo anterior “ A cereja em cima do bolo ”, se a leitora ou leitor estiver voltado(a) para coisas relativamente simples, irá verificar que a cereja nem sempre será necessária; poderá sim comê-la diretamente da árvore se a frescura do dia o permitir. Numa panela de barro de Bisalhães, deixe cair um fio de azeite e junte-lhe três dentes de alho, levemente esmagados. Coloque em lume brando. Depois de estalado o alho, acrescente uma porção de arroz que achar conveniente. Envolva tudo muito bem com uma colher de pau. Entretanto, deverá ter um recipiente de água a ferver na quantidade certa para o arroz que utilizou. Fogo no máximo, mas cuidado, não vá o arroz queimar-se. Quando a água estiver quase consumida pelos grãos de arroz, junte por cima deste finas lascas de queijo forte como o dos Açores, cobrindo toda a superfície. Fogo no mínimo, agora. Logo que a água desapareça, desligue o lume. Deixe descansar o arroz para libertar o va

A cereja em cima do bolo

A cereja em cima do bolo nem sempre traduz o melhor resultado "A cereja em cima do bolo" é uma expressão que todos conhecem, usada amiúde em conversas de todo o tipo, não apenas as que se referem à doçaria e arte de bem cozinhar.  É verdade que uma cereja de vermelho vivo, brilhante, cristalizada, realçando a luz da calda de açúcar entretanto ressequida, dará ao bolo uma ótima aparência e um toque final que deixa transparecer vantagem na qualidade. Nem sempre é o contraste na complementaridade dos verdes e vermelhos que determinam a qualidade de uma iguaria se o colorido alcançado resultar de um conjunto de elementos que beberam do executante, talvez dedicadamente expelindo constipações por poros dilatados pelo entusiasmo do calor húmido da cozinha. Não será a risca circunstancial de um molho qualquer, envolvendo a composição "artística", que lhe fornecerá sabor extraordinário. O chef francês Joël Robuchon , precursor da nouvelle cuisine française , terá d

Picos da Europa

Imagens dos Picos da Europa, Espanha, em abril de 2010

Azeite

Azeite de Trás-os-Montes e Alto Douro À mesa, o azeite pode acompanhar muito do que se come, sendo vastíssimo o número de pratos em que esta preciosidade gastronómica é utilizada, muitas vezes sem ser visto no próprio prato onde os sabores são fortemente influenciados pela qualidade do azeite. Veja-se por exemplo um estrugido ou refogado. É essencial neste e em muitos outros casos a adição de um azeite de qualidade como o azeite transmontano ou o azeite duriense. Um e outro, através das características que definem as diversas marcas, têm despertado nos consumidores nacionais e internacionais uma grande adesão. São já muitos os prémios arrecadados por fabricantes da região de Trás-os-Montes e Alto Douro, fazendo com que o azeite destas regiões aumente a sua visibilidade nos mercados, nomeadamente nas grandes exposições e provas internacionais, facilitando assim as exportações. Existirão naturalmente diferenças entre o azeite transmontano e o azeite duriense. O primeiro, tal como

Nossa Senhora das Candeias

Acontecimento que terá dado origem à festa anual das Paredes, freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, em honra de Nossa Senhora das Candeias!

Histórias de teatro em S. Lourenço

Histórias de teatro nas décadas de 1940/50, em S. Lourenço de Ribapinhão, concelho de Sabrosa!

S. Lourenço - vista parcial

S. Lourenço de Ribapinhão A foto, uma vista parcial de S. Lourenço de Ribapinhão, no concelho de Sabrosa, mostra um dia carregado de nuvens, tal como o que facilmente se adivinha hoje, em S. Lourenço, neste início de primavera envergonhada. Aqui se deixa esta imagem, sobretudo para quem vive longe da sua aldeia, talvez no Brasil - Rio de Janeiro ou S. Paulo e alguns dos seus estados do interior; ou em terras de França como a capital - Paris; ou ainda Toulouse, Monpellier, no sul e Cahors - cidade francesa, capital do departamento de Lot; Crayssac e Catus - comunas da região administrativa de Midi-Pyrénées, segundo a organização geográfica mais antiga; ou na longínqua Melbourne, uma das maiores cidades australianas. Também conterrâneos mais próximos da sua aldeia - em Lisboa e no Porto e outras cidades de Portugal; localidades suíças, alemãs e britânicas. Em todos esses lugares e outros, laurentinos por lá permanecem em trabalho ou gozando já as suas reformas. Enquanto não voltam

Caldo e castanhas secas

Caldo de casulas com castanhas secas Ingredientes: 300 g de casulas; 250 g de castanhas secas; 250 g de batatas; 1 salpicão (ou linguiça); ½ pernil; 1 cebola e sal a gosto. Preparação: Põem-se de molho as casulas e as castanhas secas de um dia para o outro.  Cozem-se as casulas e as castanhas em água sem mais nada até o feijão da vagem ficar cozido. À parte, coze-se o meio pernil, o salpicão ou linguiça e uma cebola inteira (a cebola depois de cozida retira-se porque só serve para dar paladar). Junte-se às casulas e às castanhas cozidas o caldo das carnes (se se quiser enriquecer o caldo desfia-se parte da febra do pernil ou da linguiça ou do salpicão) e as batatas descascadas e deixa-se ferver até cozer a batata. Com a escumadeira vão-se retirando as batatas e as castanhas e com garfo amassam-se e deitam-se novamente na panela. Depois de amassar todas as batatas e castanhas o caldo está pronto a ser servido, de preferência em malgas tradicionais. Receita, elabora

Caldo de casulas

Caldo de casulas ou caldo de cascas Ingredientes: 300 g de casulas; 500 g de batatas; 1 salpicão (ou linguiça); ½ pernil; Sal a gosto. Preparação: Cozem-se as casulas em água sem mais nada até o feijão da vagem ficar cozido. À parte, coze-se o meio pernil, o salpicão ou linguiça e uma cebola inteira. Junta às casulas cozidas o caldo das carnes (se quiser enriquecer o caldo desfia-lhe parte da febra do pernil ou da linguiça ou do salpicão) e as batatas descascadas e deixa ferver até cozer a batata. Com a escumadeira vá retirando as batatas e com garfo amasse-as e vá-as deitando novamente na panela. Retira a cebola que só cozeu para dar paladar. Depois de amassar todas as batatas o caldo está pronto a ser servido, de preferência em malgas tradicionais. (Receita, por nós adaptada, cedida, por Gracinda Morais Sarmento e Elsa Gonçalves dos Santos, de Vinhais). Nota: As casulas também são conhecidas por cascas, por resultarem da secagem, no Verão, das vagens verdes d

Novo coronavírus: distanciamento social

Distanciamento social nos espaços comerciais de primeira necessidade, em Vila Real.

Vila Real, 18 03 2020

Vila Real, 18 03 2020, horas antes do Presidente da República decretar o estado de emergência em Portugal.

Bolinhos "económicos"

Bolinhos em tempo de quarentena! Tempo de dificuldade, este que atravessamos, e que nos obriga a um certo isolamento, necessário, obrigatório. Em quarentena, façamos por aproveitar o tempo: trabalhando, mas também criando e voando pelos céus da imaginação, ou mesmo confecionando uns tradicionais "económicos" como estes que lhes mostro pela imagem ou visualizando através de  vídeo  que se disponibiliza em outro artigo. Se se concentrarem o suficiente na visualização das imagens, poderão certamente sentir o cheirinho destes bolinhos! Vídeo "económicos"

Súplicas

Receita cedida por Maria Gentil Vaz Ingredientes: 1kg de açúcar; 1kg de farinha; 20 ovos; 1 colher (de café) de bicarbonato de sódio; 1 colher de fermento. Confecção: Batem-se os ovos com o açúcar até a massa ficar bem consistente e fazer um 8 (levantar a batedeira e com a massa que escorre desenhar um 8; se mantiver a forma tem a consistência desejada). Por fim, junta-se a farinha, a colher de bicarbonato e o fermento, misturando-se tudo muito bem. Untam-se os tabuleiros com azeite e polvilham-se com farinha bem espalhada. Com uma colher de sopa distribui-se a massa nos tabuleiros, separada para não se colarem umas às outras (aproximadamente 3 filas num tabuleiro normal). Levam-se ao forno não muito quente para não queimarem ou corarem demasiado.  Retirar e descolar com uma faca maleável. (Receita cedida por Maria Gentil Vaz e «herdada» da família, de Mós – Torre de Moncorvo). Nota 1: Pode fazer-se metade da receita. Nota 2: Em Mós, segundo Maria Gentil, as súp

Montalegre é o concelho das barragens

Noroeste Transmontano e suas Barragens (III) Bem podemos dizer que Montalegre é o concelho das barragens que conferem beleza, frescura e desporto às populações periféricas. E sobretudo iluminam e dão força motriz a muitas unidades industriais do norte de Portugal. Mas os Barrosões têm sido injustiçados porque pagam a energia que exportam mais cara do que quem a recebe e, as contrapartidas, estão longe, muito longe, de compensarem a ocupação dos melhores vales, que obrigaram à desertificação do concelho e à não cobrança de impostos, como o IMI. Em Terras de Barroso há, pois, três barragens que produzem energia que abastece o país. Pisões, Venda Nova e Paradela. Integralmente em solo do concelho de Montalegre. Ainda parcialmente em solo de Montalegre está a Barragem de Salamonde. É nesse solo que se fundem os dois importantes rios que ao longo do seu curso refrescam e injectam nos terrenos envolventes a humidade que os lameiros exigem para florescer o feno e medrar a erva que engo

"económicos"

Bolos "económicos" em tempo de quarentena!

Janela do NetBila

NetBila’News no mais próximo olhar!  - Expresso nas imagens singelas deste pequeno vídeo o olhar da simplicidade, neste dia 13 de março de 2020, perante a exiguidade da compreensão dos homens e mulheres, retratada nesta pandemia que assolou o mundo, transportando-nos para a necessidade urgente de todos os cuidados e ao mesmo tempo inspirando-nos à reflexão sobre a vida, o Universo e desconhecidos multiversos!

Flores da cerejeira

Flores da cerejeira a espreitar a primavera!

Outros contribuidores do NetBila

NetBila: informação regional complementar Alguns voltaram-se para os seus próprios instrumentos de expressão - websites e blogues, que, entretanto, entraram nos hábitos de muitos. Também as redes sociais como o Facebook, o Twitter e outras foram cada vez mais ganhando adeptos. Contudo, alguma diferença o NetBila tem conseguido manter, principalmente no que diz respeito à complementaridade de informação, dedicando-se não aos assuntos gerais do momento, mas sim, com originalidade, às coisas mais pequenas e simples que ocorrem a nível local, nas pequenas cidades, vilas e aldeias. De um ou outro modo, outros têm contribuído para o crescimento do NetBila: Alex Valente, nascido no Brasil, descendente de transmontanos de Lagoaça, concelho de Freixo de Espada à Cinta, Luís Vilela e Fernando Vilela - jovens estudantes de Vila Real, Fernando Correia, de Braga, Alzira Cabral, João de Deus Rodrigues, Silvino Potêncio e Luís Jales de Oliveira. Também Maria da Graça e Costa Pereira e, claro,

Contribuidores do NetBila

António Cabral NetBila'News: informação de Trás-os-Montes e Alto Douro As regiões de Trás-os-Montes e do Alto Douro têm sido, desde 2006, ano em que o NetBila iniciou a atividade de informação, referenciadas e descritas nas páginas deste blogue, plataforma atual depois de algumas outras usadas durante estes anos. Com a prestimosa ajuda de alguns contribuidores, têm sido estas páginas enriquecidas com textos e imagens, muitas destas, documentos inéditos da história e cultura transmontano-duriense. Deste modo, o NetBila tem por seu lado, e em certa medida, contribuído para a divulgação de Trás-os-Montes e do Alto Douro Vinhateiro - região classificada pela UNESCO, em 14 de dezembro de 2001, como Património da Humanidade na categoria de Paisagem Cultural. Com os seus textos, o escritor duriense António Cabral esteve presente desde o início da implementação do NetBila, tendo sido o primeiro contribuidor e um impulsionador da continuidade do trabalho que tem vindo a realizar-se

Uma boa alheira

Uma boa alheira, por Jorge Lage Vai uma boa alheira! Mirandelense que se preze aprecia alheiras. Mas, há quem persiga uma boa alheira, como milhafre persegue a presa. Às vezes, na conversa, consigo a confirmação do que o grelhador me diz: - as alheiras têm demasiada gordura. Outrora a alimentação do camponês trasmontano era parca e sem grandes mimos e o trabalho muito e árduo, pelo que ingerir um pouco de banha servia de (combustível) reserva para a duríssima faina agrícola. Hoje, a maioria pouco trabalho braçal executa, não necessitando de tamanha quantidade de gordura. Por isso, nasceu a qualidade de alheira «especial», isto é, feita só com azeite. Só que a maioria deita um pouco de azeite e muita banha, por esta ser muito barata. Foi com algum desencanto que ouvi, indirectamente, da boca de um bom produtor que as alheiras de um concorrente tinham mais banha do que as dele. Sem querer confessou-me a verdade. Aliás, as dele deixam uma poça de gordura (banha) no grelhador, se, a

Lenda da Nossa Senhora das Candeias

Paredes, freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão Numa bela noite, 2 de fevereiro, ia um caminheiro com os seus dois cavalos carregados, que ficaram atolados naquele histórico atoleiro. Era homem de boas ideias. Pediu à Senhora das Candeias, foi ouvido e Nossa Senhora apareceu com uma candeia na mão; alumiou-o e seus cavalos desenterrou, acompanhando-o à povoação (Paredes). - Está visto que o homem tinha bom coração; diz o contador desta história - Delfim da Silva Monteiro - natural e residente naquele lugar. Era uma noite rigorosa com muita chuva e neve que apanhou desprevenido o almocreve. Nossa Senhora a esse homem disse que nada dissesse, mas ele não pôde resistir ao que viu. Foi um Milagre!  Cheio de alegria no seu coração, logo transmitiu e espalhou pela povoação. Toda a gente correu para as fragas daquele lugar, hoje conhecidas por Fragas de Nossa Senhora das Candeias, lindo lugar, digno de se visitar! - Desde esse tempo, a Senhora das Candeias das Paredes foi sem

Folar

Lenda da origem do folar "Folore" - Folar Na Páscoa, em Trás-os-Montes, sobretudo na área norte - Valpaços, Chaves, Montalegre e Bragança -, manda a tradição que, nas casas de família que se prezem, o folar marque presença sobre as mesas desta quadra festiva. No convívio familiar destes dias fala-se das histórias e das origens deste manjar. A palavra "folore" deriva das flores que, segundo a lenda, teriam sido colocadas num altar por uma jovem casadoira. Eram dois os pretendentes à donzela: um lavrador e um fidalgo. Os dois envolveram-se em lutas sucessivas e a jovem sentiu-se pressionada a fazer a sua opção o mais rapidamente possível. Decidiu então que o Domingo de Páscoa seria o dia em que anunciaria o escolhido com quem casar. Entretanto, até à Páscoa, toda a aldeia presenciou a oração ininterrupta da jovem, em pleno jejum, junto do altar da igreja da aldeia, suplicando ajuda para o fim do conflito e para a sua decisão. Na última peregrinação, antes

Fotografias do Douro

Exposição de fotografias do Douro Apresenta-se neste blogue um conjunto de fotografias do Alto Douro, a região vitivinícola demarcada e regulada mais antiga do mundo, criada em 1756 pelo Marquês de Pombal. As fotos são da exclusiva responsabilidade do ArteAzul-Atelier ( arteazul.net ) - atelier de artes decorativas e pintura -, em Vila Real, cidade sede de distrito, pertencente a essa mesma região.   Serão inseridas, sempre que possível, não apenas novas fotos da região vinhateira do Alto Douro, mas também das regiões envolventes e próximas do rio Douro / Duero. Douro: Régua - Pinhão Douro Superior

Borrego à Pastora

Receita de Maria Cristina Lança (de Beja)  Ingredientes (para 4 pessoas): 1 kg Borrego do cachaço (de preferência); 6 cebolinhas pequenas inteiras; 4 a 6 dentes de alho; 1 colher (de chá) de colorau; Louro, pimenta em grão e azeite q.b.; 1 copo de vinho branco e água q.b.. Confecção: Esmagam-se e pelam-se os alhos.  Descascam-se as cebolas que se utilizam inteiras.  Colocam-se no tacho, juntamente com o azeite, o louro, pimenta em grão, e o colorau. Deixa-se refogar um pouco antes de se juntar o borrego. Por fim junta-se um pouco de água e refresca-se com um copo de vinho branco. Deixa-se cozer e apurar durante cerca de meia hora. Serve-se com batatas cozidas e salteadas em azeite e alho e uma salada de agrião com laranja. (Receita de Maria Cristina Lança (de Beja), típica do 1.º de Maio na zona de Beja, e recolhida por Maria da Graça Borges (da Senhora da Graça - Mondim de Basto) in "As Maias entre mitos e crenças". Jorge Lage

Filhozes de Jerimum

Receita de Maria Isabel Lage Ingredientes: Cerca de 1 Kg de massa de jerimum; 5 ovos; 10 colheres de sopa de farinha sem fermento; Raspa duma laranja; Açúcar e canela a gosto. Preparação: Coze-se cerca de 1,5 kg de jerimum e deixa-se escorrer no coador. Ainda quente, amassa-se o jerimum com um garfo e deixa-se a escorrer do coador. Coloca-se a massa de jerimum num tacho e raspa-se para este a casca da laranja. Vai-se adicionando uma ou duas colheres de farinha, intercalando com um ovo, mexendo bem com a colher de pau, até deitar as 10 colheres de farinha (para dar alguma consistência) e os 5 ovos. Mexer bem e quase no fim juntar-lhe duas colheres de açúcar. Com uma colher de sopa vá deitando o amuado na frigideira, correspondendo cada colherada a uma filhó. Devem fritar dos dois lados. À medida que vão ficando fritas vão-se retirando da sertã e colocando numa travessa em cima de um guardanapo para absorver alguma gordura da fritadura. Polvilhar com açúcar e canela e

Monsenhor Eduardo Sarmento

Monsenhor Eduardo Sarmento (foto de 15 de março de 1987) Evocação de Monsenhor Eduardo Sarmento A Câmara Municipal de Vila Real organizou uma sessão de evocação de Monsenhor Eduardo Sarmento, no auditório da Biblioteca Municipal, dia 18 de novembro de 2017, a propósito da sua biblioteca particular, fazendo esta parte da Biblioteca Municipal de Vila Real. Eduardo Augusto Teixeira Sarmento nasceu em S. Lourenço de Ribapinhão, concelho de Sabrosa, distrito de Vila Real, em 19 de abril de 1922. Foi ordenado padre em 1944. Celebrou as bodas de ouro sacerdotais no santuário de Nossa Senhora da Saúde , de que era grande devoto. O Monsenhor Sarmento foi Chanceler da Cúria e Protonotário Apostólico. Foi pároco da Cumieira − freguesia do concelho de Santa Marta de Penaguião − e de Parada de Cunhos. No início da década de 1970, lecionou a disciplina de Geografia, no Colégio da Boavista, em Vila Real. Monsenhor Eduardo Sarmento faleceu no ano de 1999. Está sepultado, em jazigo de famí

Santuário de Nossa Senhora da Saúde

Santuário em Saudel, freguesia de S. Lourenço O Santuário de Nossa Senhora da Saúde situa-se numa pequena localidade da freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão - Saudel -, dentro da parte norte do concelho de Sabrosa, distrito de Vila Real. Segundo os crentes, Nossa Senhora terá aparecido junto ao lugar onde mais tarde foi erigida a capela com o nome de Capela de Nossa Senhora da Saúde. Todos os anos, em Agosto, nos dias 7, 8 e 9, é realizada uma romaria em honra de Nossa Senhora da Saúde aonde acorrem numerosos forasteiros vindos das diferentes partes de Portugal e também de alguns países onde comunidades de emigrantes permanecem, não deixando, pelo menos nessa altura do ano, de prestar culto a Nossa Senhora. O santuário de Nossa Senhora da Saúde é um espaço maravilhoso, certamente dos mais belos de Portugal, pela sua grandiosidade, com muitas árvores a proporcionarem imensas sombras de agradável frescura que circundam um pequeno lago devidamente protegido e seguro. A todos

Pãezinhos de Linguiça

Pãezinhos com uma ou duas rodelas de linguiça Ingredientes: 1 kg de farinha; 250 gr de manteiga; 4 ovos; 4 colheres de sopa de açúcar; leite q.b. para amassar; Linguiça às rodelas ou meias rodelas. Confeção: Enrola-se a farinha com o açúcar e a manteiga e amassa-se até ficar uma areia grossa. Em seguida, junta-se ovo por ovo e por fim o leite; a massa deverá ficar homogénea mas não muito elástica. Estando amassado, faz-se uma cruz e deixa-se repousar durante uma hora. Ao fim, fazem-se pãezinhos com uma ou duas rodelas de linguiça dentro, e pinta-se com gema de ovo. Leva-se a cozer ao forno. Maria da Graça

Experiências humorísticas do NetBila

Criação e exposição de personagens!

O reco do Nanico de S. Lourenço

A primeira vez que o Nanico ajudou ao reco O João Nanico, também conhecido pelos que lhe são próximos por Janico, é proveniente de uma família modesta e trabalhadora, com escassos recursos económicos. No entanto, com a agricultura precária que mantêm com umas leiras de montanha lá vão angariando para o dia a dia. O reco, tal como em outros lares da aldeia, é o principal meio de sustento na época de inverno e motivo de festa. Desde pequenote, o Janico acostumou-se à ideia do grito esganiçado do animal que sabia de véspera o fatídico destino. Serão desnecessárias considerações ou descrições retratando uma realidade que, sendo cultural, não deixa de constituir um modo expedito para dar largas ao prazer da boa comida que resulta das carnes alimentadas com produtos da terra. Deixemo-nos então de repetir fórmulas largamente experimentadas por verdadeiros e conceituados descritores dos modos de viver destas gentes como as que habitam perto da família do Janico. Este lembra-se ainda da

Barroso da Fonte, contribuidor do NetBila

Noroeste Transmontano e suas Barragens (II) O Rabagão nasce na lama dos Porcos, em Codeçoso (Meixedo), dirige-se para sul, fecunda esse imenso e fértil vale, atravessa a EN 108 (Montalegre-Chaves), banha e distrai os pescadores da boa truta. Originou a ponte romana de Peirezes e entra, mansamente, em S. Vicente da Chã, onde começa a maior Barragem do sistema Cávado-Rabagão, construída entre 1958 e 1966. Teve esta albufeira o privilégio de ter a primeira central de bombagem do país, ou seja, além do túnel que perfura a serra de Viade  para ir buscar o reforço do caudal ao Cávado. Tem mais um túnel de 5,9 km que leva a água da Barragem de Pisões (ou Alto Cávado) para a da Venda Nova (1950). Mas, em caso de necessidade, esse aproveitamento, até àquela data, inédito, era composto por uma central subterrânea, com dois grupos turbino-alternador-bomba de 45 MVA cada. Essas bombas permitem a bombagem das águas da albufeira de Venda Nova para a de Pisões. A subestação é composta por dois t

Barroso da Fonte

Barroso da Fonte Barroso da Fonte, contribuidor do NetBila Barroso da Fonte, contribuidor do NetBila, publicando textos sobre Trás-os-Montes, principalmente os relacionados com a sua região natal - o Barroso -, enviou-nos, em março de 2013, texto sobre o Noroeste Transmontano e suas Barragens.  Por excertos, republicaremos neste blogue o artigo de Barroso da Fonte sobre os principais rios que nascem, fertilizam e refrescam os solos de Barroso: Cávado, Rabagão e Bessa. Noroeste Transmontano e suas Barragens Cávado, Rabagão e Bessa São três os principais rios que nascem, fertilizam e refrescam os solos de Barroso: Cávado, Rabagão e Bessa. Todos férteis em truta e outros espécimes piscícolas. O primeiro nasce na Fonte Fria, na vertente sul da Serra do Larouco, (1.525 m).  A Câmara de Montalegre fez, à sua passagem,  bem junto à marginal, um parque de lazer, com um reconfortante açude que substitui, para muitos, a praia atlântica e mediterrânica, para além de parque de mere

Nordeste Transmontano

Aspectos interessantes do Nordeste Transmontano O Nordeste Transmontano é constituído pelos concelhos de: Alfândega da Fé, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Freixo-de-Espada-à-Cinta, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Vimioso e Vinhais. Toda esta região é repousante e mais «limpa» porque menos explorada. Tem potencial para constituir o escape do citadino cansado e saturado. No Nordeste Transmontano há uma grande diversidade paisagística. A este respeito podem referir-se as escarpas imponentes do Douro Internacional, a serenidade dos planaltos de Miranda e de Mogadouro, os contrastes entre os agrestes penedos graníticos e os vales frondosos da Vilariça, os maravilhosos espectáculos das amendoeiras em flor e das cerejeiras, as serras de Bornes, Coroa, Nogueira e Montesinho (Parque Natural). No aspecto etnográfico refiram-se a existência de um dialecto - o Mirandês - e os usos e costumes ancestrais como as «máscaras» usadas a

As Alheiras de Mirandela

História das Alheiras de Mirandela A minha bisavó contou-me outrora O que a bisavó dela lhe contou. A história de uma família "moura" Que em tempos em Mirandela habitou. Andava muito acesa a Inquisição  E muitas amizades traiçoeiras! Pra não serem alvo de delação, Inventaram as famosas alheiras. Constava da receita original  Carne de aves, de vaca, azeite e pão. Mais alhos, colorau e algum sal E assim ludibriaram a Inquisição. Depois a receita alterou-se um pouco  Á medida que os anos decorriam Passou a juntar-se-lhe carne de porco E todas as famílias as faziam. Graziela Vieira Poema feito, pela poetisa avidagoense, em 15 de fevereiro de 2002 e nele pretende-se homenagear os mirandelenses e amigos que respeitam a alheira tradicional e contribuíram para que a Alheira de Mirandela fosse considerada uma das sete maravilhas gastronómicas de Portugal e a mais popular. Jorge Lage