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Centro do verdadeiro Alvão

Romagem de saudade ao centro do verdadeiro Alvão por Costa Pereira Há muitos anos que não fazia o trajeto que de Vilar de Ferreiros pela encosta da serra de Ordens e da granítica Alvadia conduz ao planalto do verdadeiro Alvão. Pelo Covelo, simpática aldeia da freguesia de São Salvador do Bilhó, deixei o concelho de Mondim de Basto para entrar, por Macieira, no de Ribeira de Pena. Macieira é uma airosa povoação da freguesia de São João Baptista de Limões, e como as demais aldeias da freguesia apostada na proteção do seu harmonioso e rico património tradicional.  Já depois de Macieira, ainda na meia encosta da serra de Ordens, esta panorâmica com o Monte Farinha lá ao longe, como pano de fundo, é admirável! Mas todo o trajeto de Macieira a Alvadia é sedutor e oferece uma espetacular panorâmica desta zona de transição entre Trás-os-Montes e Minho, e que o Tâmega a partir de Ribeira de Pena, oposta a Cabeceiras de Basto (Minho), até Mondim, oposto a Celorico de Basto (Minho) delimita admin

Provérbios enviados por Jorge Lage

Mais provérbios da pesquisa incansável de Jorge Lage Para boas colheitas, pede bom tempo a Deus nas têmporas de São Mateus. Em Setembro vai-se andando e comendo. A homem calado e a mulher barbada, em tua casa não dês pousada. Setembro ou seca as fontes ou leva as pontes. Lua nova setembrina, sete meses determina. Galinha de campo não quer capoeira. Com a vinha em Outubro, come a cabra, engorda o boi e ganha o dono. Pelo Outubro recolhe tudo. Nem contas com parentes, nem dívidas com ausentes. Em Outubro, o sisudo colhe tudo. Pelo S. Francisco vê o teu campo arado e o teu trigo semeado. A pobre não prometas e a rico não devas. Em Novembro, pelo S. Martinho, lume, castanhas e vinho. Míscaro da decrua, cheira por toda a rua. Sete castanhas são um palmo de pão. Cesteiro que faz um cesto, faz um cento, se lhe derem verga e tempo. Nem no Inverno sem capa, nem no Verão sem cabaça. Galinhas de S. João, no Natal ovos dão. Cruas, assadas, cozidas ou engroladas, com todas as manhas, bem boas são a

Miradouros de S. Lourenço

Miradouro de S. Lourenço, em Chaves por Jorge Lage Miradouros que têm o nome de S. Lourenço há vários pelo país, entre outros: Miradouro de S. Lourenço (ou do Espigão), em Vila de Porto, ilha de Santa Maria; Miradouro de S. Lourenço (no Castro de S. Lourenço), em Vila Chã – Esposende; Miradouro de S. Lourenço, no Bairro Alto de S. Lourenço, em Santa Iria – Loures; Miradouro de S. Lourenço, em Armamar.  Mas, para os flavienses e os que gostam da cidade de Trajano, o Miradouro de S. Lourenço, fica na subida da serra do Brunheiro, estrada Chaves/Valpaços que faz espalhar a vista pela Veiga de Chaves ou do Tâmega, por terras e serras galegas em que sobressai o dominador castelo de Monterrei. Um miradouro que é um dos principais pontos de referência e atracção turística. As boas vistas do alto da freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão Vilar Celas, S. Lourenço de Ribapinhão Vista para a serra do Alvão, no plano mais distante desta imagem Nota do autor do blogue NetBi

Concelho de Santa Marta de Penaguião

Santa Marta de Penaguião, entre a Régua e Vila Real Geios – concelho de Santa Marta O concelho de Santa Marta de Penaguião situa-se entre os da Régua e de Vila Real, apresentando características paisagísticas próprias de um e outro. O concelho de Santa Marta tem, na sua parte sul, uma paisagem de vinhas plantadas em geios  –  terrenos entre dois muros ou degraus; a parte norte mostra a rudeza da serra do Marão. Apesar da sua pequena área, o concelho de Santa Marta é um dos concelhos do Alto Douro de maior riqueza agrícola, dada a sua abundante produção de vinho de boa qualidade. Geios – concelho de Santa Marta A paisagem constituída pelos vinhedos mostra bem a força humana despendida para construir e manter os muros que suportam as vinhas que descem pelas encostas. É maravilhosa essa paisagem ajardinada, podendo comodamente ser observada numa boa parte, viajando de automóvel da Cumieira para a Régua. Para visualização em tamanhos grandes, clique sobre as imagens.

Castelão (Tinta)

Vinhos: grandes castas portuguesas Castelão (Tinta) Para quem gosta de Barbera, Cabernet Franc Madura ou Tempranillo (um Rioja encorpado). A variedade de uva tinta mais amplamente cultivada em Portugal ainda é muitas vezes referida no país como Periquita, embora esse nome seja legalmente propriedade de José Maria da Fonseca, na Península de Setúbal, fora de Lisboa. É altamente adaptável a diferentes condições climáticas e a sua notável versatilidade permite que os produtores de vinho façam vinhos distintos – desde os tintos e rosados de consumo fácil aos tintos potentes e intensos para guardar na adega por muito tempo. Está no seu melhor e é mais expressiva na Península de Setúbal, onde dá origem a vinhos carnudos e intensos, com aromas de frutas vermelhas e flores azuis, que casam bem com o uso hábil de carvalho. Harmonização com a casta Castelão: Castelão é uma uva omnipresente em Portugal encontrada não só na região de Setúbal, mas no Tejo e no Alentejo. Embora existam muitos estilo

Canelo com batatas assadas

Canelo fumado cozido e assado com batatas assadas Há por aí quem, em alguns restaurantes, chame a este prato “joelho da porca”. Prefiro designá-lo por “Canelo com batatas assadas”. O canelo de porco deve comprar-se não demasiado fumado e seco, tendo esse especial cuidado, pois caso contrário a sua parte exterior, a parte gorda, fica de tal modo ressequida, resultando mesmo na sua desidratação, não se obtendo daí, assado ou cozido, qualquer sabor. Mais parece sola dos sapatos. Por isso, é muito importante essa tal peça de porco fumado não o ser demasiadamente desidratada, perdendo-se a meu ver a parte mais saborosa. Duas horas e meia em panela de pressão será o tempo suficiente para que resulte a cozedura do canelo nas melhores condições. Findo esse tempo, desosse-se, coloque-se numa travessa e tempere-se com alho picado miúdo, uns salpicos de vinho branco e orégãos.  Coloquem-se no forno batatas aparadas e partidas aos quartos com um fio de azeite, colorau e uma pitada de sal. Acrescen

Torta de Amêndoa

Torta de Amêndoa, por Maria da Graça Ingredientes: 12 ovos; 250 g de açúcar; 300 g de amêndoa com pele; 1 colher (sopa) de manteiga; 1/2 chávena de leite; raspa de limão; 1 colher (café) de pó Royal; 3 colheres (sopa) de farinha. Confeção: Batem-se as claras em castelo com o açúcar. Depois ligam-se todos os outros ingredientes à parte e quando estiverem bem ligados, juntam-se as claras batidas em castelo. Unta-se o tabuleiro com manteiga e coloca-se uma folha de papel vegetal também untada. Em seguida, deita-se a massa no tabuleiro. Vai ao forno em temperatura média. Enrolar em pano húmido, polvilhado de açúcar.

O rio Douro e seus afluentes

A beleza do Douro Rio Douro: Foz do Tua, Carrazeda de Ansiães (clique na imagem para observar em tamanho maior) A beleza do Douro não está apenas no seu rio, mas também nos afluentes Sabor, Pinhão e Corgo, nos montes e vales que os envolvem, nas albufeiras criadas pelas barragens. Os vales profundos que o rio cavou ao longo de milénios contrastam com as serras que se avistam por boa parte do seu percurso: Marão, Montemuro, Leomil, Meadas e Lapa. Uma boa parte da beleza "fisionómica" da região do Douro deve-se ao sacrifício e ao trabalho árduo dos antepassados dos seus habitantes que revolveram a terra, a trabalharam e prepararam, levantando muros infindáveis, edificando socalcos, plantando as vinhas.

Passeio de um dia pelo Douro

Um dia, ou parte dele, pelo Douro Um passeio pelo Douro é sempre um ótimo passeio, mesmo que descontraído e sem grandes expectativas no que diz respeito a visitas concretas a lugares, caves ou restaurantes. Um dia, ou parte dele, chega bem para percorrer este pedaço de Douro que vos indico, esplendorosa paisagem, natureza moldada pelo homem! Talvez mais prático para muitos, uma tarde é o espaço de tempo do dia que será capaz de preencher em pleno as necessidades de um certo bem-estar, na companhia de bons ares, complementados pela variedade de cores e de texturas que a zona envolvente ao rio Douro transpira nesta altura do ano. Vindimas feitas, sente-se muitas vezes o cheiro a mosto durante o percurso feito de automóvel.  Vila Real – saída para a Régua pela estrada de Santa Marta de Penaguião. Passando a Cumieira, a paisagem duriense desperta os sentidos e assim será até Sabrosa. Uma volta grande e indireta até chegar à terra de Fernão de Magalhães, mas vale a pena. Uma primeira parage

Touriga Franca (Red)

Vinhos: grandes castas portuguesas Touriga Franca (Red) Para quem gosta de Malbec, lotes com Merlot ou estilos mais leves de Zinfandel. Também conhecido localmente (embora não juridicamente) como Touriga Francesa, esta é a uva mais cultivada no Vale do Douro e é responsável por muitas das uvas que entram na produção dos vinhos secos do Douro e do vinho do Porto. Os produtores adoram a Touriga Franca pois é fácil de cultivar, resistente e de confiança para a obtenção de bons rendimentos. A Touriga Franca mostra aromas delicados mas intensos com notas de fruta de baga preta e flores, combinadas com corpo amplo e pigmento profundo. É uma das principais variedades utilizadas em lotes de vinho do Porto, juntamente com outras variedades bem vistas do Douro, tais como a Tinta Roriz e Touriga Nacional. Encontra-se esta casta mais no Alentejo, Tejo, Beiras, e nas áreas ao redor de Lisboa. Apesar de sua força como casta de lote, pode ser utilizada sozinha como monovarietal. Harmonização com a c

Douro, lugar extraordinário

Breves considerações sobre o vale do rio Douro O rio Douro apresenta características específicas notáveis que fazem dele um lugar muito especial para visitar e apreciar, incluindo a sua própria história. Por exemplo, a sua nascente, situada algures na Sierra de Urbion, Espanha, só foi descoberta na primeira metade do século XX. Nas suas margens, a cultura da vinha dá origem a vinhos de excelência reconhecidos internacionalmente, sendo o Vinho do Porto o mais afamado. A região demarcada do Douro, criada no século XVIII, é a mais antiga do mundo. Rio Douro: próximo da Foz do Sabor, Torre de Moncorvo Na foz do rio Douro, duas cidades, Vila Nova de Gaia e Porto, mais conhecida esta no estrangeiro, acolhem desde o início da existência desta região demarcada grande parte das suas colheitas – o vinho que nos grandes armazéns da zona ribeirinha de Gaia é submetido ao processo de envelhecimento. As barragens construídas ao longo do rio, para além da sua importância na produção energética, são e

Queijo de ovelha curado da Quinta da Veiguinha

Queijaria Artesanal Quinta da Veiguinha, em Alfândega da Fé Não sendo um especialista de queijos, nem sequer um mero entendedor das características que conferem qualidade aos queijos, vou observando, aqui e ali, e vendo alguns programas televisivos sobre variadíssimos queijos e as suas confeções. Tive já oportunidade de constatar o trabalho e cuidados que  a feitura do queijo exige, principalmente o que se faz por processos artesanais. A montra de queijos à qual costumo dirigir a vista, de vez em quando, estava hoje vazia daquele que costumo comprar. Um pouco desanimado por esse facto, olhei em redor, verificando o carácter insignificante da variedade. Disposto a desistir da ideia de um aperitivo à base de queijo, reparo em duas unidades, ali, num canto, como desprezadas por outros clientes, imaginando o desânimo dos dois queijos, despertando assim a minha atenção. – Mostre-me estes dois se faz favor. Queijo de ovelha curado da Quinta da Veiguinha, em Alfândega da Fé Aproximando-me, en

Cruzeiros no rio Douro

Passear no Douro, em cruzeiro Principalmente nos meses de verão, são já muitos os barcos que sobem e descem o rio Douro, pertencentes a empresas portuguesas e estrangeiras que se dedicam ao transporte e alojamento turístico. De facto, alguns desses barcos têm capacidade hoteleira e fazem percursos desde Vila Nova de Gaia até Barca d'Alva, durante sete dias. São passeios muito bonitos e repousantes, pois os turistas dispõem de todo o conforto e bem-estar em quartos suficientemente grandes com casa de banho privativa, cada um deles com varanda, permitindo a observação cómoda das margens e da paisagem duriense. Os cruzeiros nestes luxuosos barcos são maioritariamente ocupados por turistas estrangeiros naturalmente com boa capacidade financeira. Cruzeiros no rio Douro As empresas de cruzeiros no Douro disponibilizam para o mesmo percurso diferentes alternativas: viagem de ida e volta a partir do cais de Gaia até ao Pocinho ou Barca de Alva; viagem só de ida no barco com regresso de com

Broas de Azeite

Broas de Azeite, por Jorge Lage Ingredientes: 800 grs de azeite; 2 kg de farinha; 1 kg de açúcar; 12 ovos; 1 limão (raspa). Confeção: Batem-se as gemas com o açúcar, juntando-lhe a raspa de limão. À parte, amassa-se o azeite com a farinha. Misturam-se os dois preparados num tacho. Batem-se as claras em castelo e misturam-se com o preparado. Com uma colher (de sopa) de massa faz-se uma bolinha e com o cabo da tesoura faz-se pressão para ficar baixinha e com as marcas impressas na broa. As broas de azeite são tradição de Vila Viçosa, na noite de trinta de Abril para o primeiro de Maio. Recolha feita por Manuela Morais (de Murça) e receita da «Pastelaria Mestre» – Vila Viçosa, adaptada por nós para o livro: «As Maias – entre Mitos e Crenças». Nota 1: As «Boas de Azeite» assumem-se como uma tradição alentejana, de Vila Viçosa. Nota 2: Ao divulgarmos as receitas mais tradicionais de Portugal consideramos que estamos a dar a conhecer o melhor da nossa gastronomia aos leitores e é uma forma d

Quadros Durienses

Belos quadros durienses Lugar da Cruzinha, em Lagoaça, linda aldeia do concelho de Freixo de Espada à Cinta São muitos e belos os quadros durienses: lindas paisagens observadas a partir do rio ou dos montes que o circundam. Quem vem do rio Douro, na área internacional, começa por constatar a grandiosidade das suas margens, como são exemplo as arribas, em Lagoaça, no concelho de Freixo de Espada à Cinta, distrito de Bragança. De caudal mais apertado, o rio percorre esse vale ladeado por declives, alguns quase a pique onde aves raras nidificam como é o caso das águias. De Lagoaça ao rio é muito perto, mas a estrada sinuosa deve ser percorrida com cuidado. Um dos lugares da aldeia onde pode observar-se um belo quadro do Douro Internacional é a Cruzinha. Do miradouro da Cruzinha avista-se não só o rio, mas uma boa parte do planalto do lado espanhol. Deixando o Douro Internacional, Barca d'Alva e o cenário envolvente deixam antever uma beleza única, quadro raro deste Douro grandioso can