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Pelourinho de Alijó

O Pelourinho de Alijó está datado do século XVI Pelourinho de Alijó Restaurado no século XIX, foi classificado como imóvel de interesse público. Considerado de chapa rasa, assente em plataforma de três degraus, tem base em moldura redonda, fuste cilíndrico liso e capitel de remate esférico.

Frango de choque

Tratamento de choque sobre frango Lá porque se deitou tarde na noite passada e, consequentemente, se agarrou à cama, dormindo mais duas boas horas já manhã dentro, esse facto, aliado à obrigação de fazer aquele almoço prometido, na escassez do tempo que resta até à hora combinada, não poderá constituir de modo nenhum preocupação. Assim, pense um pouco no interior do frigorífico e no seu congelador. Reparou que este contém, além de outros alimentos, evidentemente, umas pernas de frango…, congeladas, claro. Então, qual o problema? Não há tempo para o descongelamento? Vá lá buscar as pernas, se faz favor. Conforme o gosto, após meio descongelar, retire o excesso da pele do frango. Coloque-o num prato a arejar e comece a temperá-lo: sal, pimenta, uma pitada de caril e outra de gengibre em pó, piripíri e orégãos. Em tacho largo, coloque uma boa porção de azeite e meia dúzia de dentes de alho inteiros. Deixe-os estalar e, uma a uma, coloque as pernas sobre o azeite e o alho. Este é o tratame

São Lourenço de Riba Pinhão

Freguesia de São Lourenço de Ribapinhão São Lourenço, freguesia do concelho de Sabrosa Vista parcial da freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão (Clique na imagem para melhor visualização) No primeiro período da Monarquia, pelo menos no século XII e mesmo no século XIII, a freguesia de S. Lourenço que se chamaria no início Riba de Pinhão, estendia-se pela maior parte do curso superior do rio Pinhão, ou seja, desde a Torre do Pinhão até Souto Maior, incluindo Parada do Pinhão e Justes. O território da freguesia de S. Lourenço incluía-se, até ao século XIV, no vasto distrito ou terra de Panóias. Na primeira metade do século XIV, era senhor de Riba Pinhão o filho bastardo de D. Dinis, Fernão Sanches. Muitas das informações desse tempo estão contidas em documento de 1262, do mosteiro de Pombeiro que, por terras de Riba Pinhão possuía vastos haveres. O Mosteiro de Pombeiro ou Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro localiza-se na freguesia de Pombeiro de Ribav

Santa Marta de Penaguião

Santa Marta de Penaguião: homenagem às vindimadeiras Concelho de Santa Marta de Penaguião As terras deste concelho são excecionalmente férteis, o que dá grande relevo à vida agrícola local. Produz com abundância vinho, azeite, frutas, legumes e cereais. O cultivo da vinha atingiu grande relevo depois da criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro.  Entre 1757 e 1834, a exportação de vinho, feita pela Régua, tomou grande incremento. Com a extinção da Companhia veio um largo período de decadência, ao ponto de no ano de 1841 toda a produção se ter perdido nas adegas dos lavradores. A indústria vinícola do concelho tem acompanhado as crises gerais do vinho do Porto, que naturalmente aqui se refletem com particular acuidade. O cultivo da oliveira é também muito importante. As duas culturas frequentemente coexistem lado a lado. Informação recolhida da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira – Volume XXVII – Editorial Enciclopédia, Limitada – Lisboa – Rio de janeiro

Falachas, por Jorge Lage

Falachas: o pão mais primitivo de castanha As Falachas estiveram quase em extinção, não fosse a teimosia de uma ou outra “falacheira”. Sim, as Falachas seduziram-me e levaram-me a prosseguir a investigação sobre a Castanha, depois de publicar «A Castanha Saberes e Sabores», aparecendo o livro «Castanea uma dádiva dos deuses», com 100 receitas práticas em que entram as Falachas (páginas 251 e 252) de Pesqueira, de Cimo de Vila de Resende. Fiz cerca de 600 km por causa das Falachas. Porém, notícias deturpadas sobre as Falachas apareceram num ou noutro local e até no meio académico. O livro «Memórias da Maria Castanha» na página 53 e 54 dão uma definição sintética. Assim, o novo livro «Maria Castanha - Outras Memórias», teve de ir mais longe, dissipando crentes primários de certas receitas gastronómicas e alguns escritos de gente mais conceituada.  Quando surjam dúvidas não se fiquem pelo que, às vezes, ligeiramente se diz na internet com meias verdades ou até mentiras. Vão às fontes! Sob

Arroz de marisco

Arroz de marisco: mexilhão e gambas Se as memórias, como costuma dizer-se, não atraiçoam a verdade pela circunstância do esticar do tempo, alguém terá designado por arroz de “cheirisco” o arroz de marisco em quantidades reduzidas do dito. Essa atribuição, de facto, ela mesma cheiraria, não direi a um certo desdém, mas, no mínimo, representaria uma significação pouco abonatória para o arroz de marisco, nem sempre constituído por variedade razoável e dotado de raras qualidades de tempero. Em tacho suficientemente largo, coloque uma cebola partida em pedacinhos pequenos, mergulhada numa porção de azeite. Aconchegue ao lume, forte de início, e comece a pensar no aperitivo que degustará, enquanto durar o trabalho gastronómico, pois sem o aperitivo – no caso uma boa fatia ou duas de queijo de ovelha Flor da Cardenha, ali dos lados de Moncorvo, e um copo branco de Sabrosa, bem fresquinho – sem o aperitivo, como digo, não gozará da inspiração suficiente para levar a bom termo este arroz que, a

Os Emigrantes, por Jorge Lage

Os nossos emigrantes são hoje mais selectivos nas compras que fazem Pão de azeite e azeitonas Os nossos emigrantes de volta mais uma vez, e muitos já idos de novo, neste ano de 2020   Pão de azeite e azeitonas - foto da Padaria Seramota Durante muitas décadas foi vê-los chegar para umas curtas férias com os bolsos cheios de dinheiro e a melhor forma de o ostentarem era (e é) nas grandes máquinas e nas compras que faziam nos supermercados. Varriam, literalmente, com tudo o que era bom e apetecível das prateleiras dos supermercados. Nas aldeias alardeavam-se as grandes compras e o que mais fizesse era o maior. As festas anuais eram de arromba, com muita música e fogo-de-artifício. Os ventos mudaram e quem dá brilho aos festejos anuais são mais os que por cá ficaram e aguentaram um mundo rural moribundo. Hoje, os nossos emigrantes são mais selectivos nas compras que fazem, procuram o melhor e o mais genuíno. É obrigatório levarem o nosso azeite local (Mirandela é o «Poço do Azeite»), o no

Março e novembro, e castanhas (provérbios)

Sete castanhas são um palmo de pão Provérbios, por Jorge Lage Março é tempo de rebentos e o fruto é uma metáfora. Temporã é a castanha que por Março arrebenta. Aí vem o meu amigo Março que fará o que eu não faço. Em tardes de Março recolhe o teu gado. O que se aprende no berço, dura sempre. Cesteiro que faz um cesto, faz um cento, se lhe derem verga e tempo. Sete castanhas são um palmo de pão. Castanha quente só com aguardente, comida com água fria causa «azedia». Cruas, assadas, cozidas ou engroladas, com todas as manhas, bem boas são as castanhas. Em Novembro prova o teu vinho e semeia o cebolinho. Em Novembro, pelo S. Martinho, lume, castanhas e vinho. Nem no Inverno sem capa, nem no Verão sem cabaça. Galinhas de S. João, no Natal ovos dão. Míscaro da decrua, cheira por toda a rua.

Como saber se um vinho branco se encontra alterado

Vinho branco alterado ou mesmo deteriorado Numa breve e primeira análise, como saber se um vinho branco se encontra alterado ou mesmo deteriorado, isto é, sem as boas qualidades originais?  Antes de mais, como se sabe, qualquer vinho poderá ter perdido as suas qualidades pelo simples facto da rolha que encerra o vinho na garrafa se encontrar, ela própria, estragada. Neste caso, do sabor e cheiro do vinho destaca-se uma impressão amarga da cortiça que forma a respetiva rolha. Mesmo os menos apreciadores conseguem, de imediato, dar conta desse mau sabor e cheiro desagradável. Não referidas neste pequeno artigo, há, no entanto, outras causas que contribuem para o estado de degradação do vinho branco. Interessa mencionar as alterações principais visíveis aos olhos do normal consumidor de vinhos brancos. Assim, a sua cor, em caso de degradação, começa a ficar acastanhada, em vez de se manter com as suas características cristalinas. Por vezes, o seu aroma lembra quase o vinho do Porto – um c

Queijos: queijo Roquefort

Queijos de leite cru e pasteurizados Roquefort O visionamento de um programa televisivo francês com legendagem em português, em 24-08-2017, no Canal 2 da RTP, sobre algumas marcas de queijos franceses, sugeriu este artigo, com destaque para o queijo "Roquefort". De facto, o texto que se segue é tão simplesmente a transcrição de parte desse programa, com alguns acrescentos, e que resolvemos inserir nas rubricas " Gourmet " e " Gastronomia ". "A França é conhecida também como a grande produtora da maior variedade de queijos – mais de 1000! Queijo Roquefort Existem queijos feitos com leite cru e queijos feitos com leite pasteurizado. Um dos queijos mais célebres em França é o Roquefort, sendo os mais preferidos o queijo "Emmental" e o "Camembert". Cada francês come em média, por ano, 24 Kg de queijo. Em geral, o queijo é, hoje em dia, usado não só como parte de uma boa sanduíche mas também em refeições mais complexas: pode encontrar-s

Bolas Calcadas

Bolas calcadas ou bolas sovadas, por Jorge Lage É curioso como um produto tão peculiar dos concelhos de Mirandela e Valpaços apresenta diferenças na sua forma como na confecção. A bola calcada da cidade de Mirandela e aldeias mais próximas leva na sua confecção: farinha centêa, água, azeite e uma pitada de sal. A bola calcada da zona de Mirandela tem o formato arredondado e afalachado, com ligeiros cortes na face superior para melhor se poder partir com a mão sem recurso a faca. A sua confecção, grosso modo, assenta no pão ázimo dos hebreus e que estes, por sua vez, herdaram dos sumérios e caldeus e dos primitivos egípcios, sendo os cristãos coptas um ramo. A confecção do pão ázimo sem fermento foi adoptada pelos árabes quando iniciaram a sua expansão pela Ásia Menor.  Voltando à bola calcada mirandelense e valpacense, o outro formato é sobre o comprido, como se fosse uma canoa, com as pontas mais aguçadas, na parte norte do concelho de Mirandela, e as extremidades mais arredondas no c

As Minas do Vale das Gatas, em 1943

Pequeno desafio aos laurentinos de S. Lourenço de Ribapinhão Como foi observado em artigo anterior – O volfrâmio das Minas do Vale das Gatas –, consta nesse mesmo artigo uma foto que, juntamente com outra apresentada hoje neste texto, estão as duas em simultâneo publicadas na revista “Visão”, na edição de 30 de janeiro de 1997, com a seguinte legenda: «Mina do Vale das Gatas, 1943: uma noite de pilhagem rendia o ordenado de um professor primário». Não duvidando da verdade jornalística dos autores desse artigo, Ferreira Fernandes e Filipe Fialho, associando os três mineiros e as crianças como intervenientes diretos nos trabalhos da recolha do minério, no Vale das Gatas, não consigo, contudo, ligar os lugares e as circunstâncias em que as fotos foram captadas com sítios mais ou menos conhecidos do Vale das Gatas e pessoas que lá trabalharam, sendo certo que as imagens se referem a uma data já distante, essa de 1943. Setenta e sete anos passaram, reconhecendo-se que será difícil alguém d

Recordando as Minas do Vale das Gatas

Vale das Gatas, S. Lourenço de Ribapinhão, Sabrosa Vale das Gatas (vista parcial) Volto ao artigo da revista “Visão” referido em artigos anteriores, contribuindo de certa maneira como ajuda à recordação das minas do Vale das Gatas, em S. Lourenço, no concelho de Sabrosa, não só nos anos áureos da sua laboração, mas também, porque não, no lugar que é hoje e nas pessoas que lá habitam, alguns, eventualmente, descendentes dos antigos mineiros e das mulheres e homens que trabalharam por exemplo na separadora e na lavaria.  Passados estes anos, as histórias são muitas, e ditos há que só alguns poderão contar, e outros de tão irreais, conseguem, contudo, expressar as vivências das famílias nesse tempo em que o dinheiro era escasso. Com a necessidade do volfrâmio para as guerras, este transformou-se, pelo seu valor, em ouro, de tão valiosas que eram as pedras negras, servindo para participar nas ligas das blindagens dos carros de combate e dos projéteis para os perfurar, durante as primeira e

O volfrâmio das Minas do Vale das Gatas

A propósito de artigo da revista “Visão” sobre o Vale das Gatas A foto apresentada neste artigo foi publicada pela revista “Visão”, na sua edição do dia 30 de janeiro de 1997, a mesma que referiu a saudosa Senhora Maria Emília da Piedade, conhecida por Senhora Maria Emília da Ribeira, na altura, com 76 anos de idade, segundo refere o jornalista que publicou o trabalho sobre alguns aspetos das Minas do Vale das Gatas, em S. Lourenço de Ribapinhão, no concelho de Sabrosa. Mostra assim o autor da fotografia três trabalhadores que, supostamente, entram numa das minas ou dela saem. Esta imagem está legendada, mencionando a data de 1943, referindo-se como curiosidade na mesma legenda que uma noite de pilhagem rendia o ordenado de um professor primário, depreendendo-se que seria o ordenado mensal. Bem, sobre este assunto, muito se tem dito e ainda se diz. Ditos que se mantêm, mas certamente alterados pelo tempo e moldados de algum exagero. Comer caldo com pão-de-ló ou amortalhar o tabaco em n

A simplicidade de um arroz

Arroz para acompanhar uns bifes de vitela Sei bem que um simples arroz não necessita de grandes cuidados quando se trata de o cozinhar, ainda que haja quem diga nem um ovo saber estrelar e, por isso, nunca será demais deixar este testemunho do modo de preparação de um arroz a que pode chamar-se de chouriço ou de azeitonas. De gostos diversos dependerá o modo como se confeciona. No caso concreto, o sal não entra. Melhor dizendo: entra porque está já no chouriço e nas azeitonas. Coisa pouca, portanto, para um arroz que se pretende seco, sendo por isso o acrescento da água importante, no que se refere à sua quantidade. Servirá o arroz para acompanhar uns bifinhos de vitela, condimentados com azeite, sal, pimenta e alho. Para um tacho suficientemente largo, deite-se uma cebola média cortada miudinha. Acrescente-se uma porção de azeite, umas rodelas de chouriço e algumas azeitonas descaroçadas. Deixa-se estrugir suficientemente, com cuidados para não deixar queimar. A partir de determinada