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A pisa das uvas

Ganhar a "meia-noite" Na região transmontano-duriense, a que melhor conheço, mas também noutras regiões, a pisa tradicional das uvas, após a sua colheita, era dos trabalhos mais importantes para uma boa fermentação e consequente preparação do bom vinho. Ainda hoje, em algumas Quintas, também com fins turísticos, uma pequena parte do vinho faz-se por esse processo antigo.  A pisa das uvas realizava-se tradicionalmente num lagar, por homens que, em grupos, com os braços dados uns sobre os outros, efetuavam primeiramente o “corte”, percorrendo o lagar várias vezes, até que as uvas se transformassem num líquido vinícola espesso. Este procedimento inicial, mais organizado e responsável, exigia bastante esforço. De seguida, o trabalho tornava-se mais ligeiro, pois os pisadores podiam agora percorrer o lagar de modo aleatório e mais soltos, iniciando-se alguns jogos adequados àquele ambiente festivo, durando cada sessão quatro horas. Além dos jogos, como por exemplo a cabra-c

Santuário de Fátima: uma visão complementar

Santuário de Nossa Senhora de Fátima (06-12-2018) Exposição

Restaurante "O Costa", em Vila Real

Grill / restaurante "O Costa" O Grill / Restaurante "O Costa" foi inaugurado no dia 9 de abril de 1994. Tem capacidade para 120 pessoas em três espaços contíguos, independentes e convertíveis em dois espaços. Está situado na rua Dr. Sousa Costa, 16, Vila Real. Desde 1999, o restaurante "O Costa" tem dado um grande contributo à divulgação da gastronomia regional com a constante participação em inúmeros certames de gastronomia: Colaboração com o "Porto Palace Hotel" na preparação da Carta Gastronómica do Norte de Portugal; Degustação de vários produtos regionais no encontro de Natal de cidades geminadas e amigas, em 2004, Grasse – França; Preparação de um almoço, em parceria com o "Sheraton Hotel", no Hotel Hespéria de Madrid, no âmbito da divulgação da gastronomia do norte de Portugal a promotores turísticos espanhóis; Acordos de cooperação com promotores turísticos portugueses. "O Costa" tem como fornecedor ex

Restaurante Mercantil, em Armamar

Licor espanta sogras O restaurante Mercantil situa-se na avenida 8 de Setembro, junto ao Mercado Municipal, em Armamar, vila sede de concelho do distrito de Viseu. Possui um espaço amplo – uma sala principal e uma marquise – bem iluminadas pela luz natural.  Em Armamar, a grande especialidade é o cabrito assado que, neste restaurante, deverá ser encomendado, servido apenas aos domingos. No entanto, pelo que nos apercebemos, haverá sempre cabritinho, assim designado pela sua carne tenra de animal de leite, grelhado. Muito bom para quem aprecie a simplicidade. O cabritinho grelhado vem acompanhado com batata grelhada – batata cozida com a casca, cortada em rodelas com uma espessura de mais ou menos um centímetro e meio ou dois –, e grelhada, evidentemente, servindo-se num tacho e respetivo testo protetor; hortaliça em tacho mais pequeno e ainda num tacho mediano um arroz de feijão, devidamente cobertos por testos, também. De facto, o pormenor das iguarias serem servidas em tacho

Restaurante Costa, em Montalegre

Cozido à Barrosã Este artigo foi pela primeira vez publicado, em 17 de fevereiro de 2014, voltando a marcar presença neste blogue, visto que o restaurante em referência continua ainda a servir a boa comida transmontana. É nos domingos de inverno que o cozido à barrosã é muito bem servido no restaurante Costa, em Montalegre. Sê-lo-á, da mesma forma, certamente, em todos os outros restaurantes desta vila nortenha do distrito de Vila Real. Contudo, foi este, por mero acaso, o escolhido para a degustação de uma ótima refeição à base de carnes cozidas de porco. Sendo o domingo o dia apropriado para esse famoso prato de Terras de Barroso, podem os clientes, no entanto, encomendá-lo para outro dia ou mesmo para o próprio dia, com a devida antecedência. Foi esse o caso. Três horas antes da hora de almoço, fez-se a reserva de mesa e a encomenda de um cozido à barrosã. O restaurante Costa situa-se na rua Victor Branco, 7, no centro de Montalegre, próximo do castelo. A serra do Larou

Adega Castanheira

Restaurante em Lamares Apesar de visitar este restaurante algumas vezes, este pequeno texto refere apenas singelos pormenores de um almoço, em setembro de 2011, ainda essa casa daria os primeiros passos da sua existência. A ementa não poderia ser melhor, principalmente para quem o trabalho exige força física. Nesse dia, o peixe e mesmo o bacalhau não imperavam. Tripas, leitão assado, costeletas de vitela grelhadas! A escolha torna-se difícil, mas com a simpática ajuda do dono do restaurante a opção vai para uma "vaquinha" de tripas e leitão, com acompanhamento de um bom vinho tinto da região. Da região de S. Lourenço, concretamente de Vilela, direi eu, mesmo ao lado da fonte de Vilela – a Fontela. Um conjunto de pequenas propriedades de cultura da vinha por lá continuam ainda a produzir. Dizia-se há uns quarenta ou mais anos que o vinho dessas terras, pertencentes não só a laurentinos, mas também a habitantes de Lamares e outros lugares da freguesia de Mouçós, era

Restaurantes

Restaurantes: qualidades e pormenores Ao acaso, paramos, comemos e deixamos aqui os comentários, realçando os pontos positivos. Tal como em plataformas anteriores, assim daremos continuidade a esta rubrica, sem recorrer à "expertise" gastronómica.

Azulejos na estação do Pinhão

Painéis de azulejos colocados em 1937 A via férrea, no Pinhão, concretamente no percurso entre esta localidade e o Ferrão, entrou em funcionamento em 1880, fazendo o transporte de pessoas e bens, Douro abaixo até ao Porto. Em 1937, a estação de caminhos de ferro do Pinhão, concelho de Alijó, colocou nas paredes exteriores do seu edifício principal um conjunto de vinte e quatro belos painéis de azulejos, encontrando-se ainda nos dias de hoje a revestir e embelezar a estação, a mais bela da linha do Douro e uma das mais bonitas de Portugal. 

Senhor da Capelinha, Vilar de Maçada

Santuário do Senhor Jesus da Capelinha O Santuário do Senhor Jesus da Capelinha encontra-se no ponto mais alto de Vilar de Maçada, sede de freguesia com o mesmo nome que se situa na margem esquerda do rio Pinhão. Vilar de Maçada pertence ao concelho duriense de Alijó, distrito de Vila Real. Num espaço amplo e arranjado, o Santuário do Senhor Jesus da Capelinha é composto por duas capelas e a paisagem que daí pode observar-se principalmente para o lado sul é deslumbrante. Logo ali no sopé do monte, a povoação. Parada do Pinhão, S. Lourenço e o Santuário de Nossa Senhora da Saúde, em Saudel, ali tão próximo. À esquerda, o Vale das Gatas e Souto Maior e, estendendo o olhar mais ao longe, consegue ver-se um conjunto de grandiosas montanhas numa gradação de tons azuis acinzentados: o Santuário de S. Domingos de Vilela do Douro, no concelho de Sabrosa, a Quinta das Carvalhas, já Além-Douro. Concelho de Alijó

Freguesia de São Lourenço de Ribapinhão

S. Lourenço: brasão heráldico Orago - São Lourenço Área - 12,8 Km2 Ordenação heráldica do brasão Publicada no Diário da República, III Série de 28/01/2003 Armas - Escudo de ouro, grelha de negro posta em pala, entre dois ramos de oliveira de verde, frutados de negro, com os pés passados em aspa; campanha diminuta ondada de azul e prata de três peças. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “S. LOURENÇO DE RIBAPINHÃO”. São Lourenço, freguesia do concelho de Sabrosa No primeiro período da Monarquia, pelo menos no século XII e mesmo no século XIII, a freguesia de S. Lourenço que se chamaria no início Riba de Pinhão, estendia-se pela maior parte do curso superior do rio Pinhão, ou seja, desde a Torre do Pinhão até Souto Maior, incluindo Parada do Pinhão e Justes. O território da freguesia de S. Lourenço incluía-se, até ao século XIV, no vasto distrito ou terra de Panóias. Na primeira metade do século XIV, era senhor de Riba Pinhão o fil

Castedo do Douro

A povoação do Castedo A povoação do Castedo situa-se sobranceira ao rio Douro na sua margem direita, a seis quilómetros da sede do concelho, a vila de Alijó. As vinhas circundam em abundância o denso casario de que faz parte a casa do escritor António Cabral , nascido naquela aldeia a 30 de abril de 1931. Mais do que as palavras, as imagens fotográficas que apresentamos sobre o Douro, nomeadamente as do Castedo – concelho de Alijó , demonstram bem a sua imensa beleza. De lá, como de uma varanda se tratasse ao pé da capela de Santa Marinha, pode contemplar-se o rio Douro, ziguezagueando montes abaixo numa composição natural de perfeita harmonia. Canal de divulgação da obra de António Cabral Douro: Castedo, 15-09-2019 (vídeo) Castedo – concelho de Alijó

Doçaria conventual de Amarante

Centro histórico de Amarante Mesmo em ambiente frio de outono como este que vimos atravessando, uma visita ao centro histórico de Amarante vale bem a pena, usufruindo-se da beleza luminosa da igreja de S. Gonçalo, a ponte que lhe dá acesso, e a rua de tasquinhas onde se encontra um bom copo a acompanhar uma boa sande de presunto e outras coisas boas a comer sentado ou em pé. Sete e trinta. Sendo horas de jantar, a noite inicia-se tranquila. A arquitetura do lugar desperta os sentidos na melhor das intenções e, por isso, uma entrada na Confeitaria da Ponte dá-nos certamente o gostinho especial e frescura de uns papos de anjo, umas lérias, foguetes e brisas do Tâmega e mesmo "são gonçalos", tudo enquadrado na boa doçaria conventual de Amarante. Com um café, um docinho especial e como oferta, uma pequena caixa bem ornada de várias especialidades servirá com toda a certeza como grande satisfação a quem aprecia uma boa doçura.  Fazendo companhia ao momento, como se de

Exploração de volfrâmio no Vale das Gatas

A experiência da Sra. Maria Emília da Ribeira contada à revista "Visão" Vem este escrito ao de cima, na sequência do artigo inserido neste blogue, em 13/10/2019, " Minas do Vale das Gatas " e da consulta a uma das publicações antigas da revista "Visão" – o número 202, datado de 30 de janeiro de 1997 –  a propósito do tema da exploração do volfrâmio em Portugal. Alguns factos ali relatados baseiam-se em documentos pertencentes aos serviços secretos americanos, expressando de alguma forma a história das minas do Vale das Gatas e de outras existentes na região transmontana, pertencentes à Companhia Mineira Norte de Portugal, dirigida pelo alemão Kurt Dithmer. O sr.  Dithmer p ermaneceu naquele lugar durante muitos anos, tornando-se uma figura respeitada da terra, apesar da sua condição de patrão, dando emprego a muitos homens e mulheres, não só da freguesia e terras da região norte, como de aldeias do sul do Douro e também, durante um certo tempo, a uma

Nossa Senhora da Saúde, em Saudel

Alto Douro: miradouro de Sabrosa

Sabrosa, sede de concelho Toda a região do Alto Douro, não só a área próxima ao rio, esse rio Douro que atravessa todo o vale, é rica de paisagens maravilhosas – uma beleza indescritível! Pontos de vista nos cumes dos montes encontram-se e podem aceder-se por uma rede de estradas e caminhos existente entre as muitas localidades, vilas e aldeias. Daí, grandes extensões de partes da região duriense podem facilmente observar-se. Os miradouros permanecem disponíveis aos visitantes, seja no tempo quente de céu azul ou nos invernos de dias mais cinzentos mesmo assim de grande nobreza, favoráveis ao despertar de nuances únicas nos tons das cores que pintam a paisagem. Do miradouro de Sabrosa, situado na estrada que liga a vila de Sabrosa a Souto Maior, aldeia do mesmo concelho, avista-se para sul uma boa parte do concelho de Alijó, como por exemplo as localidades de Sanfins do Douro, Cheires, Favaios e outras aldeias e áreas envolventes com as suas vinhas encrustadas nos declives.