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A mostrar mensagens com a etiqueta Trás-os-Montes

Freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão

Freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, concelho de Sabrosa, em 28 07 2020

Visita ao Ecomuseu de Barroso

Ecomuseu de Barroso - Espaço padre Fontes, em Montalegre Ao acaso, alguns ensinamentos sobre aspetos da cultura tradicional da região do Barroso, Trás-os-Montes Ecomuseu de Barroso - Espaço padre Fontes, Montalegre No Entrudo vale tudo Em Montalegre é dado o nome de "Serrada da Velha" ao Entrudo Entrudo Os velhos diziam que neste dia não se podia comer caldo, porque, caso contrário, suava o cu todo o ano. Em algumas localidades dizia-se também que os mosquitos não largariam quem comesse caldo nesta altura.  São curiosas algumas designações locais relacionadas com o Entrudo: o 19º dia antes do Entrudo (Quinta-feira magra) chama-se Quinta-feira dos Compadres; a Quinta-feira Gorda é denominada pelos Barrosões de Quinta-feira das Comadres. Ambos são ocasião de festejo. Na Quinta-feira Gorda era uso levar-se leitões, porcos e broa aos santos, para invocar a sua protecção. Em algumas aldeias do concelho de Montalegre é dado o nome de "serrada

Aldeia bordada de xisto

Igreja Matriz de Chelas, Mirandela Chelas, Mirandela – "Aldeia bordada de xisto" por Jorge Lage «Aldeia bordada de xisto» foi o epíteto dado pelo Cónego Silvério Pires, pároco de Chelas, do concelho de Mirandela, por ter no casario antigo e arruinado como material mural o belo e nobre xisto.  Apesar de ser uma pequena aldeia, outrora sede de freguesia e famosa pelas «barbas» e pelas «Barcas de Chelas» por onde, até final do século XIX, se escoavam muitos dos produtos agrícolas e pecuários, de toda a lombada ou corda que se estende até ao extremo das Terras de Lomba. Apesar de pequena, a Igreja matriz, dedicada a Santa Maria Madalena, está edificada no sentido poente-nascente. Uma linha imaginária a passar pelo meio da porta principal / campanário e do altar-mor divide-a em duas partes: as Eiras a Norte da Igreja (Nova) e o Carrascal a Sul. Carrascal tem como sinónimo sardoal ou azinhal. Os moradores das Eiras julgavam-se mais importantes do que

As ninfas de Mirandela

Segunda versão do vídeo gravado em Mirandela, em 15 de março de 2016

Noroeste Transmontano e suas Barragens

Cávado, Rabagão e Bessa por Barroso da Fonte Publicado pela primeira vez, neste blogue, em 01 de março de 2013 São três os principais rios que nascem, fertilizam e refrescam os solos de Barroso: Cávado, Rabagão e Bessa. Todos férteis em truta e outros espécimes piscícolas. O primeiro nasce na Fonte Fria, na vertente sul da Serra do Larouco, (1.525 m).  A Câmara fez, à sua passagem, bem junto à marginal, um parque de lazer, com um reconfortante açude que substitui, para muitos, a praia atlântica e mediterrânica, para além de parque de merendas. Segue o leito que sempre teve até à foz, em Esposende. Mas não chega lá sem ser útil ao país, mais do que a Barroso. Nesse leito foram construídas, há cerca de meio século, a albufeira de Sezelhe que por túnel subterrâneo de cerca de 5 km, leva o reforço de água à Barragem do Alto Rabagão. O caudal que prossegue originou e mantém a barragem de Paradela construída em 1956. Não se esgota aí esse caudal, antes reúne novos riachos que vão encontrar-s

Miranda do Douro

Miranda do Douro: cidade portuguesa do nordeste transmontano Parque Natural do Douro Internacional Miranda do Douro Há vestígios da presença humana, no lugar onde se situa hoje a cidade de Miranda do Douro, desde tempos longínquos. Raízes celtas, árabes e romanas influenciaram certamente o percurso histórico de Miranda do Douro até aos nossos dias. A fundação histórica da antiga vila de Miranda data de 18 de dezembro de 1286 e é hoje parte do importante Parque Natural do Douro Internacional. A Sé Catedral de Miranda do Douro, Igreja de Santa Maria Maior, ergue-se no local de uma antiga Igreja gótica do século XIII, cuja construção se iniciou em 1552, tendo sido consagrada em 1566. Só em 1614 se deu por concluído o seu interior. Associada à História de Miranda, existe a segunda língua oficial da República Portuguesa - o Mirandês -, desde 1998. Está gravada nos painéis de informação e nas placas toponímicas das ruas da cidade. Localizado no Centro Histórico, o Museu da Terra de Miranda,

As "Poldras", em S. Lourenço

Lugar das "Poldras", em S. Lourenço de Ribapinhão, Sabrosa A beleza das "Poldras", em S. Lourenço

Montalegre é o concelho das barragens

Noroeste Transmontano e suas Barragens (III) Bem podemos dizer que Montalegre é o concelho das barragens que conferem beleza, frescura e desporto às populações periféricas. E sobretudo iluminam e dão força motriz a muitas unidades industriais do norte de Portugal. Mas os Barrosões têm sido injustiçados porque pagam a energia que exportam mais cara do que quem a recebe e, as contrapartidas, estão longe, muito longe, de compensarem a ocupação dos melhores vales, que obrigaram à desertificação do concelho e à não cobrança de impostos, como o IMI. Em Terras de Barroso há, pois, três barragens que produzem energia que abastece o país. Pisões, Venda Nova e Paradela. Integralmente em solo do concelho de Montalegre. Ainda parcialmente em solo de Montalegre está a Barragem de Salamonde. É nesse solo que se fundem os dois importantes rios que ao longo do seu curso refrescam e injectam nos terrenos envolventes a humidade que os lameiros exigem para florescer o feno e medrar a erva que engo

Barroso da Fonte, contribuidor do NetBila

Noroeste Transmontano e suas Barragens (II) O Rabagão nasce na lama dos Porcos, em Codeçoso (Meixedo), dirige-se para sul, fecunda esse imenso e fértil vale, atravessa a EN 108 (Montalegre-Chaves), banha e distrai os pescadores da boa truta. Originou a ponte romana de Peirezes e entra, mansamente, em S. Vicente da Chã, onde começa a maior Barragem do sistema Cávado-Rabagão, construída entre 1958 e 1966. Teve esta albufeira o privilégio de ter a primeira central de bombagem do país, ou seja, além do túnel que perfura a serra de Viade  para ir buscar o reforço do caudal ao Cávado. Tem mais um túnel de 5,9 km que leva a água da Barragem de Pisões (ou Alto Cávado) para a da Venda Nova (1950). Mas, em caso de necessidade, esse aproveitamento, até àquela data, inédito, era composto por uma central subterrânea, com dois grupos turbino-alternador-bomba de 45 MVA cada. Essas bombas permitem a bombagem das águas da albufeira de Venda Nova para a de Pisões. A subestação é composta por dois t

Barroso da Fonte

Barroso da Fonte Barroso da Fonte, contribuidor do NetBila Barroso da Fonte, contribuidor do NetBila, publicando textos sobre Trás-os-Montes, principalmente os relacionados com a sua região natal - o Barroso -, enviou-nos, em março de 2013, texto sobre o Noroeste Transmontano e suas Barragens.  Por excertos, republicaremos neste blogue o artigo de Barroso da Fonte sobre os principais rios que nascem, fertilizam e refrescam os solos de Barroso: Cávado, Rabagão e Bessa. Noroeste Transmontano e suas Barragens Cávado, Rabagão e Bessa São três os principais rios que nascem, fertilizam e refrescam os solos de Barroso: Cávado, Rabagão e Bessa. Todos férteis em truta e outros espécimes piscícolas. O primeiro nasce na Fonte Fria, na vertente sul da Serra do Larouco, (1.525 m).  A Câmara de Montalegre fez, à sua passagem,  bem junto à marginal, um parque de lazer, com um reconfortante açude que substitui, para muitos, a praia atlântica e mediterrânica, para além de parque de mere

Nordeste Transmontano

Aspectos interessantes do Nordeste Transmontano O Nordeste Transmontano é constituído pelos concelhos de: Alfândega da Fé, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Freixo-de-Espada-à-Cinta, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Vimioso e Vinhais. Toda esta região é repousante e mais «limpa» porque menos explorada. Tem potencial para constituir o escape do citadino cansado e saturado. No Nordeste Transmontano há uma grande diversidade paisagística. A este respeito podem referir-se as escarpas imponentes do Douro Internacional, a serenidade dos planaltos de Miranda e de Mogadouro, os contrastes entre os agrestes penedos graníticos e os vales frondosos da Vilariça, os maravilhosos espectáculos das amendoeiras em flor e das cerejeiras, as serras de Bornes, Coroa, Nogueira e Montesinho (Parque Natural). No aspecto etnográfico refiram-se a existência de um dialecto - o Mirandês - e os usos e costumes ancestrais como as «máscaras» usadas a

Trás-os-Montes

Pelos caminhos de Trás-os-Montes Dizem os escritores e os poetas transmontanos que Trás-os-Montes é uma dádiva especial da Natureza e a grande obra de pedra e água feita em Portugal. É neste Norte que, arduamente, se riscam e planeiam caminhos, se cruzam vontades e se resiste, com granítica força e persistência dos rios, à invasiva e danosa cultura que desvirtua e engana a História. São incontáveis os caminhos que podem percorrer-se na região transmontana. As estradas existentes podem considerar-se, hoje, suficientes para, de automóvel, se atingir facilmente qualquer ponto da região. Do Douro até à fronteira norte com Espanha, sucedem-se os montes para todos os gostos: uns agrestes e extremamente frios na estação do inverno, outros suaves e cultivados, possuidores de microclimas a suportarem vales traçados por riachos de águas límpidas, convidativas a um mergulho de frescura por entre uma vegetação constituída por pinheiros, amieiros, carvalhos, castanheiros, vidoeiros e muitas

Nas margens do rio Olo

A caminho da Açureira, Mondim de Basto Ainda na margem esquerda do rio Olo, no lugar do Barreiro, de pedra em pedra, atravessa-se para a outra margem, menos acidentada, com caminho para a Açureira, terra de colheitas e do feno que atirará por terra os mais incautos quando cortado rente ao chão. Naqueles rebos entremeados nas águas, por elas desgastados e arredondados, autênticas camas de frescura ali se oferecem a quem quiser recostar-se e descansar um pouco. Das palavras soltas do pastor e de seu filho, já experimentado nestas lides, que por sorte connosco se cruzaram e permaneceram durante mais ou menos uma hora, comendo, bebendo, e sobretudo transmitindo experiências e conhecimento, deduzimos que as cabras prenhes, ocasionalmente,  aproveitam a frescura do ar e o sopro humedecido da brisa para, ali mesmo, parirem. Os berros de parto são abafados pelo som da água corrente, proporcionando à fêmea momentos de profunda intimidade com a cria. – E depois? – perguntámos. – De

Bouça, rio Olo, lugar do Barreiro

Parque Natural do Alvão Em pleno Parque Natural do Alvão, na margem esquerda do rio Olo, a uns 1500 a 2000 metros a montante das Fisgas de Ermelo, encontra-se a Bouça Diabólica, assim lhe chama o seu proprietário, Joaquim Dinis, natural daqueles montes, concretamente do lugar do Barreiro.  Apesar do verão, ali, na Bouça, o tempo é outro e corre de um modo diferente daquele que entendemos como normal. Uma camisolita ou jaqueta ajuda ao conforto das costas, não inibindo um espirro ou outro sobre as encostas frescas daquele sítio de vegetação luxuriante e tons verdes carregados, retirando protagonismo à casinha da mesma cor que presta o apoio necessário para a experiência de um dia diferente, mas muito bem preenchido, nessa varanda natural sobre o rio que percorre sonoridades e inspirações. À volta do cantarolar, em direção às quedas das Fisgas, os carvalhos são imponentes, altos, adultos, às centenas. Marcam a personalidade do lugar e condicionam os pensamentos de quem os observ

Cagalhonas de cabra

Reconhecimento por tão viçosas alfaces Homens ou mulheres há como este que evidencio, em sinal de reconhecimento por certos favores prestados e paciente escuta de lamentações, a propósito das alfaces raquíticas que tinha no quintal virado ao vento frio do norte.  Alguém lhe deixou mesmo atrás do automóvel um saco... cheio... não sei de quê, dizia o dono da viatura, transmontano citadino. Quando este chegou a casa, curioso com tamanho saco e ainda por cima pesado, abriu-o desapertando o barbante.  Algumas semanas depois, olhava sorrindo a um canto do quintal, observando as alfaces, os pés de feijão e os tomateiros crescendo pujantes pelo efeito das cagalhonas de cabra que, do saco, tinha espalhado na terra e a tornaram bem mais produtiva. Abençoada forma de agradecimento daquele transmontano que das cagalhonas de cabra bem aproveitadas tão viçosas alfaces deu!...

Parque Natural do Alvão

Serra do Alvão, 23 09 2018 (vídeo atualizado em 16 07 2020)

Praia do Azibo

Praia do Azibo, Macedo de Cavaleiros

Trás-os-Montes e Alto Douro

Região transmontano-duriense Desde sempre andaram muito ligadas a região de Trás-os-Montes e a região do Alto Douro e, por isso, a usada expressão "Trás-os-Montes e Alto Douro" denota a ideia de uma só região. Esta ideia perdura ainda nos dias de hoje, apesar das identidades distintas que são caracterizadas por alguns pormenores de natureza paisagística e dos costumes das suas gentes. Talvez estas diferenças tivessem originado percursos distintos e, deste modo, constata-se uma área - Trás-os-Montes -, mais rude na sua paisagem pelos seus montes e nos costumes dos seus habitantes e outra área - o Alto Douro -, mais concordante com o vinho que produz, o vinho do Porto, também chamado vinho tratado ou vinho fino. As próprias autoridades de governação local têm, em nosso entender, seguido caminhos condizentes com a estrutura cultural de cada uma destas duas zonas que, no entanto, se considera como a mesma região. Entendemos a importância do valor e da riqueza em todos os s