A caminho da Açureira, Mondim de Basto
Ainda na margem esquerda do rio Olo, no lugar do Barreiro, de pedra em pedra, atravessa-se para a outra margem, menos acidentada, com caminho para a Açureira, terra de colheitas e do feno que atirará por terra os mais incautos quando cortado rente ao chão.
Naqueles rebos entremeados nas águas, por elas desgastados e arredondados, autênticas camas de frescura ali se oferecem a quem quiser recostar-se e descansar um pouco.
Das palavras soltas do pastor e de seu filho, já experimentado nestas lides, que por sorte connosco se cruzaram e permaneceram durante mais ou menos uma hora, comendo, bebendo, e sobretudo transmitindo experiências e conhecimento, deduzimos que as cabras prenhes, ocasionalmente, aproveitam a frescura do ar e o sopro humedecido da brisa para, ali mesmo, parirem. Os berros de parto são abafados pelo som da água corrente, proporcionando à fêmea momentos de profunda intimidade com a cria.
– E depois? – perguntámos.
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