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Os Jogos Populares e o Ensino (2)

Ensinar jogando No seu livro "Jogos Populares Portugueses", António Cabral chega a conclusões muito interessantes e, de facto, muito importantes para o desenvolvimento do ensino, muito especialmente o ministrado às crianças. No capítulo "Os Jogos Populares e o Ensino", António Cabral refere duas frases de dois estudiosos desta matéria: - Todo o comportamento é motivado - disse Young em 1936; - As tentativas experimentais para demonstrar a aprendizagem sem motivação provaram ser todas equívocas - disse Bugelski. O aluno aprenderá tanto mais e melhor quanto mais despertado for, ou seja, para manter o aluno interessado e atento, o professor deve motivá-lo despertando nele a curiosidade e o interesse em saber aquilo que desconhece, chegando-se assim à conclusão que: - Face às novas concepções do processo de aprendizagem, a motivação passou a constituir o centro de interesse de todo o processo educativo

Os Jogos Populares e o Ensino

Porque não têm atribuído importância aos jogos populares? por Editorial Domingos Barreira ,  numa publicação, neste blogue, de 19 de maio de 2006 Que os jogos educam é ponto mais ou menos assente. Daí que os professores de Educação Física, em cumprimento dos programas que vêm do Governo, organizem, para além da ginástica, jogos de voleibol, basquetebol, andebol, etc. Mas porque não têm atribuído a mesma importância aos jogos populares? Estes vão-se permitindo (alguns) nas escolas primárias, até porque seria impossível contrariar sempre os gostos das crianças. Claro que há professores que incentivam a sua prática. Mas porque é que os jogos populares estão à margem do desporto que se pratica no ensino secundário e universitário? Porque a instrução, quanto mais elevado for o seu grau, implica a massificação, a nivelação cultural, o esquecimento e o repúdio da cultura popular? Ninguém escreve isto assim, talvez poucos o pensem com tal agre

As castanhas e os jogos

Jogo de damas com castanhas por Jorge Lage Há algumas décadas escasseavam os brinquedos comercializados, especialmente nos meios rurais e ainda mais o pecúlio para os adquirir. Se em muitos lares não havia dinheiro para pão, como se podia pensar em comprar brinquedos? Nesses tempos, as crianças brincavam especialmente com materiais (paus, pedras, areia), frutos (castanhas, nozes, avelãs, bolotas, abóboras, pinhas, maçarocas de milho), folhas e bugalhos, colhidos directamente da natureza. Com folhas, frutos, paus e pequenos cacos, ainda hoje se joga às casinhas, representando cenas da vida doméstica ou da imaginação criativa infantil. A manufactura dos próprios brinquedos é já um jogo de construção, que desenvolve a habilidade manual, a criatividade e o amor pela obra produzida. Conjuntamente com nozes, bolotas, bugalhos, paus, cortiça e casca de pinheiro, as castanhas são, no período em que abundam, dos objectos lúdicos mais utilizados.

Paredes, S. Lourenço de Ribapinhão

Paredes, S. Lourenço de Ribapinhão, concelho de Sabrosa 12-01-2021

A Leira

A leira: a Marela e a Biôsa por Paulo André Da Silva O lavrador aricava a sua leira agarrando fortemente o arado para não dar cabo do renobo e afoutava a mula já velha e com poucas forças. Entrementes ia pensando na zargolina que tinha apanhado no dia anterior. A água d'arcos da catalana do seu amigo Maneta, era boa! O barbamzum do andubinho estava sempre a passar! Aquilo provocou uma grossabagolhoça que vai demorar a desaparecer. Ainda por cima, antes do jantar, já o sol estava bem a pique e a fome apertava, e aquela repolhaça russa nem um chismiz de bica me deu! Isto de um homem andar sempre no monte vira um samalagantas que só sabe comer em cuncas. Estouque tenho que ganhar juízo! Enquanto o Barrosão cismava no que lhe tinha acontecido, a mula arreou e ele, rápido, afagou-lhe a pele e tudo voltou ao normal. – Não tinha ficado mal, não senhora – pensou ele.  Os regos estavam que

Na formação de Portugal

Na formação de Portugal: Preponderante o papel de Santos Portugueses por Barroso da Fonte O Grupo dos Amigos da Piconha nasceu dia 19 de Fevereiro de 2005, durante uma confraternização entre Transmontanos, mais ligados à Região de Barroso. Começou por uma aposta entre dois dos presentes, sobre quem ganharia as eleições legislativas do dia seguinte. Quem perdeu, pagou. Para engrossar o grupo, começaram por convidar os restantes membros da mesa. Depois o homenageado desse dia, mais um por isto e mais outro por aquilo. Fixou-se o grupo em doze casais. Vivem dispersos por todo o país: Lisboa, Gaia, Porto, Guimarães, Chaves. Mas para epicentro elegeu-se Tourém, no concelho de Montalegre. E, para pretexto das várias reuniões culturais, gastronómicas e turísticas, escolheu-se o simbolismo histórico do Castelo da Piconha que foi Português até ao Tratado dos Limites, em 1864, que pretendeu endireitar as fronteiras entre Portugal e a Espanha. Como sempre acontece em partilhas, uns ganham e outro

Manuel Henriques Pires Fontoura

Manuel Fontoura: primeiro discurso na Assembleia da República, em 1978 Excerto 3 Via férrea – Que dizer o que foi até hoje a linha do Corgo? Pelo seu traçado sinuoso, pelo seu obsoleto, inestético e incómodo material de tracção em circulação, digno de museu, é um verdadeiro atentado feito a todos quantos trabalham e vivem nessas pobres terras. Digo até hoje porque, desde há dias, entraram em funcionamento novas locomotivas Diesel, que para já só têm a vantagem de não pegar fogo às matas e vinhas das propriedades limítrofes, pois o restante material continua a ser o mesmo, onde o aquecimento no Inverno não existe e a chuva e a neve são muitas vezes visitantes incómodos. Soubemos e alegramo-nos com a notícia de que brevemente este material de transporte vai ser substituído com gradual alteração e rectificação do actual traçado. Quero neste momento solidarizar-me com a tristeza e naturais apreensões das humildes gentes de algumas povoações

Deputado Manuel Fontoura

Manuel Fontoura: primeiro discurso na Assembleia da República, em 1978 Excerto 2 Manuel Fontoura Assim irei falar, não por ordem de importância, pois todas são importantes, mas naquelas que me parece merecerem, neste momento, uma certa prioridade e porque são o principal escolho e empecilho à entrada do progresso nas terras de Trás-os-Montes. Mesmo assim por onde começar? Pelo ensino, saúde, assistência na velhice, vias de comunicação, abastecimento de água, distribuição de energia eléctrica, habitação, saneamento básico, que sei eu, se tudo ou quase tudo nos falta? Como sem boas, ou pelo menos funcionais vias de comunicação, estradas, caminhos-de-ferro, via fluvial, e porque não, via aérea, os povos não se podem desenvolver e progredir, será por elas que irei começar. É a província de Trás-os-Montes servida por três grandes encruzilhadas que con

Manuel Fontoura, genuíno transmontano

Manuel Fontoura: primeiro discurso na Assembleia da República, em 1978 Excerto 1 Manuel Fontoura, enquanto Secretário da Mesa da Assembleia da República, ao lado direito do então Presidente da Assembleia da República, Leonardo Ribeiro de Almeida Manuel Henriques Pires Fontoura, genuíno transmontano, para além da sua vida familiar exemplar, sempre ao lado de sua esposa Adelina, também transmontana, e por ela constantemente apoiado, aconselhando-o nas diversas decisões, algumas difíceis, tomadas ao longo de uma vida em comum, juntamente com filhos, netos e bisnetos, Manuel Fontoura foi um homem de trabalho, muito ativo socialmente, ligado a movimentos e associações, guiando-se fielmente por princípios cristãos até ao fim dos seus dias. Participou durante muitos anos na vida política regional, mas também a nível nacional enquanto deputado.  Transcrevo, nestas páginas, em alguns excertos, o seu primeiro grande discurso na Assembleia da República, em 31 de janeiro de 1978, a propósito das c

Uma história sobre o Santuário de S. Bento da Porta Aberta

Reprodução de uma história sobre o Santuário de S. Bento da Porta Aberta, no Minho, contada a Manuel Fontoura, em 15 de setembro de 1941, quando se dirigia ao Colégio de Singeverga, para, aí, iniciar os seus estudos, após a instrução primária.  Informação recolhida da Autobiografia de Manuel Henriques Pires Fontoura, que designou como “Autobiografia de um homem simples”, editada em maio de 2008.

Manuel Fontoura

Manuel Henriques Pires Fontoura Manuel Henriques Pires Fontoura nasceu em Montalegre a 12 de agosto de 1925. Ingressou nos Serviços Florestais de Vila Real em 1951, tendo chegado ao cargo de Chefe de Secção. Ainda nos Serviços Florestais, na Circunscrição de Santarém, tomou posse como chefe de repartição, em 1995, tendo-se Jubilado em 12/8/1995. Exerceu ainda as seguintes funções: Secretário-geral da Associação de Futebol de Vila Real, de 1972 a 1980; Presidente do Clube Vilarealense de Pesca Desportiva, em 1974; em 1975, Vice-presidente da Assembleia-geral, sendo eleito presidente da mesma, em 1976; Membro efetivo da Primeira Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Vila Real, de 28/10/1974 a 25/5/1976; Deputado à Assembleia da República, de 3/7/1976 a 12/11/1980; Secretário da Mesa da Assembleia da República, de 8/1/1980 a 12/11/1980; Presidente da Direção da Associação de Futebol de Vila Real, de 1980/81 a 1995/96;

A lenda do cavaleiro de ouro

  Reporta-se esta lenda ao lugar onde existem as mamoas de Santa Bárbara, e a uma mulher de Sabrosa que, durante a noite, seguiu, sonâmbula, um cavaleiro com uma armadura dourada que tinha visto em sonhos. Da monografia do concelho de Sabrosa "SABROSA da Pré-História à Actualidade" de A. M. Rocha Soares.

Monografia de Sabrosa

"SABROSA da Pré-História à Actualidade" de A. M. Rocha Soares Sabrosa Desde há uns dias a esta parte, folheio, de novo, as páginas da Monografia do Concelho de Sabrosa, dando conta da importância deste livro, para quem tem a vontade ou simples curiosidade em conhecer melhor a História e histórias do concelho, cujo autor é A. M. Rocha Soares , personalidade sabrosense que referi já em artigos anteriores.  A monografia “SABROSA Da Pré-História à Actualidade” é uma edição do Município de Sabrosa, do tempo em que José Marques foi Presidente da Câmara Municipal, referindo na parte final do seu texto introdutório, inserto neste livro: Com a edição desta obra, que se constitui como a primeira Monografia do Concelho, mais uma vez, António Manuel Soares, presta um elevado serviço cultural à Comunidade Sabrosense. Trata-se de uma obra de homenagem à terr