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A mostrar mensagens com a etiqueta S. Lourenço

Arroz de Couve, em S. Lourenço

Arroz de couve, chouriça de sangue e costela de vinha d'alhos A região de Trás-os-Montes e Alto Douro não é assim tão pequena e, por isso, os usos e costumes variam, por vezes muito, de lugar para lugar e mesmo famílias vizinhas podem confecionar a comida de modos diferentes, o que é perfeitamente natural. Também por isso, esta é uma cultura tão rica e tão diversificada.  Hoje dou-vos conta de uma das especialidades gastronómicas relacionadas com a carne do porco que comia em S. Lourenço de Ribapinhão. É daqueles pratos fumegantes e de cheiro intenso, apropriado para um dia de inverno, à lareira: arroz de couve, chouriça de sangue e costela de vinha d'alhos. A uma cebola em azeite medianamente estrugida, juntem-se os "olhinhos" (partes interiores, mais tenrinhas) de couve troncha bem lavada em água corrente. Adicione-se uma areia de sal, a gosto, tape-se o tacho e deixe-se cozinhar com o lume brando durante mais ou menos meia hora. Vai-se acrescentando com cuidado águ

O fruto do marmeleiro, em S. Lourenço

O fruto do marmeleiro, em S. Lourenço de Ribapinhão (outubro de 2019)

Arcã, S. Lourenço

Arcã, lugar da freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, concelho de Sabrosa, em 21 05 2020

Nos céus de S. Lourenço

Estranhos fenómenos nos céus de S. Lourenço!

O Rogério, de S. Lourenço

Rogério Ribeiro Não consigo precisar, neste momento, a data em que esta fotografia do Rogério foi obtida. Sei que resultou na sequência de uma conversa nas traseiras de sua casa, quando um dia lhe comprei um ou dois sacos de pinhas. Falou-me da sua vida e da habilidade para os trabalhos e artes manuais. O Rogério construía, em miniaturas, réplicas de casas com pedaços de madeira. Aqui fica a minha simples homenagem ao Rogério Ribeiro!

Nossa Senhora das Candeias

Acontecimento que terá dado origem à festa anual das Paredes, freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, em honra de Nossa Senhora das Candeias!

Histórias de teatro em S. Lourenço

Histórias de teatro nas décadas de 1940/50, em S. Lourenço de Ribapinhão, concelho de Sabrosa!

S. Lourenço - vista parcial

S. Lourenço de Ribapinhão A foto, uma vista parcial de S. Lourenço de Ribapinhão, no concelho de Sabrosa, mostra um dia carregado de nuvens, tal como o que facilmente se adivinha hoje, em S. Lourenço, neste início de primavera envergonhada. Aqui se deixa esta imagem, sobretudo para quem vive longe da sua aldeia, talvez no Brasil - Rio de Janeiro ou S. Paulo e alguns dos seus estados do interior; ou em terras de França como a capital - Paris; ou ainda Toulouse, Monpellier, no sul e Cahors - cidade francesa, capital do departamento de Lot; Crayssac e Catus - comunas da região administrativa de Midi-Pyrénées, segundo a organização geográfica mais antiga; ou na longínqua Melbourne, uma das maiores cidades australianas. Também conterrâneos mais próximos da sua aldeia - em Lisboa e no Porto e outras cidades de Portugal; localidades suíças, alemãs e britânicas. Em todos esses lugares e outros, laurentinos por lá permanecem em trabalho ou gozando já as suas reformas. Enquanto não voltam

Lenda da Nossa Senhora das Candeias

Paredes, freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão Numa bela noite, 2 de fevereiro, ia um caminheiro com os seus dois cavalos carregados, que ficaram atolados naquele histórico atoleiro. Era homem de boas ideias. Pediu à Senhora das Candeias, foi ouvido e Nossa Senhora apareceu com uma candeia na mão; alumiou-o e seus cavalos desenterrou, acompanhando-o à povoação (Paredes). - Está visto que o homem tinha bom coração; diz o contador desta história - Delfim da Silva Monteiro - natural e residente naquele lugar. Era uma noite rigorosa com muita chuva e neve que apanhou desprevenido o almocreve. Nossa Senhora a esse homem disse que nada dissesse, mas ele não pôde resistir ao que viu. Foi um Milagre!  Cheio de alegria no seu coração, logo transmitiu e espalhou pela povoação. Toda a gente correu para as fragas daquele lugar, hoje conhecidas por Fragas de Nossa Senhora das Candeias, lindo lugar, digno de se visitar! - Desde esse tempo, a Senhora das Candeias das Paredes foi sem

Monsenhor Eduardo Sarmento

Monsenhor Eduardo Sarmento (foto de 15 de março de 1987) Evocação de Monsenhor Eduardo Sarmento A Câmara Municipal de Vila Real organizou uma sessão de evocação de Monsenhor Eduardo Sarmento, no auditório da Biblioteca Municipal, dia 18 de novembro de 2017, a propósito da sua biblioteca particular, fazendo esta parte da Biblioteca Municipal de Vila Real. Eduardo Augusto Teixeira Sarmento nasceu em S. Lourenço de Ribapinhão, concelho de Sabrosa, distrito de Vila Real, em 19 de abril de 1922. Foi ordenado padre em 1944. Celebrou as bodas de ouro sacerdotais no santuário de Nossa Senhora da Saúde , de que era grande devoto. O Monsenhor Sarmento foi Chanceler da Cúria e Protonotário Apostólico. Foi pároco da Cumieira − freguesia do concelho de Santa Marta de Penaguião − e de Parada de Cunhos. No início da década de 1970, lecionou a disciplina de Geografia, no Colégio da Boavista, em Vila Real. Monsenhor Eduardo Sarmento faleceu no ano de 1999. Está sepultado, em jazigo de famí

Santuário de Nossa Senhora da Saúde

Santuário em Saudel, freguesia de S. Lourenço O Santuário de Nossa Senhora da Saúde situa-se numa pequena localidade da freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão - Saudel -, dentro da parte norte do concelho de Sabrosa, distrito de Vila Real. Segundo os crentes, Nossa Senhora terá aparecido junto ao lugar onde mais tarde foi erigida a capela com o nome de Capela de Nossa Senhora da Saúde. Todos os anos, em Agosto, nos dias 7, 8 e 9, é realizada uma romaria em honra de Nossa Senhora da Saúde aonde acorrem numerosos forasteiros vindos das diferentes partes de Portugal e também de alguns países onde comunidades de emigrantes permanecem, não deixando, pelo menos nessa altura do ano, de prestar culto a Nossa Senhora. O santuário de Nossa Senhora da Saúde é um espaço maravilhoso, certamente dos mais belos de Portugal, pela sua grandiosidade, com muitas árvores a proporcionarem imensas sombras de agradável frescura que circundam um pequeno lago devidamente protegido e seguro. A todos

O reco do Nanico de S. Lourenço

A primeira vez que o Nanico ajudou ao reco O João Nanico, também conhecido pelos que lhe são próximos por Janico, é proveniente de uma família modesta e trabalhadora, com escassos recursos económicos. No entanto, com a agricultura precária que mantêm com umas leiras de montanha lá vão angariando para o dia a dia. O reco, tal como em outros lares da aldeia, é o principal meio de sustento na época de inverno e motivo de festa. Desde pequenote, o Janico acostumou-se à ideia do grito esganiçado do animal que sabia de véspera o fatídico destino. Serão desnecessárias considerações ou descrições retratando uma realidade que, sendo cultural, não deixa de constituir um modo expedito para dar largas ao prazer da boa comida que resulta das carnes alimentadas com produtos da terra. Deixemo-nos então de repetir fórmulas largamente experimentadas por verdadeiros e conceituados descritores dos modos de viver destas gentes como as que habitam perto da família do Janico. Este lembra-se ainda da

S. Lourenço de Ribapinhão, 31-01-2020

Souzas Botelhos - "Casa de S. Lourenço" II

Brasão da "Casa de S. Lourenço" Referimos em artigo anterior na rubrica “ S. Lourenço ” a família Souzas Botelhos e uma cópia da página 345 do livro “Fidalgos e Morgados de Vila Real e seu Termo” de Júlio A. Teixeira (reedição de 1990), em que é mostrado o brasão daquela nobre família. Entretanto, recebi uma foto de uma réplica perfeita atual, realizada em gesso, desse mesmo brasão, que mostro através da imagem. Por favor, clique na imagem para melhor observação.

Souzas Botelhos - "Casa de S. Lourenço"

Brasão da "Casa de S. Lourenço" Recebi de dois primos, naturais de Constantim, concelho de Vila Real, uma cópia da página 345 do livro “Fidalgos e Morgados de Vila Real e seu Termo” de Júlio A. Teixeira (reedição de 1990). Nessa cópia, consta o desenho do Brasão da "Casa de S. Lourenço", como mostra a imagem, e o descritivo, transcrito a seguir, que identifica cada um dos ramos familiares desse brasão: Está este Brazão na Capela e no portão da Casa que foi dos Souzas Botelhos de S. Lourenço. Representa : No primeiro quadrante os Souzas, ramo dos Souzas, Morgados de Vilar de Perdizes, e dos Souzas de S. João da Pesqueira ; no segundo os Botelhos, como descendentes de Affonso Botelho, 1º Alcaide-Mor de Vila Real ; no terceiro os Pintos, ramo, Vila Real, dos Morgados de Balsemão ; e no quarto os Silvas, familia muito antiga nesta Vila. Tanto a Capela como a antiga Casa de S. Lourenço estão hoje na posse de estranhos à Família, havendo ainda naquela povoaçã

Mamoa de Madorras

Estranho! Bacalhau e Mamoa de Madorras! Pode parecer estranho um artigo sobre bacalhau , como o anterior, vir acompanhado de uma fotografia da Mamoa de Madorras, em Vilar Celas, lugar da freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, concelho de Sabrosa. Contudo, nas entrelinhas está tudo bem explicado, ou mal explicado, conforme o ponto de vista. Seja como for há uma relação entre o bacalhau mencionado e a Mamoa. Como alguém diria “isto está tudo ligado”. Pelo caminho de Torga, desde S. Martinho de Anta se encontra a Mamoa de Madorras e, por isso e outras causas, deixa-se a seguinte referência ao monumento pré-histórico – um excerto retirado de um dos placares informativos que podem observar-se ao longo daquele trilho dedicado ao escritor transmontano Miguel Torga: «Património Arqueológico - No percurso de S. Martinho de Anta podemos ainda encontrar a Mamoa de Madorras com vestígios de pinturas e gravuras em alguns dos seus esteios, símbolo máximo do Megalitismo em Sabrosa. A preocu

Serra de Santa Bárbara, S. Lourenço de Ribapinhão

Documento de 1758 sobre São Lourenço Têm sido feitas algumas referências à freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, a propósito do documento de 3 de março do ano de 1758, escrito pelo "reytor da Igreja Matriz de Sam Lourenço de Riba Pinhão". Aqui se deixa mais um pequeno resumo de uma parte desse documento, em que algumas palavras são reproduzidas exatamente como eram escritas naquele tempo pelo senhor padre Seraphim Alvares. «Havia nesta freguesia uma feira franca que decorria entre a véspera do dia do milagroso S. Lourenço e o próprio dia de S. Lourenço - 10 de agosto. A freguesia de S. Lourenço não tem correio. No entanto, os seus habitantes servem-se do correio de Vila Real, que vem na segunda e vai na quinta feira. Diz ainda o senhor padre Seraphim Alvares que a freguesia de S. Lourenço dista da cidade de Braga dezassete léguas e da corte de Lisboa oitenta. O grande terramoto que ocorreu na cidade de Lisboa, no dia um de novembro de 1755, dois anos e oito mes

Trilho de S. Martinho de Anta

Pelos caminhos de Miguel Torga S. Martinho de Anta é sede da União de Freguesias de São Martinho de Anta e Paradela de Guiães, pertencente ao concelho de Sabrosa, distrito de Vila Real. S. Martinho de Anta é hoje uma vila notabilizada pelo facto de aí ter nascido e vivido o grande escritor português Miguel Torga. A sua terra natal, as serras envolventes e também o Douro foram certamente motivos de inspiração à obra do escritor. Estudiosos dos seus livros em prosa e em verso, muitos outros escritores e especialistas literários, professores e alunos, assim como inúmeros curiosos têm-se deslocado dos mais diversos pontos a esta linda vila transmontano-duriense para ouvir falar de Miguel Torga e conhecer os caminhos que calcorreou pelas paisagens do vale do rio Douro e territórios serranos bravios. Os são-martinhenses, autoridades locais e concelhias souberam sempre enaltecer a grande figura da Literatura Portuguesa e preservam orgulhosamente a sua memória. São disso exemplos a recons

Vale das Gatas: o dinheiro do volfrâmio

O trabalho penoso dos mineiros Gastou-se muito dinheiro, nesse tempo. Algum muito mal gasto porque brotava da terra aos quilos, transformando-se em notas. Da estrada, na altura não alcatroada, feita apenas de terra batida e pedras, a ligar S. Lourenço a Souto Maior, facilmente se retirava uma "negra" com a chave de casa, talvez com um peso de cem a duzentos gramas, dando para qualquer moçoila comprar um vestido novo. Todas essas pedras com um alto grau de pureza em negrume eram "passadas" de um modo ou de outro na candonga, pois essa era uma atividade próspera. O dinheiro era tanto que, muitas vezes, em atitudes de puro exibicionismo se fumava o tabaco enrolado em mortalhas especiais: as notas de banco. Os rapazelhos jogavam à bola com notas amarrotadas e o caldo, fosse de couve troncha com feijões ou de cebola, tinha de ser acompanhado não com pão de milho, mas com pão-de-ló. Ditos que se ouviam e ainda ouvem, de igual modo em outras localidades onde antigamen

O volfrâmio no Vale das Gatas

Pequenas pedras ricas de volfrâmio No documento de resposta a um inquérito com data de março de 1758, o pároco da freguesia de São Lourenço de Ribapinhão  –  Padre Seraphim Alvares  – , quando mencionou os lugares pertencentes à freguesia, não se referiu ao lugar de "Vale das Gatas", apenas aos lugares de: "Sam Lourenço", "Saudel", "Delgada", "Arcam", "Villar de Sellas" e "Paredes do Pinhão". Por isso, só muito mais tarde, a designação terá surgido, não se sabendo ao certo a origem deste nome para aquele lugar: "Vale das Gatas". Talvez por ali circulassem muitas gatas e naturalmente gatos. De modo que esta designação causa alguma estranheza pois a expressão sugere simplesmente o animal felino, sendo certo que esta palavra  –  felino  –  além de gato ou a ele relativo significa também "traiçoeiro", "fingido", "cruel", "pérfido". Sendo assim, facilmente poderá cont