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Mensagens

Maria da Graça

Maria da Graça, uma mondinense de respeito por Costa Pereira Já uma vez, em Março de 2010, escrevi acerca desta minha distinta conterrânea, da diáspora, como eu, o que repito e teimo divulgar: "Não vai gostar, mas como a sei mulher que a quem como ela amar e defender a terra onde ambos nascemos é capaz de perdoar este meu atrevimento, eis-me a revelar o nome daquela "minha conterrânea Mg que para ver e conhecer gente transmontana que em verso ou prosa honre as letras lusas não há igual!", como noticiei no blog Ao sabor do tempo, em post, de 26 de Fevereiro 2010, intitulado "encontro cultural". Trata-se da minha conterrânea Maria da Graça Borges de Matos, natural de Mondim de Basto, onde nasceu a 4 de Janeiro de 1956, filha de José Teixeira de Matos e de Maria Alzira Teixeira Borges. Como já divulguei, nada de novo aqui. De novo, apenas que fez anos no passado dia 04, e que nem uma mensagem de parabéns lhe mandei. Nesse dia, infelizmente fui chamado, pela amizad

Nuno Nozelos

Nuno Álvares Pereira da Conceição Nozelos por Jorge Lage Nuno Nozelos nasceu em Fradizela (concelho de Mirandela), em 15 de novembro de 1931. Foram seus pais Manuel António Nozelos e Esperança de Deus Gonçalo, sendo Nuno o primeiro de oito filhos. Após o ensino primário na própria aldeia de Fradizela, frequentou o ensino dos Salesianos, primeiro em Poiares da Régua, depois em Mogofores e finalmente no Estoril, onde concluiu o curso de Filosofia. Posteriormente frequentou o Instituto Superior de Psicologia Aplicada, em Lisboa. Fez, além disso, diversos cursos de índole profissional, virados para a área jurídico-administrativa e relacionados com a carreira que seguiu no Ministério da Saúde. Aí começou a trabalhar em 1955, vindo a ocupar o cargo de técnico superior principal, lugar em que se aposentou em 1984. Paralelamente com a carreira administrativa, Nuno Nozelos esteve sempre virado para a escrita, sua grande vocação, quer enquanto escritor, quer enquanto jornalista e conferencista.

Piteira Santos

Piteira Santos, filho de barrosão e nome grande na Amadora por Barroso da Fonte Fernando António Piteira Santos, patrono da Biblioteca da Amadora, nasceu em 23-01-1918, na Amadora, mas era filho do barrosão Vitorino Gonçalves dos Santos, natural do concelho de Montalegre. A mãe - Leonilde Bebiana Piteira Santos - nascera em Lisboa, de família oriunda de Ançã. Esta senhora que fora católica praticante, familiarmente tratada por «Mãe-toni», faleceu em 26-02-1963, pouco tempo depois do filho ter partido para o exílio. O pai, valoroso republicano, foi promovido, por distinção, ao posto de tenente da GNR, sendo posteriormente transferido para o exército, de onde se reformou, como major. Foi agraciado com a Ordem Militar de Avis e com a Torre de Espada, falecendo em 27-02-1943. O seu biógrafo escreve que Vitorino Gonçalves dos Santos «herdou de seus pais traços marcantes das suas personalidades, ressaltando a inteireza de carácter e de fidelidade a princípios, faceta que se coaduna com a ati

A Nobreza Barrosã

A Nobreza Barrosã e a Casa do Cerrado por Barroso da Fonte A humanidade, na evolução própria da espécie, ao longo dos milhões de anos, não se contentou com o grau da normalidade. A razão que distingue os humanos dos restantes animais, foi sempre atrevida. E, desse atrevimento ou insatisfação de não ser igual aos outros, brotaram sortilégios para uns, vícios para outros, com consequências para o bem ou para o mal. Uns primaram pelo sucesso, evoluindo e progredindo à escala local, nacional ou mundial. Outros regrediram, animalizaram-se no corpo e no espírito, destruindo tudo à sua passagem. Sempre as forças contraditórias do bem e do mal, do saber e da ignorância, da riqueza e da pobreza, do luxo e do lixo. Essa insatisfação que sempre acompanhou o ser humano hierarquizou uns e outros. Ao nível da família, da comunidade local, nacional e internacional.  A esse escalonamento chamou títulos da nobreza. Vêm de longe esses graus hierárquicos. Essa classificação generalizou-se e estendeu-se a

Contribuidores do NetBila'News

NetBila, agora NetBila’News Informação de Trás-os-Montes e Alto Douro! Desde 2006, ano em que o NetBila iniciou a sua atividade, as regiões de Trás-os-Montes e Alto Douro têm sido referenciadas e descritas nas páginas deste blogue, apenas com algumas ligeiras interrupções para alteração de plataformas, entretanto necessárias com o intuito de melhorar tecnologias e performances dos respetivos sites, permitindo aos utilizadores aceder aos conteúdos com melhor agilidade.  Com a prestimosa contribuição de alguns colaboradores, as páginas do NetBila têm sido enriquecidas com textos ligados às culturas e histórias das regiões, para além de imagens, muitas delas documentos inéditos da vida transmontano-duriense. Deste modo, o NetBila tem ajudado na divulgação de Trás-os-Montes e do Alto Douro Vinhateiro, região classificada pela UNESCO, em 14 de dezembro de 2001, como Património da Humanidade na categoria de Paisagem Cultural. Com as suas opiniões e textos, o escritor duriense António Cabral

"Bisalhães - Anatomia de um Povo"

Excerto do livro "Bisalhães - Anatomia de um Povo" de Maria Emília Campos e Duarte Carvalho Situada a cerca de 8 km para sudoeste de Vila Real, entre a cidade e o Marão, na margem direita do rio Gorgo e assente nas primeiras e ainda muito esbatidas pregas da serra, encontra-se uma pequena e típica aldeia de oleiros - Bisalhães. Pertencente à freguesia de Mondrões, com a qual confronta a norte, a aldeia de Bisalhães confronta a sul com a freguesia de Torgueda, a poente com a freguesia de S. Miguel da Pena e a nascente com um pequeno ribeiro, afluente da "Ribeira de Machados". Conhecida desde sempre como centro oleiro, a aldeia de Bisalhães chegou a ter, desde que há memória, 75 homens a trabalhar o barro, uns por conta própria, outros "à jorna", o oleiro que ia trabalhar ao dia, por conta de outrém. Trabalhava na sua roda, mas era ao patrão que competia transportá-la de casa do oleiro para a sua. Por vezes a roda era transportada pel

Fisgas de Ermelo – Mondim de Basto

Eu sei duma "Maravilha", por Luís Jales de Oliveira Cascata das Fisgas de Ermelo - Mondim de Basto “Das Fisgas não falarei. A medonha realidade perderia nas palavras a telúrica dimensão. São quedas impressionantes de deixar cair as horas em divina contemplação. A um passo do abismo, direi da visão dantesca das entranhas dos infernos. Nas pias, ou nas piocas, nas piscinas naturais, direi da visão edénica dos esplendores do Paraíso. Perspectiva wagneriana, rente às nuvens de alabastro – perspectiva genesíaca, rente á vaporosa espuma das cataratas do Olo. Um brinco da Natureza! Quando Deus criou o mundo, era tudo muito bom. Nas Fisgas, cala-te boca, exagerou um bocadinho… Se eu dissesse, mas não digo, diria que o azul do Cabril é céu dos falcões peregrinos que fecundam o colo da brisa. E no centro da epopeia, o rude pastor dos penhascos transvestido de Moisés. Trezentas cabeças aos pés e nos olhos um soneto azul celeste. Só ele sabe dos mistérios, dos trilhos e das veredas, dos

A tasca do Faustino

Ao contrário do vizinho, a tasca do Tinho Apagaram-se já algumas luzes do céu e uma nesga de lua espreita pelo postigo, só, para além da porta da tasca do Faustino, o único restaurante fino da freguesia, conforme ele mesmo faz crer aos seus clientes.  Todas as noites, já hora tardia, permanece o cheiro a alho retardado nas sobras espalhadas junto às cascas por cima da banca e no fundo de duas grandes malgas lubrificadas de azeite. Da lareira restam umas lascas de lenha mal queimada, envoltas por grande quantidade de cinza com pequenas cavidades onde estrategicamente se alojaram inúmeros caroços de azeitonas.  No mesmo espaço da cozinha, configura-se a sala de jantar com uma mesa de madeira tosca, ao centro, acompanhada à distância de meia dúzia de bancos e duas ou três cadeiras mal-amanhadas. Digo duas ou três, pois uma delas, de quando em vez, serve de contraforte à porta de entrada que insiste em permanecer aberta, sendo necessário encerrá-la nas noite

Caldo de Chicharrinhos

Caldo de Chicharrinhos, por Jorge Lage Ingredientes: 300 g de chicharrinho; 1 tomate; 1 cebola; 1 banha (ou azeite); Salsa, alho, louro, cominhos, malagueta, sal e vinagre (ou limão). Preparação: Põe-se um tomate a refogar com a gordura, com uma cebolinha, um dentinho de alho, uma folhinha de louro e bastante salsa, e deixa-se ferver um bocadinho com estes temperos. Quem tem cominho deve deitar um uma pitada desse temperinho para dar aquele gostinho. Junta-se a água e deixa-se ferver. Depois junta-se o chicharrinho sem a tripa. É quase só levantar fervura, a bem dizer, porque coze num instante. Depois faz-se um molhinho cru. Pisa-se bem a salsa, o alho, sal e uma malagueta e vinagre ou limão. Depois junta-se um pinguinho do caldo que cozeu o peixe, que é mais saboroso. Se estiver muito avinagrado junta-se mais um pouco de caldo. Depois retira-se o chicharrinho do caldo e põe-se este molho por cima. E bebe-se aquele caldinho que faz muito bem à gente. B

A. M. Rocha Soares

A. M. Rocha Soares, autor da monografia "Sabrosa da Pré-História à Actualidade" A. M. Rocha Soares António Manuel da Rocha Soares, autor da monografia "Sabrosa da Pré-História à Actualidade", nasceu em Sabrosa, em 22 de Março de 1955. Frequentou os ensinos básico e secundário, naquela vila, ingressando no Liceu Nacional de Vila Real em 1972, tendo ali completado o Curso Complementar dos Liceus em 1974. Percorreu os duros caminhos da emigração, havendo trabalhado, durante as férias escolares, como operário fabril, em França, entre 1972 e 1980, tendo ali permanecido durante o ano de 1975. Leccionou, entre 1982 e 1986, nos ensinos preparatório e secundário, quer em Sabrosa, quer no vizinho concelho de Alijó, havendo entretanto obtido o Diploma Superior de Estudos Franceses Modernos, da Alliance Française . Acedeu, em 1986, à carreira de Oficial de Justiça, onde serviu cerca de 11 anos. Concluindo, em 1994, a Licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universi

Sabrosa

Sabrosa, por A. M. Rocha Soares Sabrosa e os testemunhos mais antigos da civilização Sabrosa A vila de Sabrosa ostenta, actualmente, a nobreza dos seus solares e a arte dos seus monumentos religiosos. O estilo Barroco da igreja matriz defronta-se com a graciosidade da modesta Capela de Santa Bárbara, a patrona dos mineiros. As casas burguesas dos séculos XVIII e XIX, com as suas adegas e lagares, ombreiam com os belíssimos solares brasonados, os casarões altivos dos abades e os dos brasileiros. As humildes casas dos cavadores que se podem encontrar na vila demonstram, também, a riqueza da sua história. Muito perto da Capela de Santa Bárbara e a norte desta, existem ainda hoje dois dólmens e respectivas mamoas e são estes, na área da freguesia de Sabrosa, os testemunhos mais antigos da civilização (IV milénio a. C.) sem esquecer, obviamente, o castro do Criveiro. Foi o Dr. Carlos Ervedosa, que muito amou Sabrosa e foi autor de Arqueologia Angolana, quem me indicou o lugar onde se encont

S. Lourenço de Ribapinhão, 11-11-2020

S. Lourenço, hoje, dia de S. Martinho Sobretudo para os nossos leitores que vivem longe da sua aldeia – S. Lourenço de Ribapinhão –, no concelho de Sabrosa, aqui ficam as imagens de um dia um pouco cinzento, com pouco frio e uma leve neblina, como é normal para uma altura como esta, o outono. Quem sabe, por estas fotos, possam hoje alguns conterrâneos observar S. Lourenço, talvez do Brasil – Rio de Janeiro ou S.Paulo e mesmo de alguns dos seus estados do interior; ou de terras de França como a capital Paris, Toulouse, Monpellier, no sul, e Cahors, cidade capital do departamento de Lot; Crayssac e Catus, comunas da região administrativa de Midi-Pyrénées; ou da longínqua Melbourne, uma das maiores cidades australianas; mas também mais próximos da sua aldeia, em Lisboa e no Porto e outras cidades de Portugal; de localidades suiças, alemãs e britânicas. Em todos esses lugares e outros, laurentinos por lá permanecem em trabalho ou gozando já

Torre de Moncorvo

Torre de Moncorvo Antes era Santa Cruz da Vilariça Vista parcial do centro de Torre de Moncorvo Antes ficava no vale e era o lugar de Santa Cruz da Vilariça, com foral em 1225. Motivos sanitários ou de defesa terão mudado a povoação para o sopé do monte de Reboredo, sob carta de foro dionisina, agora com o nome de Torre de Moncorvo, lendária ou veridicamente derivado de Mendo Curvo. A vila assumiria importância de verdadeira fortaleza, pelo seu castelo de três portas e pelas qualidades do seu povo, aliás sempre demonstradas nas horas mais graves da Pátria. Como cabeça de comarca, chegou a ser a maior de Trás-os-Montes, tal como o é a sua igreja matriz, iniciada em 1540. O escritor Sant'Anna Dionísio refere o templo como «genuína expressão da austeridade ibérica tridentina». De fachada impressionante e torre quadrangular, a igreja de Moncorvo merece aturada visita ao interior e ao exterior. Está ali como autêntica basílica, que jamais foi Sé. Para além das pesadas oito colunas, uma

Casal de Loivos

De Casal de Loivos para o Pinhão Na região do Alto Douro não há espaços monótonos de paisagem, amplamente diversificada e com inúmeros recantos onde podem observar-se belas vistas. É o caso da panorâmica alcançada a partir de Casal de Loivos para os lados do Pinhão. Miradouro de Casal de Loivos Casal de Loivos é uma freguesia do concelho de Alijó, sobranceira ao rio Douro no lugar onde se situa a vila do Pinhão. Treze quilómetros separam as duas localidades que devem ser percorridos com especial cuidado, num traçado sinuoso, com um troço mais ou menos de mil metros em declive bastante acentuado. O miradouro, mesmo no centro da aldeia de Casal de Loivos, situado num ponto alto acima do rio, permite observar uma área enorme de paisagem duriense quase a perder de vista, desde o Pinhão rio abaixo e os montes das suas margens adornadas de vinhedos até lá para os lados do Peso da Régua. Lá em baixo, o Pinhão, na foz do rio com o mesmo nome e em frente, sumptuosa, a Quinta das Carvalhas, na m

Miranda do Douro II

Miranda do Douro Folheto informativo "Nordeste Transmontano" Câmara Municipal de Miranda do Douro Esta cidade foi um dos mais importantes centros de povoamento medieval nos dois primeiros séculos de vida da Nação Portuguesa. Locais a visitar: Barragens de Miranda e Picote, Miradouro da Sé Catedral, Rua da Costanilha (casas do séc. XV). Monumentos: Sé Catedral (com esculturas de Gregório Hernandez e o famoso Menino Jesus da Cartolinha), Igreja da Misericórdia (séc. XVIII), Igreja dos Frades Trinos (séc. XVII), Capela de Santa Cruz, Ruínas da Muralha e do Castelo, Castro de Aldeia Nova, Cruzeiro de Malhadas. Museus: Museu Municipal da Terra de Miranda. Gastronomia: A famosa Posta à Mirandesa (carne assada na brasa), fumeiro (alheiras, salpicões), empadas e folar. Romarias: Festa de Santa Bárbara (1º Domingo a seguir ao 15 de Agosto - Miranda), Festa da Senhora da Luz (último Domingo de Abril - Constantim), Festa de Nossa Senhora