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Mensagens

S. Lourenço de Ribapinhão, 11-11-2020

S. Lourenço, hoje, dia de S. Martinho Sobretudo para os nossos leitores que vivem longe da sua aldeia – S. Lourenço de Ribapinhão –, no concelho de Sabrosa, aqui ficam as imagens de um dia um pouco cinzento, com pouco frio e uma leve neblina, como é normal para uma altura como esta, o outono. Quem sabe, por estas fotos, possam hoje alguns conterrâneos observar S. Lourenço, talvez do Brasil – Rio de Janeiro ou S.Paulo e mesmo de alguns dos seus estados do interior; ou de terras de França como a capital Paris, Toulouse, Monpellier, no sul, e Cahors, cidade capital do departamento de Lot; Crayssac e Catus, comunas da região administrativa de Midi-Pyrénées; ou da longínqua Melbourne, uma das maiores cidades australianas; mas também mais próximos da sua aldeia, em Lisboa e no Porto e outras cidades de Portugal; de localidades suiças, alemãs e britânicas. Em todos esses lugares e outros, laurentinos por lá permanecem em trabalho ou gozando já

Torre de Moncorvo

Torre de Moncorvo Antes era Santa Cruz da Vilariça Vista parcial do centro de Torre de Moncorvo Antes ficava no vale e era o lugar de Santa Cruz da Vilariça, com foral em 1225. Motivos sanitários ou de defesa terão mudado a povoação para o sopé do monte de Reboredo, sob carta de foro dionisina, agora com o nome de Torre de Moncorvo, lendária ou veridicamente derivado de Mendo Curvo. A vila assumiria importância de verdadeira fortaleza, pelo seu castelo de três portas e pelas qualidades do seu povo, aliás sempre demonstradas nas horas mais graves da Pátria. Como cabeça de comarca, chegou a ser a maior de Trás-os-Montes, tal como o é a sua igreja matriz, iniciada em 1540. O escritor Sant'Anna Dionísio refere o templo como «genuína expressão da austeridade ibérica tridentina». De fachada impressionante e torre quadrangular, a igreja de Moncorvo merece aturada visita ao interior e ao exterior. Está ali como autêntica basílica, que jamais foi Sé. Para além das pesadas oito colunas, uma

Casal de Loivos

De Casal de Loivos para o Pinhão Na região do Alto Douro não há espaços monótonos de paisagem, amplamente diversificada e com inúmeros recantos onde podem observar-se belas vistas. É o caso da panorâmica alcançada a partir de Casal de Loivos para os lados do Pinhão. Miradouro de Casal de Loivos Casal de Loivos é uma freguesia do concelho de Alijó, sobranceira ao rio Douro no lugar onde se situa a vila do Pinhão. Treze quilómetros separam as duas localidades que devem ser percorridos com especial cuidado, num traçado sinuoso, com um troço mais ou menos de mil metros em declive bastante acentuado. O miradouro, mesmo no centro da aldeia de Casal de Loivos, situado num ponto alto acima do rio, permite observar uma área enorme de paisagem duriense quase a perder de vista, desde o Pinhão rio abaixo e os montes das suas margens adornadas de vinhedos até lá para os lados do Peso da Régua. Lá em baixo, o Pinhão, na foz do rio com o mesmo nome e em frente, sumptuosa, a Quinta das Carvalhas, na m

Miranda do Douro II

Miranda do Douro Folheto informativo "Nordeste Transmontano" Câmara Municipal de Miranda do Douro Esta cidade foi um dos mais importantes centros de povoamento medieval nos dois primeiros séculos de vida da Nação Portuguesa. Locais a visitar: Barragens de Miranda e Picote, Miradouro da Sé Catedral, Rua da Costanilha (casas do séc. XV). Monumentos: Sé Catedral (com esculturas de Gregório Hernandez e o famoso Menino Jesus da Cartolinha), Igreja da Misericórdia (séc. XVIII), Igreja dos Frades Trinos (séc. XVII), Capela de Santa Cruz, Ruínas da Muralha e do Castelo, Castro de Aldeia Nova, Cruzeiro de Malhadas. Museus: Museu Municipal da Terra de Miranda. Gastronomia: A famosa Posta à Mirandesa (carne assada na brasa), fumeiro (alheiras, salpicões), empadas e folar. Romarias: Festa de Santa Bárbara (1º Domingo a seguir ao 15 de Agosto - Miranda), Festa da Senhora da Luz (último Domingo de Abril - Constantim), Festa de Nossa Senhora

O Fiolho

Fiolho, uma planta silvestre e amiga por Jorge Lage Também é conhecida pelo nome de «Funcho» (donde deriva o topónimo Funchal – capital da ilha da Madeira), erva-doce ou anis e com várias espécies próximas, sendo umas de aroma mais intenso ou sabor mais adocicado. O nome científico para esta planta aromática silvestre é «Foeniculum officinale L.»,  sendo formada por hidratos de carbono, fibras, cálcio, fósforo, sódio, potássio, magnésio, pró-vitamina A, vitamina C e anetol (óleo essencial). As suas sementes pulverizadas são uma especiaria gastronómica. Fiolho ou Funcho As folhas e caules tenros empregam-se, como outros legumes, em pratos e caldos. Pessoalmente, tenho saudades de comer uns chicharros cozidos com fiolho que a minha mãe cozinhava no pote de ferro, ao lume crepitante da lareira, regado com azeite das oliveiras que o meu pai e os meus avós plantaram (ainda é desse azeite que como ou temperamos na cozinha) e acidulado com umas gotas de vinagre de vinho. A acompanhar podiam s

Barca d’Alva

Barca d’Alva é uma aldeia junto ao rio Douro Barca d’Alva é uma aldeia junto ao rio Douro, situada na sua margem esquerda, próxima da fronteira com Espanha, pertencente à freguesia de Escalhão, concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, do distrito da Guarda, estando integrada no Parque Natural do Douro Internacional.  Para quem viaja em cruzeiro turístico desde o Porto e Vila Nova de Gaia, rio Douro acima, Barca d’Alva é o limite à navegação para barcos de uma certa grandeza. A partir daí, é possível a navegação pelo Douro Internacional, mas com barcos de porte reduzido. Barca d’Alva Barca d’Alva desenvolveu-se sobretudo com o desenvolvimento agrícola na região e a construção da linha de caminho de ferro do Douro e da estação ferroviária, em 1887, ligando-se à ferrovia espanhola e, consequentemente, ao centro da Europa. Com a abolição da estação ferroviária, em 1988, Barca d’Alva perdeu muito do seu potencial de progresso, restando-lhe atualmente o vislumbre dos barcos luxuosos de recre

Murça

"Murça de Panoias" A porca e pelourinho Vista parcial do centro de Murça Vila que ainda no primeiro quartel do século XX se denominava "Murça de Panoias" tem no seu monumento totémico (representação de animal, planta ou objecto considerado por certas tribos ou clãs como seu antepassado ou guardião e venerado como símbolo sagrado) a "Porca", expressão pagã e artística, mergulhando a sua origem na noite dos tempos. De resto, perto da pequena urbe prevalece, ainda bem conservado, extenso trecho de uma via imperial romana que se desenvolvia da ponte do Tinhela ao Alto do Pópulo, aliás contígua a soterrado castro, por investigar. A "Porca" ornamenta uma praça ajardinada. Em conturbados períodos, nela se apunham em cores berrantes as paixões políticas, conforme o efémero triunfo dos partidos. O bonito pelourinho da vila é monumento nacional, tendo sido erguido quando o rei D. Manuel I concedeu a Murça de Panoias o chamado "foral novo", em 151

Navegabilidade do rio Douro

A navegabilidade do rio Douro permite aos turistas apreciarem uma paisagem ímpar Cais do Pinhão A oferta turística no Douro tem aumentado nos últimos anos, mantendo um crescimento na qualidade. Ela é, no entanto, diversificada e acessível a quaisquer bolsas, apesar da existência de ofertas de luxo, nomeadamente em cruzeiros hotel, possibilitando viagens de uma semana, desde Vila Nova de Gaia e o Porto até Barca d'Alva, com momentos inesquecíveis para quem quer conhecer melhor a região vinhateira do Alto Douro!  A navegabilidade do rio Douro permite aos turistas apreciarem uma paisagem ímpar, classificada como Património Mundial. A via navegável do Douro está disponível para as embarcações em toda a sua extensão de 210 quilómetros entre a Foz, no Porto, e Barca d'Alva, junto à fronteira com Espanha. Cais do Peso da Régua Ao longo do percurso muitos são os motivos de interesse. Os principais pontos de paragem na região são os cais do Peso da Régua e do Pinhão. Entre os dois desta

Anta da Fonte Coberta

Anta da Fonte Coberta – Vila Chã, Alijó Monumento Nacional da época megalítica, localiza-se a cerca de um quilómetro da Chã e a cem metros da estrada nacional. O planalto do Pópulo representa uma das mais extraordinárias necrópoles doiménicas do país, onde se assinala a existência de diversas madorras, em que se incluem modelos de várias antas, na sua maior parte cobertas com a mamoa, mas quase todas violadas. Anta da Fonte Coberta – Vila Chã, Alijó A Anta ou Dólmen da Fonte Coberta é um dos muitos exemplares existentes em Portugal interpretados como túmulos funerários. Possui sete esteios e lage de cobertura ainda preservados, enriquecido com pinturas na face interior dos esteios hoje quase impercetíveis. Muito próximo do Dólmen da Fonte Coberta, encontra-se uma sepultura antropomórfica, aberta na rocha, que poderá ser paleocristã ou visigótica. Informação obtida no Posto de Turismo de Vila Real

Ainda o pão-de-ló

Pão-de-ló: farinha, açúcar e ovos O pão-de-ló tem como ingredientes a farinha, o açúcar e os ovos. Estes ingredientes são comuns em diversas regiões do país, apresentando-se, no entanto, com ligeiras mas diferentes nuances de sabor e doçura de região para região. Muito apreciado pelos portugueses, o pão-de-ló oferece também qualidades diversas em função das mãos que o confecionam.  Uns destacam-se em relação a outros, naturalmente. Sirva-se de uma fatia de pão-de-ló de Trás-os-Montes e Alto Douro e verá que aquilo que lhe parece igual, pode ser diferente, seguramente para melhor, com o devido respeito por outros pães-de-ló. Um bom vinho do Porto, doce, liga muito bem com a doçura do pão-de-ló. Apresentam-se a seguir ligações para outros artigos, neste blogue, sobre pão-de-ló: Pão-de-Ló "abatido" Pão-de-ló "abatido" (Vídeo) Pão-de-ló de Vizela

Jorge Golias, «Pai da Revolução» do 25 de Abril

Jorge Golias, «Pai da Revolução» do 25 de Abril por Jorge Lage O mirandelense Coronel Jorge Golias é o «Pai da Revolução» do 25 de Abril Jorge Sales Golias e "A Descolonização da Guiné-Bissau" A revista trimestral «O Referencial», órgão de informação da Associação 25 de Abril, no seu n.º 128 (Janeiro a Março de 2018) traz uma interessante peça sobre o colaborador do Notícias de Mirandela, Cor./Eng., Jorge Golias, com o título «O Pai da Revolução». Como diz o povo, «a verdade é como o bom azeite, vem ao de cima». Já aqui tinha referido que Jorge Golias esteve na génese do «Movimento dos Capitães» e o texto d’«O Referencial» vem confirmá-lo como verdade histórica. O texto da «Referencial» deve-se a Jorge Golias ter sido o «orador convidado» da 13.ª edição dos «Almoços com histórias», na sede da Associação 25 de Abril, em 10 de Janeiro último. Aí «o Coronel Jorge Sales Golias desfiou memórias, recordou narrativas, reviveu momentos da guerra na Guiné-Bissau e da revolução em Por

Jorge Sales Golias

Jorge Sales Golias por Jorge Lage Jorge Golias em destaque na Associação 25 de Abril A associação 25 de Abril, presidida pelo Coronel Vasco Lourenço, escolheu para o primeiro almoço/debate, de 2018, dia 10 de Janeiro, o Coronel Jorge Sales Golias, mirandelense que esteve na génese do Movimento dos Capitães. Grândola escreveu o seu nome no Monumento aos Capitães. Jorge Golias é seguramente uma das personalidades mais cultas de Mirandela e o que melhor conhece a sua longa História Municipal.  Nas Forças Armadas o seu nome é incontornável para as altas patentes e a História Contemporânea de Portugal refere-o como um destacado militar de Abril. Vasco Lourenço, no texto difundido aos associados, afirma que «o Jorge Golias (…) é um capitão de Abril genuíno, de todas as horas» e «elemento fulcral do Movimento dos Capitães na Guiné, o Golias seria determinante na conspiração, na acção concreta do 25 de Abril e no processo de descolonização/independência dessa antiga colónia portuguesa. (…) O c

Coronel Jorge Golias

Jorge Golias por Jorge Lage Biografia do Coronel Jorge Golias Terão andado, em Mirandela, à procura de alguém influente no 25 de Abril para discursar. Eu referiria duas personalidades: uma o ex-vereador e um dos melhores escritores de Mirandela, o Tenente-Coronel Henrique Pedro; o outro esteve na génese do MFA e do 25 de Abril, o Coronel Jorge Golias. Mas, para quem pouco conhece Jorge Sales Golias, nasceu em 1941, em Mirandela, onde fez o 5.º ano liceal e o 7.º no ex-Liceu Camilo Castelo Branco, em Vila Real. Concluiu a Academia Militar e Engenharia Eletrotécnica no IST. Participou na Guerra Colonial (Guiné 1972-1974) e no 25 de Abril de 1974 foi Chefe de Gabinete do Governador da Guiné, membro do MFA, do Conselho de Administração dos CTT/TLP e adjunto do Chefe de Estado-Maior do Exército. Tem o curso de Estado-Maior, o curso de Logística do Exército dos USA e o de Gestão de Empresas na AIP. É Coronel reformado. Foi administrador de três empresas. Pertence à CHT – Comissão da História

Aníbal Milhais, o soldado Milhões

Era transmontano o soldado Milhões por Barroso da Fonte Herói Nacional da I Guerra Mundial Nasceu em Valongo de Milhais, concelho de Murça, em 9 de Julho de 1895. Faleceu em 3 de Junho de 1970. O heróico soldado, gastando as suas munições e aquelas que os seus camaradas iam deixando à medida que tombavam, manteve os alemães em respeito, o que facilitou a retirada aos fugitivos. Esse gesto que contrariava as ordens do seu comandante, evitou a carnificina humana que seria muito mais catastrófica do que foi. Aníbal Augusto Milhais, seu verdadeiro nome, regressou ao seu batalhão, depois de vaguear sozinho, à deriva, facto que mais enobreceu a sua clarividência, lealdade e bravura. Logo aí foi condecorado com a Ordem de Torre e Espada do seu comando e, ainda em França, é-lhe conferida a mais alta condecoração a que um soldado raso pode aspirar. Em 1919 regressa a Portugal, passa pelos quartéis onde prestara serviço (Bragança, Chaves e Tomar) e recolhe a

Soldado Milhões

Soldado Milhões Centenário da Batalha de La Lys por Jorge Lage A Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, de Lisboa, homenageou o Soldado Milhões, a 14 de abril de 2018, por ocasião do Centenário da famosa e maldita Batalha de La Lys, durante a Primeira Grande Guerra. Esta viria a terminar, sete meses depois, pelas onze horas, do dia 11 de novembro de 1918. Esta guerra foi de uma grande envergadura em que lutaram de ambos os campos de batalha cerca de setenta milhões de militares e tombaram nas várias frentes de guerra uns nove milhões. A batalha mais mortífera para o CEP (Corpo Expedicionário Português) deu-se na planície de La Lys. Esta toca-me por vários motivos: pela dimensão das baixas do exército português (alguém terá passado informação aos alemães porque fomos atacados quando se ia processar à substituição das nossas tropas por ingleses); por, mesmo estando feridos, carregarem na retirada o célebre Cristo das Trincheira que se encontra no Mosteiro da Batalha (há quase 60 anos); por