NetBila'NewsNetBila'News Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

Vale das Gatas: conversa com Eduardo Vilela (2ª parte)

Segunda parte do vídeo realizado em 09-10-2020, no Vale das Gatas, freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, concelho de Sabrosa, procurando reavivar aspetos dos trabalhos e rotinas dos mineiros e trabalhadoras e trabalhadores que contribuíam para a exploração do volfrâmio nas minas deste lugar! Vale das Gatas: conversa com Eduardo Vilela

Vale das Gatas: conversa com Eduardo Vilela

Alguns pormenores dos trabalhos que se desenvolviam para a exploração do volfrâmio nas minas do Vale das Gatas, na freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, concelho de Sabrosa! (09-10-2020) Vale das Gatas: conversa com Eduardo Vilela (2ª parte)

Lugares ao lado do Douro

Não pertencendo ao Douro, lugares há que com ele se identificam Lugar das Paredes, uma das entradas para a freguesia de S. Lourenço, dela fazendo parte! Muito se fala hoje do Douro e da região vinhateira do Alto Douro. Ainda bem para a região, para as populações que aí vivem e empresas que fazem da cultura da vinha e produção de vinhos o seu negócio, contribuindo para o aumento do emprego e o desenvolvimento local e regional. Mesmo as regiões vizinhas lucrarão de alguma maneira com esse desenvolvimento. De facto, o Douro é conhecido nos quatro cantos do mundo, pelos seus vinhos de altíssima qualidade e pelas condições de excelência oferecidas aos turistas através do alojamento em pequenos hotéis e casas de turismo rural, e cruzeiros de luxo a percorrerem o rio Douro desde a sua foz, no Porto e Vila Nova de Gaia até Barca d’Alva. Também a partir daí, já no Douro Internacional, os barcos de recreio e mini cruzeiros são meios ótimos para conhecer essa parte do rio por entre as suas arriba

A carga perdida e a festa de casamento (VI)

A história da carga perdida e o desassossego na boda (Sexto episódio) A burrica da tia Alice foi assim incumbida de ajudar os três moçoilos, após a infeliz ideia destes terem esvaziado a botelha do vinho tratado, provocando-lhes tamanho incómodo que julgaram nunca poder acontecer-lhes, de tal modo era docinha a pomada e tão bem escorregava goela abaixo. A burrica, acostumada com a tia Alice a palmilhar o caminho, que dava depois de algumas ramificações para os pontos principais da aldeia, sempre com o máximo de sacos de farinha bem apertados ao lombo, desembaraçava-se por ali acima com firmeza e numa passada que os rapazelhos dificilmente acompanhavam, pois a carga era desta vez muito mais leve. Valendo-se a burrica do fraco peso do rapazinho combalido, meneando as ancas, afocinhava de vez em quando para manter o equilíbrio e dar força às patas dianteiras. Determinada, trepava tão rapidamente aquele chão irregular de pedras soltas que os dois, com passad

Freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, 06-10-2020

Alguns aspetos da natureza na freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, concelho de Sabrosa!

A carga perdida e a festa de casamento (V)

A história da carga perdida e o desassossego na boda (Quinto episódio) O desgraçado do rapaz ficou mesmo anestesiado, permanecendo estatelado ao lado da mó, no seu movimento constante sem nada perceber sobre o ocorrido. Melhor sorte tiveram os outros dois que, ao contrário daquele, aliviaram a digestão, libertando-se de ardores, deixando no espaço do moinho uma mistura de cheiros esquisitos e azedias. – Valha-me Deus. O que aconteceu? – disse a tia Alice deveras assustada, lamentando-se do disparate que tinha cometido, deixando os meninos sozinhos com a botelha. Passado um pouco de tempo, resfriou-se a tia Alice Carolina com um pouco de água fresca no rosto, fazendo o mesmo aos dois mais escorreitos e ao coitado, agora já encostado a dois sacos de farinha, mas continuando sem tugir nem mugir.  Refeita da aflição, a tia Alice logo arranjou modo de resolver este imbróglio que se lhe tinha deparado. Disse então que os dois deveriam levar o a

Cávado e Rabagão

Rios Cávado e Rabagão: tão importantes como esquecidos Barroso da Fonte Publicam-se hoje livros num ritmo só comparável com a «raspadinha», o jogo da crise popular. E vendem-se livros em livrarias, nas grandes superfícies de bens comestíveis, nas estações dos Correios, nas lojas de electrodomésticos, nos postos de abastecimento e nos quiosques, mesmo nos mais exíguos. Passou a haver menos jornais, menos fumadores na classe adulta e mais bugigangas que estragam os dentes da pequenada.  Mas não há, lamentavelmente livros que falem da hidrografia, das barragens, das eólicas, dos moinhos de vento, das azenhas que tão úteis foram, assim como os moinhos movidos a água que eram comunitários e que armazenam histórias e «estórias» de contar e esperar por mais. A par dessa falha avultam idênticas ausências desse património construído cuja origem remonta aos tempos primitivos. E amanhã será tarde. O rio Cávado, inteiramente Português, assim como o Rabagão seu principal afluente, deram azo, em me

Licor sem nome

Licor de aguardente, limão, açúcar e mel Numa consulta breve a duas edições do dicionário da língua portuguesa, pela necessidade de inserir este pequeno artigo sobre determinado licor caseiro na rubrica mais adequada das que fazem parte dos temas do blogue NetBila, concluí que “Gourmet” será a mais próxima para o assunto deste licor simplório que apresento. Se estiver enganado, talvez algum dos leitores faça o favor de me esclarecer, ou eventualmente sugerir nova rubrica. Assim, “Gourmet” é a palavra francesa que significa "apreciador de vinhos". Por outro lado, “Gourmet” é uma pessoa, geralmente entendida em vinhos e em gastronomia, que preza a qualidade e o requinte culinários, ou ainda produto de elevada qualidade para uso culinário.  No caso deste licor, ele não tem como componente o vinho, mas sim a aguardente bagaceira, também designada por bagaço, por ser feita a partir do bagaço de uva. O licor é, portanto, uma bebida açucarada que não é fermentada, cuja base é o álco

Provérbios

Provérbios, por Jorge Lage e Maria da Graça Sardinha de São João já pinga no pão. A nevoínha no S. João, tira vinho e azeite e não dá pão. No S. Pedro vai ver o olivedo; se vires um bago conta por um cento. Enxame de Junho, nem que seja como punho. A cortiça em Junho sai a punho, em Agosto a mascoto. Nem mulher casada nem vinha vindimada! Em Julho, ao quinto dia verás que mês terás. Julho abafadiço fica a abelha no cortiço. O que arde cura, o que coça sara e o que aperta segura. O burro trabalha, mas é o cavalo que recebe os galões. A palavra vinda do coração mantém-se quente durante três invernos. O escorregar da língua é pior do que o do pé. A quem é famoso não faltam parentes. Quando não se pode morder, de que serve mostrar os dentes? Vale mais uma verdade amarga do que uma mentira doce. Felicidade não é ter o que se quer, mas querer o que se tem. A jeira de Maio vale os bois e o carro; a de Julho vale os bois e o jugo. É como o Maio de Portugal, que carregaram de jóias e fugiu com