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Bacalhau assado

Bacalhau assado com batatas a murro Sem murro, as batatas deixam de o ser – a murro. Entende-se, neste caso, “a murro” o choque entre mãos após devida assadura da batata, deixando-se esta gretada, fendida, rasgada, estalada. O toque deve ser breve e convicto de quem pela experiência conseguiu absorver o conhecimento. Saber é o mais importante, mas nem sempre se liga ao saber a sabedoria de conhecer e, deste modo, “dar o murro” não é para qualquer um ou qualquer uma! Tenham lá feito, em tempos longínquos, o que as avós fizeram, nem sempre o que fizeram o fizeram bem feito e, por isso, o que assaram ou cozeram, malgrado o sacrifício, a sofreguidão e a vontade de comer, trespassou o tempo até aos dias de hoje envolto em ideias gourmet de bom gosto, tradicionais, da cozinha da avó confundida em qualidade e requinte culinários. É preciso, imperioso saber-se e isso não é para qualquer um, qualquer uma, vamos lá ser precisos. Desde muito cedo, vem a batata a murro acompanhada de bacalh

Graça Matos

Graça Matos, mondinense a residir em Lisboa Maria da Graça, mondinense a residir em Lisboa, entusiástica admiradora não apenas da sua terra natal, mas também de Trás-os-Montes e Alto Douro, muito tem contribuído para o prosseguimento do trabalho de divulgação do NetBila, desde 2008 até aos dias de hoje. Com alguns artigos da sua autoria, o seu olhar tem estado sobretudo atento à descoberta dos acontecimentos, eventos culturais, apresentações de livros e outras publicações, dando deles conta a este blogue, agora renovado.  Maria da Graça, desde as primeiras visitas ao NetBila e o início do seu interesse pelos temas inseridos nas suas páginas, soube despertar e manter o entusiasmo naqueles que escrevem ou escreveram ou usam o NetBila. Outras ajudas Maria da Graça tem prestado ao NetBila, agora NetBila'News, pelo que não é de mais deixar-lhe aqui um especial agradecimento.

Jorge Lage

Jorge Lage: investigador e escritor; contribuidor do blogue NetBila'News. No seu trabalho, a motivação de semear um pouco da cultura popular!

Caldo de Castanhas

Caldo de Castanhas com carnes Ingredientes: 1 orelha de porco; 250 g de entremeada; 2 cebolas médias; 0,5 dl de azeite; 1 raminho de salsa ou hortelã; 500 g de castanhas; Água e sal q.b.. Confecção: Limpe as carnes e coza-as em água temperada com sal. Junte uma cebola, cortada aos pedaços, e um pouco de salsa ou hortelã. Pique a outra cebola e refogue-a no azeite.  Adicione ao refogado, as castanhas e um pouco de água da cozedura das carnes. Deixe cozinhar por cerca de cinco minutos. Corte as carnes em pedaços e junte-as às castanhas. Ferva, durante dois minutos. Retire e sirva com a restante salsa ou hortelã. Receita (adaptada) retirada do livro «Receitas com castanhas» editado pela Bandarra Cooperativa Agrícola - Trancoso. Nota: O tempero de sal pode nem ser preciso se as carnes já estiverem salgadas. O raminho de ervas aromáticas pode ser substituído por outro da nossa preferência. Jorge Lage Caldudo

Caldudo

É mais uma sopinha de castanhas mas doce Ingredientes para 4 pessoas: 500 g de castanhas piladas; 5 dl de leite; Açúcar e canela. Confecção: Ponha as castanhas piladas de molho, de um dia para o outro. E depois de retirar todas as pelezinhas, que tenham ficado agarradas às castanhas, introduza-as em água e leve-as a cozer. Quando esmagar uma castanha facilmente, com um garfo, escorra a água e volte a introduzir as castanhas na panela. Regue-as com leite quente e deixe cozer, em lume brando até cozerem bem. Esmague algumas castanhas com um garfo e coma o caldudo bem quente polvilhando com açúcar e canela. Recolha do Clube da Floresta 2000/01, da Escola Secundária de Nelas in «Castanea uma dádiva dos deuses». Nota: Esta receita é uma homenagem à memória de todos quantos viveram no campo em situação difícil, muitos deles passando muita fome, até na noite de Natal. Por outro lado, é também mais um esforço para os portugueses voltarem a comer castanhas no tempo de Natal,

Jorge Lage

Jorge Lage, investigador etnográfico Jorge Lage, mirandelense a residir em Braga, investigador etnográfico, é, hoje, sem dúvida, o estudioso mais esclarecido sobre o castanheiro e a castanha, com livros publicados e a participação em conferências e programas de televisão. O vocabulário, a variedade, as expressões, os provérbios, as receitas tradicionais e outros saberes preenchem a sua vida de investigação. Colunista no jornal "Notícias de Mirandela" tem dado ao NetBila'News, agora com novo formato, muito do seu conhecimento com artigos de opinião, fotografias e notícias sobre variadíssimos temas como por exemplo os relativos às suas atividades de trabalho voluntário nas escolas, a propósito de projetos de preservação da floresta.  Durante largos anos, Jorge Lage fez o favor de enviar a este blogue artigos seus que, entretanto, deixaram de permanecer editados na rede. Alguns desses artigos serão aqui republicados, desde que não façam parte de outros sítios na inter

O amigo do Toino

Toino ouviu com alguma paciência o amigo Viajava só, Toino, descansado, estrada fora em marcha lenta relativamente aos farolins dos outros condutores. Afinal era já noite, encontrando-se ali a fazer que conversava, ele mais o amigo da tasca. Depois de curva apertada, mil pensamentos na sua cabeça sem adivinhar o futuro, para nunca se enganar, repetindo que a seguir a uma curva vem sempre uma reta, por mais pequena que seja. Pois é, tudo isso é verdade, mas desta vez, a seguir àquela curva, lá estava a reta, e era mesmo a reta viva porque se mexia mas, com ela, um tipo assim – como tu – dizia ele, de grande volume – mais que tu – continuava, a acenar com um pano, vendo de imediato que precisaria de ajuda, as mãos bem postas ao alto.  – É como se estivesse a enxergá-lo, mesmo agora. Parece impossível! Até àquele lance, Toino ouviu com alguma paciência o amigo, mas não poderia deixar enganar-se. Não senhor, ao contrário do que ouvira, a seguir a uma curva pode aparecer outra curv