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Confraria De Pyjames

De Pyjames: preocupações de natureza histórico-cultural Ainda do prospeto «Encontro "Saber Trás-os-Montes" (Vila Real, 2009) - Gastronomia Trasmontana e Alto-Duriense • Grémio Literário Vila-Realense», copiou-se para este pequeno artigo a imagem e respetiva legenda: «Representação da Confraria De Pyjames num capítulo da Confraria dos Enófilos e Gastrónomos de Trás-os-Montes e Alto Douro (Vila Real, 29 de Junho de 2002)». Do mesmo documento, editado pelo Grémio Literário Vila-Realense, transcreveu-se de igual modo um pequeno excerto do parágrafo que faz referência à Confraria De Pyjames e suas preocupações de natureza histórico-cultural, documentadas em algumas iniciativas: «colocação de lápides em alguns dos restaurantes que foram palco de congressos; colocação em 1997 de duas placas (“polacas”), na “Esquina da Gómes”, como forma de recordar a importância desse estabelecimento surgido em 1952 e da esquina na história da cidade e de cada um dos seus habitantes em part

De Pyjames: registos e memórias

Congresso dos pyjamantes de 1958 ou 1959 A foto, inserta no prospeto «Encontro "Saber Trás-os-Montes" (Vila Real, 2009) - Gastronomia Trasmontana e Alto-Duriense • Grémio Literário Vila-Realense», refere-se, segundo informação do mesmo documento, ao congresso dos pyjamantes de 1958 ou 1959, no Restaurante Excelsior, em Vila Real. Do prospeto foi transcrito para mais esta referência a “De Pyjames” o parágrafo: «Aos jantares que se realizaram, sempre no último sábado de Novembro, na Marisqueira, na Pensão Guedes, no Restaurante Excelsior, no Asilo ”O Amparo de Nossa Senhora das Dores”, na Toca da Raposa, na residência do António da Toca, no Chaxoila, no Imperial, na Pensão Areias, no Restaurante Montanhês, nos Irmãos Unidos e em tantos outros lugares, sucedia-se, como já se disse, o Baile, que nesses tempos tinha lugar ora no Club de Vila Real ora nos claustros do Governo Civil. A ele compareceram, algumas vezes, vestidos com o seu traje de noite e simultaneamente de g

"Casa do Ferrador "

Segunda parte da refeição A refeição não se dá para grandes conversas, tais são os deliciosos sabores das diversas carnes de porco que se vão apresentando. Apenas os olhares se cruzam em tom de boa concordância. Os mais velhos aconselham os mais novos e fazem notar que o cozido propriamente dito ainda há-de chegar e, por isso, não abusem das entradas. Entretanto, eis que chega mais uma travessa, desta vez fígado fatiado que é uma delícia. Sem ser necessário pedir, o pão e o vinho estão constantemente a chegar. Pudera... com tão maravilhoso manjar...! Bem, alguns parecem estar já satisfeitos, esperando só por curiosidade o dito..., e vem, mas antes uma linguiça estalada na brasa acontece. E lá vai mais um copo. Uma boa travessa de ótimas carnes de porco a fumegarem, bem cozidas como convém e batatas de pouca rega, farinhudas, aparece por encanto no meio da mesa: orelheira, beiça, unha (pé de porco), salpicão, linguiça, chouriça normal e chouriça de sangue, carne de vitela e galin

Restaurante "Casa do Ferrador "

Casa do Ferrador, em Alturas do Barroso - Boticas Sobe-se até à altitude de 1100 metros, em Alturas do Barroso, aldeia do concelho de Boticas, em Trás-os-Montes, precisamente a sul da barragem dos Pisões. No centro da povoação, próximo da praça principal onde se situa a igreja, ali se encontra o restaurante que, segundo se diz, serve o melhor cozido do mundo, neste caso o celebérrimo cozido à barrosã. De facto, a refeição deixa qualquer um ou qualquer uma que se intitule como "bom garfo" abismado(a). O sr. Humberto e o seu pai receberam, certamente ainda recebem calorosamente os comensais, dando explicações sobre a casa que pertenceu ao ferrador daquelas paragens e o único prato servido no inverno, até ao mês de abril - o cozido à barrosã. A mãe do sr. Humberto atarefa-se na cozinha, no rés-do-chão, subindo por diversas vezes as escadas para o primeiro andar - sala principal da casa - tomando conta da lareira e dos três potes onde são cozinhados as carnes, as batatas e

Arroz de couve e costela de vinha d'alhos

Arroz de couve, chouriça de sangue e costela de vinha d'alhos Em dezembro, janeiro e, às vezes em fevereiro é altura da matança do porco, aqui para as terras transmontanas e alto-durienses. A região de Trás-os-Montes e Alto Douro não é assim tão pequena e, por isso, os usos e costumes variam, por vezes muito, de lugar para lugar.  Hoje dou-vos conta de uma das especialidades gastronómicas relacionadas com a carne do porco – o que foi criado com a mais natural das lavagens: batata, couves, fruta, nabos, abóbora, tudo partidinho e cru.  É daqueles pratos fumegantes e de cheiro intenso, apropriado para um dia de inverno, à lareira: arroz de couve, chouriça de sangue e costela de vinha d'alhos. O arroz pode ser carolino e a couve troncha. A uma cebola em azeite medianamente estrugida, juntem-se os "olhinhos" (partes interiores, mais tenrinhas) de couve troncha bem lavada em água corrente. Adicione-se uma areia de sal, a gosto, tape-se o tacho e deixe-se cozinha

Ossos da suã e açorda, em S. Lourenço

Ossos da suã cozinhados de diversas maneiras Quando alguém em Trás-os-Montes fala em ossos da suã refere-se naturalmente aos ossos da espinha dorsal do porco. Contudo, sem duvidar da explicação encontrada no dicionário, confirmou-se junto de quem sabe, prestando amavelmente todos os esclarecimentos a envolverem esta parte do porco e que, a partir desta altura do ano, é procurada por particulares e por alguns restaurantes, preocupados em servir pratos tradicionais. Servem-se os ossos da suã de variadas maneiras, aqui nas terras transmontanas. Em algumas delas, apenas os ossos sobressaem, sendo a carne escassa e daí o provérbio: "Ossos da suã, barba untada, barriga vã". Há lugares em que a carne do lombo, a melhor do animal, não é separada dos referidos ossos e é assim que depois de cozidos vão para a mesa. São destes que se comem em S. Lourenço de Ribapinhão, no concelho de Sabrosa. No dia seguinte à desfeita do porco, com todas as carnes já devidamente salgadas, os

Espelho d'Água

Espelho d'Água, na praça da Nossa Senhora da Conceição, em Vila Real.