A gata pardinha Connosco se acostumou, desde pequenita, mais sua mãe e duas irmãs gatitas. Cada uma com seu jeito, olhar e mesmo cor. De quem vos conto, Pardinha de nome, é já uma gata adulta, cinzenta, com algumas nuances de brilhantes castanhos claros e um olhar de extrema ternura, apesar das andanças vadias, por aqui e por ali, sabe-se lá até onde. De manhã, sem que seja exigente na hora, presta-se atenta ao sentir da cozinha, e ali aparece, postura já bem desperta. Aproxima-se da portada de vidro num meiguinho miar, sinalizando a sua presença, repetindo três ou quatro vezes o mesmo sinal. O afago de uma palavra é o suficiente para um agradecimento bem correspondido, esticando-se na direção do fecho da porta, sabendo que dentro em breve se abrirá para o pequeno almoço: um leitinho morno a embeber uns pedacitos esmigalhados de pão de trigo. Mas antes, numa saltada ao parapeito da janela, observa atentamente a confeção rápida da sua comida, e espera com paciência até que vira c