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O pão conforme a tradição

Grandes broas de pão O lançamento da semente à terra e a colheita, o processo de transformação em farinha e a confeção do pão, tudo é efetuado conforme a tradição e os costumes que os transmontanos insistem em preservar. Em Trás-os-Montes, uma das maiores tradições gastronómicas diz respeito ao pão de centeio e pão de milho, não descurando, no entanto, o de trigo e de mistura. Seja qual for o pão, é, certamente, de grande qualidade pela sua rusticidade, textura, consistência e paladar, características únicas no pão que é fabricado principalmente na parte norte, centro e leste da região transmontana. Por exemplo o concelho de Montalegre oferece-nos grandes broas de pão, assim como Freixo de Espada à Cinta. Mirandela, com broas mais pequenas, fabrica de igual modo um pão de boa qualidade, como é exemplo o mostrado na foto. O pão de Mirandela é vendido não só naquela cidade do distrito de Bragança, nas margens do rio Tua, mas também levado a outras localidades transmontanas. Vila R

Bolos “económicos” da padaria Miguel

Bolos “económicos” ou de azeite Voltamos ao Carvalhal, no concelho de Moncorvo. Desta vez para degustar os tão apreciados “bolos económicos” de Trás-os-Montes. Como em todos os doces, há sempre modos diversos de os confecionar. Neste caso, bem gostaria de deixar aqui a receita da casa, mas esta não é do meu conhecimento. Há-de ter certamente um “segredo" qualquer. Como pode observar-se, o aspeto deste precioso bolinho “económico” convida à degustação. De económico tem pouco e é certamente muito rico e gostoso. Basta passar pela padaria Miguel, no lugar do Carvalhal, em Moncorvo e lá estão à venda todos os dias. Convém passar cedo, pela manhã. De contrário, talvez só ao outro dia. Os transmontanos do Nordeste gostam de acompanhar este bolo "económico" com queijo puro de ovelha da região que, diga-se, um dos melhores de Portugal, pelo precioso leite de que é constituído, sem misturas despropositadas, oriundo de ótimas pastagens do planalto transmontano.  A rec

Pão de quatro quilos

Para quem aprecia o pão rústico Referimo-nos em artigo anterior na rubrica gastronomia ao pão da padaria Miguel , no Carvalhal, concelho de Torre de Moncorvo. Um pão gostosíssimo! Não podemos, contudo, deixar de mencionar outro pão, também fabricado na mesma zona – em Carviçais, sede de freguesia do concelho de Moncorvo. É verdade! Se há pão rústico, este é um bom exemplo. Quatro quilos de pão: dos melhores pães do mundo, atrevo-me a dizê-lo, antes de mais pela imponência do naco, bem cozido. Experimente cortá-lo ao meio e verificará que não o faz à primeira. É um pão de miolo consistente e a sua côdea atinge um grau de dureza apreciável. Mas o mais importante é a rusticidade do seu cheiro e a qualidade do sabor. Conserva-se perfeitamente durante uma semana sem que para isso deva congelar-se. É um pão verdadeiro, sem misturas ou “melhorantes” como os que hoje em dia se acrescentam nas padarias despreocupadas com a qualidade do produto.  Que padaria é esta?  Não existe, ou

Pão: um dos melhores

Padaria Miguel, no Carvalhal, Torre de Moncorvo Como se sabe, a farinha é o ingrediente principal, resultante de cereais, para fabricar o pão. Juntando à farinha água e sal, obtém-se uma massa de certa consistência e elasticidade, podendo facilmente moldar-se. A esta massa acrescenta-se o fermento ou levedura para a fazer crescer. Certamente que muito bom pão haverá por esse país fora. Não é fácil, como se compreenderá, para quem não é especialista e se limita simplesmente a apreciar um bom pão, avaliar a qualidade das farinhas de milho, trigo ou centeio e das inúmeras formas de confecionar o pão, alimento nobre e precioso, indispensável para uma alimentação equilibrada do ser humano. Aquela massa, dividida em pequenas ou grandes quantidades, depois de cozidas num forno, dão como resultado o pão, como o da imagem, de quilo e meio, comprado na padaria Miguel, no Carvalhal, Torre de Moncorvo. De há uns largos anos a esta parte, verificamos que, tal como a simpatia da senhora a a

Doçaria conventual de Amarante

Centro histórico de Amarante Mesmo em ambiente frio de outono como este que vimos atravessando, uma visita ao centro histórico de Amarante vale bem a pena, usufruindo-se da beleza luminosa da igreja de S. Gonçalo, a ponte que lhe dá acesso, e a rua de tasquinhas onde se encontra um bom copo a acompanhar uma boa sande de presunto e outras coisas boas a comer sentado ou em pé. Sete e trinta. Sendo horas de jantar, a noite inicia-se tranquila. A arquitetura do lugar desperta os sentidos na melhor das intenções e, por isso, uma entrada na Confeitaria da Ponte dá-nos certamente o gostinho especial e frescura de uns papos de anjo, umas lérias, foguetes e brisas do Tâmega e mesmo "são gonçalos", tudo enquadrado na boa doçaria conventual de Amarante. Com um café, um docinho especial e como oferta, uma pequena caixa bem ornada de várias especialidades servirá com toda a certeza como grande satisfação a quem aprecia uma boa doçura.  Fazendo companhia ao momento, como se de

Bolos "económicos"

Bolos "económicos" ou de azeite Por diversas vezes, fizemos já referência aos bolos económicos, uma delas através do vídeo publicado num dos canais NetBila , em 05 de fevereiro de 2018, também em artigo anterior, neste mesmo blog, mostrando o resultado da nossa experiência na sua confeção, fazendo pequenas alterações às quantidades dos ingredientes em relação às medidas tradicionais.   Descrevemos assim, sucintamente, a receita que nos levou àquele resultado e nos agradou verdadeiramente, não podendo, contudo, ser avaliado a não ser o aspeto visual mostrado na foto obtida um ou dois minutos após saírem do forno.

Bolos "económicos" ou de azeite

Doçaria Conventual de Amarante

O verão está aí, bem próximo, proporcionando agradáveis passeatas após o jantar. No entanto, mesmo em ambiente de inverno, uma visita ao centro histórico de Amarante vale bem a pena usufruindo-se da beleza luminosa da igreja de S. Gonçalo, a ponte que lhe dá acesso, e a rua de tasquinhas onde se encontra um bom copo a acompanhar uma boa sande de presunto e outras coisas boas a comer sentado ou em pé. Sete e meia, oito, a noite inicia-se deste modo, tranquila, apenas o número suficiente de pessoas pela rua, poucas e boas alguém dirá. De facto, a arquitetura do lugar desperta na melhor das intenções os sentidos e, por isso, uma entrada na Confeitaria da Ponte dá-nos certamente o gostinho especial e frescura de uns papos de anjo, umas lérias, foguetes e brisas do Tâmega e mesmo são gonçalos, tudo enquadrado na boa doçaria conventual de Amarante. Com um café, um docinho especial! Uma pequena caixa bem ornada de várias especialidades servirá de contentamento a quem espera feli

Pão-de-ló

Pão-de-Ló "abatido" Pão-de-ló, designado espontaneamente por pão-de-ló abatido, não porque empobrecido por quaisquer razões, mas porque se reduziu a quantidade de farinha, interrompendo-se o processo de cozedura, originando por essas duas razões o seu abatimento.

Pão-de-Ló

Pão-de-Ló "abatido", por Amélia Raio Há receitas gastronómicas que não se compadecem com medidas, quantidades ou pesos. As experiências são a melhor forma de encontrar sabores de acordo com as papilas gustativas de cada pessoa, responsáveis por captar estímulos dos alimentos. No caso presente, um simples pão-de-ló, doce muito apreciado e degustado por alturas da Páscoa, pode confecionar-se de modos muito distintos de região para região e de família para família. Este que mostramos pela imagem é tão só a reunião de três ingredientes: ovos, açúcar e farinha.  Foram oito os ovos acrescentados ao açúcar, tudo muito bem batido. De seguida, acrescentou-se a farinha numa proporção inferior à quantidade de açúcar. Já no forno, é essencial desligar do calor o pão-de-ló antes do tempo, isto é: no momento em que o bolo se mostra quase a sair da forma, desliga-se o forno, mantendo-se este fechado por mais uns instantes. Imediatamente o pão-de-ló crescido se abate, reduzindo-se q

Maria de Lurdes Modesto

Em entrevista à RTP Informação, Maria de Lurdes Modesto, a mais reputada e a mais emblemática mulher portuguesa, figura marcante da gastronomia nacional na televisão, frontal nas afirmações que profere com mestria, aponta algumas verdades e algumas incongruências por parte de determinados chefes de cozinha que atropelam amiudadas vezes a tradição no comer e na forma patética de transformar alimentos que não podem, segundo as tradições, ser alterados. Quando lhe perguntam se acontece elaborar um prato de que não goste, ou comer algo cozinhado por outros que não aprecie, responde de um modo rápido com um provérbio: - Todo o burro come pallha, é preciso é saber dar-lha. É uma perfeita patetice servir pastéis de bacalhau, a que se adicionou queijo, ainda por cima Serra da Estrela, tão adulterado, nos últimos anos. - Não encontra ou raramente encontra quem lhe sirva um verdadeiro Queijo da Serra.

Há tripas, hoje?

- Há tripas, hoje? - Sim, senhor, há tripas! Às terças e sábados, sempre. - Bem... iria aí buscar duas doses. A que horas  estão prontas? - Estão já feitas. pode vir buscar, já. - Muito bem, obrigado! Olhe, ... estou de passagem, viajo para Vila Real. Pergunto, não tendo agora aqui disponíveis tachos para o efeito, se me podem servir as tripas e o arroz em embalagens vossas? Será possível? - Sim, senhor, terá de pagá-las, mas é possível. - Daqui a quinze minutos passo então por aí para levar duas doses de tripas... e arroz, claro. - Com certeza, faça o favor. - A quantas pessoas vão servir as tripas? - A quatro. - Bem, duas doses bem servidas chegam. - Obrigado, até já...