Um carolo de pão?
O pão, a par da batata e do leite, é um dos meus alimentos preferidos. O pão está associado à memória dos meus pais. À memória do meu pai, porque exigia sempre (centeio ou trigo) pão à mesa. Da minha mãe, pela forma sábia e alegre como cozia as fornadas de pão e me brindava com o bolo (pão mais pequeno e quente).
Afinal, o pão era o alimento das gentes do campo de Mirandela e Trás-os-Montes. Quando se falava em pão, era o pão-centeio, por que o pão-trigo era para datas importantes e cerimoniais. O pão-milho só devo tê-lo «probado» quando tinha doze anos.
Hoje, com a melhoria do nível de vida dos portugueses, o pão-trigo tornou-se o alimento principal da população e só os que têm apego à tradição e aos sabores antigos, procuram um bom pão-centeio. Não é fácil conseguir em Trás-os-Montes um bom pão-centeio ou trigo porque a «epidemia» das padarias às três pancadas ou de «pão quente» desvirtuam a qualidade do nosso principal alimento. E há quem fale do «pão-plástico».
Para mim, pão é o tradicional, que se aguenta uma semana, porque do feito à pressa prefiro não comê-lo.
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