Gordo e luzidio
Luzidio pela gordura, balofo ou gordo, anafado, o tipo tem todo o ar de charlatão, com uma espécie de saco onde cabem todas as prendinhas do mundo, para as crianças e adultos mal cuidados, aspirantes absconsos de eterna sorte, uma espécie de molho tártaro da felicidade! Dá jeito uma gordurinha ao tempero de quaisquer pratos da gastronomia regional, importada de lugares exóticos, música clássica da boa, dessa que faz transpirar leitões embevecidos, musicados por misturas infindas de ingredientes, quantos mais melhor e assim será a ignorância insalubérrima retirada da fingida figurilha, santos de invenção à medida da insipiência, numa cultura imiscuída, dos outros orgulhosamente tomada e enchouriçada. Mesmo de outras paragens, toma-se como verdadeira segundo o ânimo do momento e, por isso, um gordo bonacheirão desde que avozinho dá conforto e ânimo à festa das rabanadas, do bacalhau – este é do bom, sim senhor! Façam lá uma paragem e abra-se o champanhe, simultaneamente prendas envoltas de papéis finos, graves gritos do vermelho engordurado, boca empastada de tanta beijoquice, êxtase desmedido, ilhas amontoadas de presentes.
Poderíamos afirmar que o sr. Kófende do cenário anterior, bem serviria para esta balofa representação, mas pelos vistos inúmeras são as concorrências a ver-se pelo debate.
– Afaste-se o mal – dizem.
– Viva isso e aquilo também – borbotam.
Na imagem, a figurinha assumindo-se de açúcares para mais uma cena carinhosa de beijocas.
Mãezinhas e paizinhos por ali passeiam o entusiasmo das criancinhas, aguardando pacientemente o gordo anafado, tenha ele o que tiver no enrugado das pantalonas.
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