Duas horas dormidas e o dono do café, já a pino e bem desperto, limpava sujidades naturais e resquícios da conversa que sucedera por toda a noite entre os comparsas Chixe e Nanixe, abrindo de seguida a porta do estabelecimento comercial, vendo aqueles dois ainda estremunhados e apoiados na geladura de alguns arbustos de igual modo acabrunhados. Ouve-se neste momento o roncar do carro de aluguer que chega finalmente e estaciona uns metros em frente à porta do café central. Enquanto ali se dirige o taxista para o mata-bicho, Nanixe, num rompante, levanta um dos braços com a energia que lhe resta e, zangado e esbaforido, dá contudo sinais de forças suficientes que o levarão a casa, não muito longe dali. Ainda cambaleando, lá se vai rua abaixo acelerado pela lei da gravidade, interrompendo-se assertivo ao poste onde costuma aliviar-se. Ali permaneceu encostado durante alguns minutos até retomar a caminhada junto aos pensamentos do amigo e das caganitas dos animais do rebanho.