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Pormenores do dia a dia nas minas do Vale das Gatas

Manuel Mesquita iniciou a vida de mineiro aos dezasseis anos de idade


Na companhia do Eduardo Vilela, aquando da visita ao Vale das Gatas, terra mineira da freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, encontrámos mais algumas pessoas que lá trabalharam e onde acabaram por se fixar e adquirir as suas próprias casas de habitação. Uma dessas pessoas foi o antigo mineiro Manuel Mesquita, indo parar à mina aos dezasseis anos de idade, recusando o trabalho na oficina que não era tão bem remunerado. O Manuel relatou-nos pormenores do seu trabalho e dia a dia nas minas do Vale das Gatas, numa vida de toupeira, como referiu o Eduardo. 


Dentro dos buracos das minas, agora que o refeitório já não servia as refeições habituais, era consumida por todos os mineiros a refeição do almoço, entre as dez e meia e as onze horas. 
“Era comer e andar”, dizia o Manuel Mesquita.
Normalmente, as esposas dos mineiros, pelas dez horas da manhã, apareciam à boca da mina com as marmitas dentro de umas cestinhas. Estas eram então transportadas para o fundo da mina pela locomotiva que puxava as vagonetas destinadas ao transporte do minério para o exterior, esperando-se que não houvesse descarrilamentos, pois isso acontecendo lá se entornavam os caldos e outros comeres.

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