Castanha caramelizada
por Jorge Lage
O “marron glacé” ou castanha caramelizada tem na origem o uso e saber dos gregos e romanos de guardarem os frutos secos em mel, já que este é um poderoso conservante natural. Os franceses (possivelmente através dos conventos e mosteiros) foram herdeiros destes saberes e já na época do romantismo teve um desenvolvimento e aperfeiçoamento notável, uma vez que serviam para galantear as belas e nobres damas nos saraus e salões.
Mais tarde os espanhóis ficaram impressionados com os preços altíssimos que os franceses vendiam o “marron glacé” em Paris, pelo que se informaram das técnicas e saberes e puseram mãos à obra.
As palavras dos rótulos condizem com o produto e o alegre espírito galego:
“O autêntico «Marron Glacé» é o doce mais caro, romântico e esquisito do mundo.”;
“Uma jóia gastronómica da nossa cultura europeia…”;
“Sem corantes ou conservantes, alimenta o bom gosto e provoca optimismo e euforia.”;
“Devemos comer tantos marrons glacés quantas as ilusões na vida, esperança no futuro e alegria de pisar a terra.”
Depois destas belas palavras e porque conheço, por dentro, as duas grandes empresas galegas (referências mundiais) de transformação da castanha, convido os leitores a saberem mais sobre o marron glacé. Cito o meu livro “Castanea uma dádiva dos deuses”: “A castanha em «Marron Glacé» percorreu o caminho difícil e similar de outras conquistas notáveis da humanidade,…” Por isso, convido os amigos leitores para numa próxima oportunidade saborearem o expoente máximo da castanha (disponível, por exemplo, em algumas lojas de produtos gourmet), porque a nossa felicidade também passa por nos deliciarmos com divinais dádivas gastronómicas. Alguma da castanha da “Marron Glacé” é portuguesa e adquirida na região fronteiriça.
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