A Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos foi construída pela Ordem Terceira de S. Domingos, concluída em 1725
Amarante é uma cidade sede de concelho pertencente ao distrito do Porto. O município de Amarante está encostado geograficamente à região do Alto Douro, nomeadamente aos concelhos de Vila Real e de Santa Marta de Penaguião. Em virtude da chegada dos voos "low cost" ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, a cidade de Amarante tem visto, nos últimos tempos, aumentar o número de turistas estrangeiros, não só para a visitarem, mas também utilizando-a como ponto de passagem para o Douro Vinhateiro.
Em Amarante muito há para visitar e observar atentamente como por exemplo a célebre Igreja de São Gonçalo. No entanto, neste artigo, pretendemos dar conta das obras de recuperação de outra igreja, não menos importante, a Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos, também conhecida por Igreja de S. Domingos. Essas obras terminaram já em 2011, estando assim as suas portas abertas, todos os dias da parte de tarde, com alguém por perto que poderá dar todas as informações.
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A Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos situa-se no plano mais afastado desta imagem |
A Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos foi construída pela Ordem Terceira de S. Domingos, concluída em 1725. A Imagem de Nosso Senhor dos Aflitos, que dá o nome à Igreja, esteve primeiro na Capela do Pópulo, no interior da Igreja de São Gonçalo. Daí foi transferida, em 1725, para a capela homónima da Venerável Ordem Terceira do Patriarca S. Domingos, erigida sobranceira à "Rocha" e ao Terreiro de São Gonçalo. Possui uma fachada de estilo barroco. Na parte posterior ergue-se um singelo campanário. O interior da Igreja é pseudo-centrado.
Da parte do Evangelho pode admirar-se um altar Rocócó que alberga a imagem de Nossa Senhora do Rosário, com S. Domingos de Gusmão e Santa Catarina de Sena, conjunto do século XVIII em madeira estofada a ouro e policromada. Ainda no corpo da Igreja e do lado do Evangelho, o altar de Nossa Senhora do Ó, conjunto do século XVIII: a imagem é de madeira estofada a ouro e policromada. O altar é em talha dourada. Ainda neste altar, a imagem de Nossa Senhora da Boa Morte, do século XVIII, em pasta de papel policromada.
Do lado da Epístola o altar de Santa Rosa de Lima. A imagem é do século XVIII em madeira estofada a ouro e policromada. O retábulo é em talha dourada do século XVIII. Neste altar, ainda pode apreciar-se a imagem de Nosso Senhor da Boa Morte, do século XVIII, em pasta de papel policromado. Os altares de Nossa Senhora do Ó e de Santa Rosa de Lima formam um par e datam de cerca de 1739.
A ladear o arco que dá para a Capela Mor, estão duas figuras tocheiro. Datam do século XVIII e são de madeira estofada a ouro e policromada.
A Capela Mor é, toda ela, revestida a talha dourada do século XVIII. De destacar o retábulo do mesmo século e também em talha dourada. No trono pode apreciar-se o conjunto do Calvário, do século XVIII: Cristo crucificado (Nosso Senhor dos Aflitos) em pasta de papel policromada, Nossa Senhora, São João Evangelista e Santa Maria Madalena, em madeira estofada a ouro e policromada.
Mais abaixo, do lado do Evangelho, a imagem de S. Francisco de Assis, do século XVIII, em madeira estofada a ouro e policromada; do lado da Epístola, S. Domingos de Gusmão, imagem também do século XVIII, estofada a ouro e policromada. Ainda na Capela Mor, o teto é em abóbada em talha dourada e policromada e o Cadeiral em talha à cor de madeira.
Informação recolhida na Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos, em Amarante, em 2012
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