Vinho do Porto e paisagem cultural
A paisagem do Douro - região vinhateira do Alto Douro - é uma criação humana concebida pela força das mulheres e dos homens durienses que, durante séculos, moldaram esses montes que circundam o vale do rio Douro. Inúmeros terraços e muros de xisto foram desenhados, construídos sem máquinas, com instrumentos rudimentares manuseados pela energia dos braços de sucessivas gerações de famílias que no Douro sempre permaneceram.
Este trabalho de transformação da paisagem duriense e o seu resultado foram, como é do conhecimento geral, os motivos que determinaram para o Alto Douro a classificação de Património da Humanidade pela UNESCO.
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Aldeia de Covelinhas - União de freguesias de Galafura e Covelinhas |
O Alto Douro é uma região de características únicas, tendo sido o seu valor reconhecido por aquela organização internacional, contribuindo assim para o desenvolvimento e a implementação de dinâmicas capazes de fazer crescer a região vinhateira do Alto Douro em dois vetores importantes: o vinho e o turismo. Num caso e noutro, sinergias têm surgido nos últimos anos, potenciadoras de crescimento económico. Os vinhos de mesa e não apenas o vinho do Porto - tratado, fino ou generoso, como gostam designar os tradicionalistas - têm-se espalhado por um número cada vez maior de países que dão valor à qualidade e à diversidade. Ao contrário do que acontecia em tempos recuados, os vinhos, hoje, satisfazem os gostos mais variados e exigentes. O próprio Vinho do Porto é produzido atualmente segundo formas diversas: branco, tinto, novo, velho, envelhecido em madeira ou permanecendo em garrafas. Por outro lado, o Douro encontra-se mencionado nos roteiros turísticos internacionais de melhores referências.
Pode afirmar-se seguramente que a região do Alto Douro, através dos seus vinhos e do turismo, é um produto chave de exportação, contribuindo largamente para a economia nacional.
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