As “Poldras”, no rio Pinhão entre S. Lourenço e Vilar de Maçada
Sobre a Natureza, não haverá imagens ou palavras suficientemente expressivas para a descrever, sendo a observação direta a que mais impressionará as sensibilidades dos que verdadeiramente a apreciam e amam. No caso das “Poldras”, no rio Pinhão, lugar da linha divisória entre S. Lourenço de Ribapinhão e Vilar de Maçada, acontece, no meu entender, isso mesmo.
Aproveitando a época quente de verão, não há como descer àquele ponto, antes ainda do sol nascer. Junto às águas calmas, a frescura está patente aos sentidos. Para os mais friorentos um casaquinho de malha virá dar algum conforto. De facto, a tranquilidade das águas das Poldras provoca admiráveis sensações de bem-estar, num silêncio apenas interrompido pelos cantares dos passarinhos e das pequenas quedas de água, ordeiramente desviada por escultóricas pedras, amaciadas e arredondas pelo andar dos tempos, as mesmas que servem de poldras*, preciosas ajudas para uma travessia mais segura de quem, a pé, necessita ultrapassar o leito do rio, no caminho entre as duas localidades.
Para uma visita ao lugar das “Poldras”, aconselha-se uma caminhada, pois, desse modo, conseguirá perceber-se a envolvência paisagística do lugar e os declives que convergem no rio Pinhão.
*Poldras: pedras de passagem, entre as margens de um ribeiro ou rio.
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