Viagem de comboio ao longo do rio Douro
O comboio, no Douro, cedo ligou as suas extremidades: do Porto a Barca d'Alva. Barca d’Alva é um lugar pertencente à freguesia de Escalhão, concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, situada no norte do distrito da Guarda. Inserida no Parque Natural do Douro Internacional, situa-se junto à fronteira com Espanha. Infelizmente, já aí não chega, hoje, o comboio, por razões que se prendem, sobretudo, pela inoperância de sucessivos governos de Portugal e pela falta de figuras das terras do Douro e do nordeste capazes de reivindicarem para esta região um dos seus meios de transporte principais, com enormes capacidades turísticas.
Fica-se, deste modo, pelo Pocinho, o comboio. Pocinho é uma aldeia do concelho de Vila Nova de Foz Côa, distrito da Guarda. A sua estação ferroviária é atualmente o terminal da Linha do Douro. Mesmo assim, é uma viagem de sonho. É certo que existe já uma rede razoável de estradas que proporcionam boas ligações entre vilas e aldeias. No entanto, só de comboio consegue observar-se lugares lindíssimos da região do Douro. A proximidade da linha férrea ao rio Douro é tal que nos sentimos a viajar em pleno rio, observando-se nas duas margens, no Alto Douro, a paisagem ajardinada das vinhas, assistindo-se a uma mostra constante de Quintas, produtores, marcas e casas de turismo rural.
O comboio histórico é, felizmente, uma realidade no Douro. Com viagens devidamente programadas, consegue-se, em parte, absorver sensações de há cem anos. Carruagens históricas restauradas com rigor constituem espaços de diversão, com folclore e provas de vinhos do Porto, proporcionando aos turistas momentos de forte emoção.
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