Decisão importante de Chixe e NanixeNetBila'News Avançar para o conteúdo principal

Decisão importante de Chixe e Nanixe

Está decidido, vamos à capital

Depois de várias tribulações, após o infortúnio daquela primeira reunião no café central, Chixe e o amigo Nanixe resolvem então aproximar-se em novo encontro que, esperam, seja suficientemente produtivo para a implementação e sucesso do negócio das caganitas.
Mais moderados agora com os proveitos da comida e da bebida, e após largas discussões entre os dois, decidem como primeira medida rumar à capital, pois lá encontrarão um lugar apropriado para tratar do assunto. Alguém lhes indicará uma secretaria ou ministério, onde certamente lhes prestarão alguma ajuda. Mas primeiro, solicitarão opiniões a quem, melhor que eles, seja conhecedor destes assuntos. E tudo se resolverá. Além disso, muitos cafés haverá nas ruas da capital, com clientes famosos e tudo, que até acharão o projeto digno de ser implementado, até porque enchendo os bolsos de economias, estas servirão de igual modo para a bolsa geral do estado.
Coçando o queixo e aplainando o bigode, depois levando o indicador direito à parte inferior da orelha esquerda, Nanixe ia torcendo e retorcendo a tentar encaixar a retórica do amigo, acenando que sim umas vezes e outras permanecendo quieto, calado e incrédulo, mas ao mesmo tempo entusiasmado com os procedimentos que o seu amigo Chixe tinha na cabeça.
E pronto. Está decidido! 
– Vamos até à capital, concordou o Nanixe. 
– E levaremos connosco o rebanho – afirmou Chixe. 
Só assim os da capital reconhecerão a importância do negócio.
Bem! Neste momento, Nanixe, atónito, deu uma valente golada no briol e, distraído, agarrou-se mesmo à caneca que ainda meio cheia, depressa se esvaziou. E, tomando fôlego, afirmou mais uma vez:
Está decidido, está decidido!

Rebanho a circular na autoestrada

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Encontro com Delfim da Silva Monteiro, nas Paredes

Número de telefone para contactar o Sr. Delfim: 969179420 No lugar das Paredes, freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, o encontro espontâneo com Delfim da Silva Monteiro que, em tempos, me contou a lenda de Nossa Senhora das Candeias. Neste vídeo, em linguagem simples, muito expressiva, refere as curas que consegue a quem o procura, através da invocação de Nossa Senhora da Saúde!

Lenda da Nossa Senhora das Candeias

Paredes, freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão Numa bela noite, 2 de fevereiro, ia um caminheiro com os seus dois cavalos carregados, que ficaram atolados naquele histórico atoleiro. Era homem de boas ideias. Pediu à Senhora das Candeias, foi ouvido e Nossa Senhora apareceu com uma candeia na mão; alumiou-o e seus cavalos desenterrou, acompanhando-o à povoação (Paredes). - Está visto que o homem tinha bom coração; diz o contador desta história - Delfim da Silva Monteiro - natural e residente naquele lugar. Era uma noite rigorosa com muita chuva e neve que apanhou desprevenido o almocreve. Nossa Senhora a esse homem disse que nada dissesse, mas ele não pôde resistir ao que viu. Foi um Milagre!  Cheio de alegria no seu coração, logo transmitiu e espalhou pela povoação. Toda a gente correu para as fragas daquele lugar, hoje conhecidas por Fragas de Nossa Senhora das Candeias, lindo lugar, digno de se visitar! - Desde esse tempo, a Senhora das Candeias das Paredes foi sem

Quadras populares a S. Gonçalo de Amarante

Quadras populares a S. Gonçalo de Amarante in «Aveiro do Vouga ao Buçaco» Enviado por Jorge Lage (…) Foguetes em S. Gonçalo Há festa na beira-mar! As velhas cantam de galo… Nunca é tarde p’ra casar! (…) S. Gonçalo, meu Santinho, Como tu não há nenhum! Arranja-me um maridinho Para quebrar o jejum… (…) Meu santinho, desespero, Repara na minha idade! Por favor, eu também quero O que quer a mocidade (Amadeu de Sousa – poeta popular) (…) S. Gonçalo de Amarante, Casamenteiro das velhas, Por que não casais as novas? Que mal vos fizeram elas? (…) Hás-de saltar as fogueiras À noite no arraial, Dançar com velhas gaiteiras Uma dança divinal. (João Gaspar) Quadras populares a S. Gonçalo de Amarante in «Aveiro do Vouga ao Buçaco», de Amaro Neves e outros. As festas e romarias fazem parte das festas cíclicas anuais e são precisas para a alma do povo como de pão para a boca. O povo tem remédio para tudo na Bíblia e nas tradições e saberes orais. Há santos, rezas, mezinhas e produtos do campo para tod