Restaurante "Chaxoila"NetBila'News Avançar para o conteúdo principal

Restaurante "Chaxoila"

Restaurante Chaxoila, em Vila Real

O Chaxoila é um restaurante de tradição da cidade de Vila Real, em Trás-os-Montes. Situa-se do lado direito, na estrada nacional que nos leva a Vila Pouca, Pedras Salgadas e Chaves, logo à saída da cidade. Desde muito cedo, este restaurante foi adotado pela confraria dos Pyjamantes de Vila Real como um dos seus preferidos para as tertúlias anuais: uma semana antes do primeiro de dezembro reuniam-se os tertulianos vestidos com a parte superior dos pijamas, comendo, bebendo e “batizando” os novos com rituais divertidos.
Marcada a mesa com antecipação, encaminhados fomos para zona de fumadores que hoje não deveria existir em áreas cobertas e, evidentemente, contrárias ao nosso agrado. Não fora o cheiro a tabaco, por sorte já em cima da sobremesa e, por isso, não sobreposto ao saboroso assado de cabrito antecedido de uma boa tripa aos molhos bem condimentada, de tradição verdadeira e vila-realense, o almoço colocar-se-ia numa classificação de nível superior.
As tripas aos molhos, prato nascido nos primeiros tempos da existência da taberna que tomou o nome do dono “o Chaxoila”, casa de pasto, ainda hoje assim designada, é o resultado do enrolamento de partes do bucho e do intestino da vaca, com presunto e salsa.
Um gato por cima do telhado transparente, mostrou o seu encanto à chegada, numa mistura de sol e folhas caídas de outono. Um quadro original presenteou-se assim do lado das nuvens, por entre azeitonas regadas em azeite, broa de milho e pão de trigo, mais uns pedacitos saborosos de bola de carne e um vinho tinto de caneca que nos pareceu dentro do espírito duriense.
O creme de leite foi de encontro aos desejos: levemente escaldado após estágio no frigorífico, encontrava-se muito bem tisnado, estaladiço, gostoso.
O Chaxoila merece certamente uma nova oportunidade para aferir de alguns pormenores, mas, em conclusão, pareceu-nos um lugar digno de visita para almoçar.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Encontro com Delfim da Silva Monteiro, nas Paredes

Número de telefone para contactar o Sr. Delfim: 969179420 No lugar das Paredes, freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, o encontro espontâneo com Delfim da Silva Monteiro que, em tempos, me contou a lenda de Nossa Senhora das Candeias. Neste vídeo, em linguagem simples, muito expressiva, refere as curas que consegue a quem o procura, através da invocação de Nossa Senhora da Saúde!

Lenda da Nossa Senhora das Candeias

Paredes, freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão Numa bela noite, 2 de fevereiro, ia um caminheiro com os seus dois cavalos carregados, que ficaram atolados naquele histórico atoleiro. Era homem de boas ideias. Pediu à Senhora das Candeias, foi ouvido e Nossa Senhora apareceu com uma candeia na mão; alumiou-o e seus cavalos desenterrou, acompanhando-o à povoação (Paredes). - Está visto que o homem tinha bom coração; diz o contador desta história - Delfim da Silva Monteiro - natural e residente naquele lugar. Era uma noite rigorosa com muita chuva e neve que apanhou desprevenido o almocreve. Nossa Senhora a esse homem disse que nada dissesse, mas ele não pôde resistir ao que viu. Foi um Milagre!  Cheio de alegria no seu coração, logo transmitiu e espalhou pela povoação. Toda a gente correu para as fragas daquele lugar, hoje conhecidas por Fragas de Nossa Senhora das Candeias, lindo lugar, digno de se visitar! - Desde esse tempo, a Senhora das Candeias das Paredes foi sem

Quadras populares a S. Gonçalo de Amarante

Quadras populares a S. Gonçalo de Amarante in «Aveiro do Vouga ao Buçaco» Enviado por Jorge Lage (…) Foguetes em S. Gonçalo Há festa na beira-mar! As velhas cantam de galo… Nunca é tarde p’ra casar! (…) S. Gonçalo, meu Santinho, Como tu não há nenhum! Arranja-me um maridinho Para quebrar o jejum… (…) Meu santinho, desespero, Repara na minha idade! Por favor, eu também quero O que quer a mocidade (Amadeu de Sousa – poeta popular) (…) S. Gonçalo de Amarante, Casamenteiro das velhas, Por que não casais as novas? Que mal vos fizeram elas? (…) Hás-de saltar as fogueiras À noite no arraial, Dançar com velhas gaiteiras Uma dança divinal. (João Gaspar) Quadras populares a S. Gonçalo de Amarante in «Aveiro do Vouga ao Buçaco», de Amaro Neves e outros. As festas e romarias fazem parte das festas cíclicas anuais e são precisas para a alma do povo como de pão para a boca. O povo tem remédio para tudo na Bíblia e nas tradições e saberes orais. Há santos, rezas, mezinhas e produtos do campo para tod