Pão com NozesNetBila'News Avançar para o conteúdo principal

Pão com Nozes

Nozes, esse fruto maravilhoso da nogueira

Neste blogue, há a intenção de transcrever  textos de outros autores, amigas e amigos que, ao longo de vários anos, foram amavelmente enviando e que constam assim dos arquivos NetBila’News. Far-se-á o possível por não repetir conteúdos que, eventualmente, estejam já editados em outros sítios da internet, fazendo por manter deste modo a originalidade da informação inserida nestas páginas. 
Sendo assim, iniciamos este propósito com um pequeno artigo sobre nozes - "Pão com Nozes, uma delícia dos deuses" -, de Alzira Cabral.
Nozes, esse fruto maravilhoso da nogueira!
A foto mostra nozes colhidas ainda há pouco em S. Martinho de Anta, concelho de Sabrosa, que alguém amavelmente ofereceu. São muito boas, estas nozes!

Pão com Nozes, uma delícia dos deuses

« - É muito bom, pão com nozes!
- Já comeste?
- Não, mas vi comer. »

É na verdade uma delícia dos deuses este manjar! Nós dois costumávamos comê-las como sobremesa nas noites de inverno. Eu não prescindia do pão. Britá-las com brita-nozes de madeira fazia parte do ritual.
- Hei-de mandar-te um brita-nozes - disse-me um dia, década de cinquenta, uma tia enquanto preparava as malas que a acompanhariam até ao Rio de Janeiro, onde continua  a cuidar das suas plantas. Bailes? Agora…, só os da memória.
Nozes... fruto sofisticado! Nozes... figos com nozes, compota de abóbora com noz, tarte de noz, bolo de noz, recheio de noz, broinhas de noz, saladas com noz, biscoitos de noz, sorvete de noz.... Que prazeres nos proporciona este fruto delicado e pequenino! Embora caindo de alturas, quantas vezes monumentais, a sua caixa rígida, toda maternal, defende-o de qualquer dano. São sonhos que se desprendem sacudidos pelo sol e pelo vento. Contudo não se desfazem. Alimentam o corpo e a alma. Por amor, serviram-lhe a ele de sustento exclusivo com pão, durante um ano. A minha homenagem.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Encontro com Delfim da Silva Monteiro, nas Paredes

Número de telefone para contactar o Sr. Delfim: 969179420 No lugar das Paredes, freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, o encontro espontâneo com Delfim da Silva Monteiro que, em tempos, me contou a lenda de Nossa Senhora das Candeias. Neste vídeo, em linguagem simples, muito expressiva, refere as curas que consegue a quem o procura, através da invocação de Nossa Senhora da Saúde!

Lenda da Nossa Senhora das Candeias

Paredes, freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão Numa bela noite, 2 de fevereiro, ia um caminheiro com os seus dois cavalos carregados, que ficaram atolados naquele histórico atoleiro. Era homem de boas ideias. Pediu à Senhora das Candeias, foi ouvido e Nossa Senhora apareceu com uma candeia na mão; alumiou-o e seus cavalos desenterrou, acompanhando-o à povoação (Paredes). - Está visto que o homem tinha bom coração; diz o contador desta história - Delfim da Silva Monteiro - natural e residente naquele lugar. Era uma noite rigorosa com muita chuva e neve que apanhou desprevenido o almocreve. Nossa Senhora a esse homem disse que nada dissesse, mas ele não pôde resistir ao que viu. Foi um Milagre!  Cheio de alegria no seu coração, logo transmitiu e espalhou pela povoação. Toda a gente correu para as fragas daquele lugar, hoje conhecidas por Fragas de Nossa Senhora das Candeias, lindo lugar, digno de se visitar! - Desde esse tempo, a Senhora das Candeias das Paredes foi sem

Quadras populares a S. Gonçalo de Amarante

Quadras populares a S. Gonçalo de Amarante in «Aveiro do Vouga ao Buçaco» Enviado por Jorge Lage (…) Foguetes em S. Gonçalo Há festa na beira-mar! As velhas cantam de galo… Nunca é tarde p’ra casar! (…) S. Gonçalo, meu Santinho, Como tu não há nenhum! Arranja-me um maridinho Para quebrar o jejum… (…) Meu santinho, desespero, Repara na minha idade! Por favor, eu também quero O que quer a mocidade (Amadeu de Sousa – poeta popular) (…) S. Gonçalo de Amarante, Casamenteiro das velhas, Por que não casais as novas? Que mal vos fizeram elas? (…) Hás-de saltar as fogueiras À noite no arraial, Dançar com velhas gaiteiras Uma dança divinal. (João Gaspar) Quadras populares a S. Gonçalo de Amarante in «Aveiro do Vouga ao Buçaco», de Amaro Neves e outros. As festas e romarias fazem parte das festas cíclicas anuais e são precisas para a alma do povo como de pão para a boca. O povo tem remédio para tudo na Bíblia e nas tradições e saberes orais. Há santos, rezas, mezinhas e produtos do campo para tod