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Douro Vinhateiro

Do Pinhão a Sabrosa


Eis-nos no Pinhão, atravessada a ponte que lhe dá acesso do término da estrada que percorre a margem sul do rio, desde a Régua até àquela vila, um dos centros principais da região do Douro. A estação dos comboios situa-se precisamente no centro, onde deverá visitar-se a exposição de painéis de azulejos incrustados nas suas paredes. 
Vale a pena uma observação atenta às obras de azulejaria, sem a obrigatoriedade do pagamento de qualquer importância, pois trata-se de uma exposição permanente, pública, a céu aberto. A arte da azulejaria tradicional pode assim ser contemplada, através das imagens executadas com o amarelo torrado e o azul cobalto, expressando as várias vertentes da paisagem duriense e costumes das suas gentes que, ao longo de séculos, têm trabalhado e esculpido a região demarcada mais antiga do mundo – o Douro Vinhateiro.
Agora, já fim de tarde, por uma estrada sinuosa, mas com uma paisagem muito bonita, dirigimo-nos para Sabrosa, sede de concelho do distrito de Vila Real. Algumas paragens devem fazer-se para apreciar outras quintas como por exemplo a quinta do Noval, numa das encostas da margem esquerda do rio Pinhão, afluente do Douro.
Mais ou menos a meio caminho, entre o Pinhão e Sabrosa, uma estrada dá acesso a Provesende, aldeia restaurada e conservada, com muitos motivos de interesse e merecedora de uma visita demorada. Do mesmo modo, são dignas de visita as aldeias de Celeirós e Vilarinho de S. Romão, assim como a vila sede de concelho, Sabrosa, terra de Fernão de Magalhães. 
Num breve aceno ao grande descobridor, o sol pôs-se, e decidimos então deixar a zona nobre do Douro, rumando a Vila Real.

Douro: Régua

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