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A Senhora da Ribeira... (provérbios)

A Senhora da Ribeira é merendeira A Senhora da Ribeira é merendeira (25 de março). Lua cheia, em março, trovoada, trinta dias é molhada. Eixe de freixo, cantadeiras de giesta, todo o caminho é festa. Enxame de março apanha-o no regaço, o de abril não o deixes ir, o de maio deixai-o fugir. Se o cuco não vier entre março e abril ou é morto ou não quer vir. Aos três encobrirás e aos quatro não poderás.  Em tua casa não tens sardinha, e na dos outros pedes galinha. Sardinha sem pão é comer de ladrão. Enviado por Jorge Lage Senhora da Ribeira, Carrazeda de Ansiães A propósito de A Senhora da Ribeira, mostro esta imagem, de 2015, do lugar da Senhora da Ribeira, pertencente ao concelho de Carrazeda de Ansiães. Este lugar belíssimo está situado na margem direita do rio Douro, quase em frente à Quinta do Vesúvio , na outra margem, muito conhecida sobretudo pela notoriedade de uma das suas primeiras proprietárias, Dona Antónia Adelaide Ferreira, mais conhecida por Ferreirinha, uma importante emp

Miolos

Os miolos do jantar dos chouriços, por António Mosca Do pote onde se cozeram as carnes para as alheiras, retire-se a cabeça do porco, à qual se tinha, previamente, extraído a mioleira. Desosse-se a cabeça, partindo a carne em pequenos pedaços. Parta-se uma regueifa de trigo em fatias finas cortadas, depois, em pedaços pequenos. Desfaça-se a mioleira, em cru, com vinho tinto. Coloque-se a carne da cabeça no pote e ponha-se ao lume apenas com azeite e salsa. Numa frigideira, à parte, aloure-se em azeite, cebola e alho picados miúdo. Junte-se o conteúdo da frigideira no pote e misture-se bem, deixando frigir em lume brando. Uma vez apurado, adicione-se a água de cozer as carnes e o trigo. Mexa-se continuamente, até o pão se desfazer. Rectifique-se de sal, tendo em atenção que a carne já cozeu salgada. Misture-se a mioleira, adicione-se mais um pouco de vinho e deixe-se ferver mais uns minutos. Sirva-se, bem quente, à saída do pote. É um dos pratos emblemáticos do jantar da função dos chou

Fígado de Sarrabulho

Fígado de Sarrabulho, por António Mosca Num pote de ferro ponha-se uma folha de louro e azeite bastante, até ficar bem rijento. Prepare-se o fígado do porco, cortando-o em paralelepípedos com cerca de 2cm de espessura e comprimento de 5 a 7 cm. Coloque-se o fígado no pote, adicionando sal q.b. e deixe-se frigir, em lume forte, durante cinco minutos. Arrede-se o pote do lume forte e ponha-se a abeborar, em lume brando, durante uma hora, adicionando mais azeite, caso necessário. Depois de apurado, raspe-se a passarinha* para dentro, para engrossar o molho e deixe-se ferver mais cinco minutos. Serve-se com batata cozida acabada de escoar. *Passarinha - Baço in "Quem me dera naqueles montes"

Ossos da Suã e Grelos

Ossos da Suã e Grelos, por António Mosca Os ossos da assuã com grelos de nabo Referi, quando descrevi a desmancha do porco, que à coluna vertebral do dito se retiravam os lombos e se destacavam as costelas, para outras funções. Os ossos da coluna, ainda com bastante carne agarrada, seguiam para a salgadeira no dia da desmancha. É deles que vamos tratar nesta sede. Retirados os ossos da salgadeira, passem-se por água para retirar o excesso de sal, cortem-se de duas em duas vértebras e cozam-se no pote de ferro. Sirvam-se com batata cozida e grelos de nabo temperados com azeite.   Depois da refeição – o jantar dos chouriços – os que sobejassem eram desossados para juntar a carne à massa das alheiras. in "Quem me dera naqueles montes"

Região do Douro

Paisagem Duriense Vinho do Porto e paisagem cultural A paisagem do Douro - região vinhateira do Alto Douro - é uma criação humana concebida pela força das mulheres e dos homens durienses que, durante séculos, moldaram esses montes que circundam o vale do rio Douro. Inúmeros terraços e muros de xisto foram desenhados, construídos sem máquinas, com instrumentos rudimentares manuseados pela energia dos braços de sucessivas gerações de famílias que no Douro sempre permaneceram. Este trabalho de transformação da paisagem duriense e o seu resultado foram, como é do conhecimento geral, os motivos que determinaram para o Alto Douro a classificação de Património da Humanidade pela UNESCO. O Alto Douro é uma região de características únicas, tendo sido o seu valor reconhecido por aquela organização internacional, contribuindo assim para o desenvolvimento e a implementação de dinâmicas capazes de fazer crescer a região vinhateira do Alto Douro em dois vetores importantes: o vinho e o turismo. Num

Algumas considerações sobre alheiras

Pequeno excerto de texto sobre a qualidade das alheiras,  de Jorge Lage Quem deixa de fazer alheiras porcinas transmite para o público a sua incapacidade em fazer boas alheiras. E as boas alheiras não são as gabarolices de uns ou de outros que as sustentam, mas antes os paladares mais exigentes. Para termos boas alheiras, deveremos confecioná-las com bons produtos: carnes, trigo e condimentos. Assim, se as empresas de alheiras pensassem em produzir os próprios produtos, em especial as carnes e o pão; se as galinhas fossem criadas com produtos naturais e ao ar livre; se os porcos fossem criados em campo aberto, ou, pelo menos, com os produtos do campo, a qualidade da carne era outra e o paladar de afiar os dentes. Se em vez de banha entrasse só azeite virgem e se o trigo para as alheiras fosse cozido com pouco fermento e de forma mais tradicional e saudável, o fumeiro seria de qualidade muito superior ao normalmente encontrado.

Fumeiro de Vinhais

Fumeiro de Vinhais: produtos com Indicação Geográfica Protegida O Fumeiro de Vinhais tem atualmente todos os seus produtos com Protecção Comunitária IGP (Indicação Geográfica Protegida), um reconhecimento das qualidades específicas e tão apreciadas dos enchidos de Vinhais. Esta proteção permite ao consumidor adquirir no mercado estes produtos certificados, com a garantia de genuinidade e qualidade. A carne de porco raça bísara Transmontano DOP é também um produto nacional com Denominação de Origem Protegida pela União Europeia, desde 15 de dezembro de 2007. O porco bísaro é uma raça autóctone criada com uma alimentação à base de produtos naturais, onde se destaca a castanha, que permite a obtenção de uma carne de excelente qualidade, suculenta e saborosa. A qualidade da matéria prima, o saber tradicional de longas gerações e o clima rigoroso da região, distinguem o Fumeiro de Vinhais. Torreão do Castelo de Vinhais Butelo de Vinhais (IGP) Enchido fumado, obtido a partir de carne, gordu

Mais provérbios sobre a castanha

Ditos e provérbios Queres castanhas? Larga-as o burro tamanhas! O ouriço abriu, a castanha caiu. Toma lá castanhas para não te montar o burro (diz-se no 1º de Maio). Quem não sabe manhas, não come castanhas. Quando gear, o ouriço vai buscar. Ouriço raro, castanha ao carro. Castanha assada, pouco vale ou nada, a não ser untada. Castanha bichosa, castanha amargosa. Dá-me castanhas, dar-te-ei banhas. No dia de São Martinho, rebusca o teu soutinho. in Castanea - uma dádiva dos deuses , de Jorge Lage

Pedorido, Castelo de Paiva

Pedorido, Castelo de Paiva, na margem sul do rio Douro Pedorido é uma aldeia sede de freguesia das nove que constituem o concelho de Castelo de Paiva, situado no distrito de Aveiro. São cinco, incluindo Pedorido, as freguesias deste concelho que, encostadas à margem sul do rio Douro, usufruem de uma paisagem deslumbrante sobre a "estrada" fluvial que transporta com barcos modernos muitos milhares de turistas desde o Porto e Vila Nova de Gaia até ao Douro Superior, fronteiriço com Espanha. São estes barcos, muitos deles com capacidade hoteleira, que os habitantes destes lugares se habituaram a observar. Não param, vão ansiosos por chegar à bela região do vinho, ao Douro moldado pela força do homem. Antigamente eram os barcos rabelos que nestas paragens aproveitavam, esses sim, para descansarem da atribulada descida por uma caudal muito mais estreito, sem barragens, até ao cais de Gaia onde descarregavam as pipas cheias de tratado (Vinho do Porto) para aí nos grandes armazéns e