NetBila'NewsNetBila'News Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

Douro

O largo do sr. Albertim (V)

O caldeireiro O caldeireiro! Chegou o caldeireiro! Esta era a designação atribuída ao homem arranjador das panelas, tachos e púcaros de alumínio que, com o andar dos anos, se iam rompendo. Chegava o caldeireiro com a sua família ao centro de S. Lourenço e ali se instalava, no largo do sr. Albertim, à espera dos seus clientes.  Após uma boa temporada, talvez um ano, pela primavera ou já mais próximo do verão, o caldeireiro vinha da sua terra para outras ganhar os trocos do seu sustento e da sua mulher e filhos.  Com uma pequena placa de ferro assente no chão a servir de bancada de trabalho, um martelito, uma tesoura para cortar o alumínio e um instrumento rudimentar para fazer as soldaduras, ali permanecia, dois ou três dias, sentado quase de cócoras num mocho. Batia o alumínio, cortava-o, batia novamente, soldava e voltava a bater até vedar bem o rasgo da panela. Depois de realizado algum trabalho e ganho já algum dinheirito, o caldeireiro juntava-se aos do jogo do fito que, a

Vila Real: passado, presente!

O largo do sr. Albertim (IV)

De Jorjais, vinha o alfaiate a S. Lourenço Quem aparecia mais amiúde no largo do sr. Albertim era o alfaiate de Jorjais – Jorjais de Perafita, freguesia de Vila Verde, concelho de Alijó. De Jorjais vinha aos domingos, não todos, claro, talvez de quinze em quinze dias ou de mês a mês, dependendo da obra encomendada. Fazia transportar-se numa antiga motoreta e também ele desenvolvia o seu negócio naquele largo, mais precisamente no interior do estabelecimento do sr. Albertim ou, quando se tratasse de atender os mais recatados, no armazém ao lado.  Era mostrado ao alfaiate o tecido comprado previamente em alguma feira das redondezas ou em Vila Real, as medidas eram anotadas e, passados uns domingos, lá vinham as calças, os calções ou o fato novo! O largo do sr. Albertim (V)

Parque do Corgo, Vila Real

Santuário do Senhor Jesus da Capelinha

O Santuário do Senhor Jesus da Capelinha encontra-se no ponto mais alto de Vilar de Maçada, sede de freguesia com o mesmo nome que se situa na margem esquerda do rio Pinhão. Vilar de Maçada é uma vila pertencente ao concelho duriense de Alijó, distrito de Vila Real. Num espaço amplo e arranjado, o Santuário do Senhor Jesus da Capelinha é composto por duas capelas e a paisagem que daí pode observar-se principalmente para o lado sul é deslumbrante. Logo ali no sopé do monte, a povoação. Parada do Pinhão, S. Lourenço e o Santuário de Nossa Senhora da Saúde, em Saudel, ali tão próximo. À esquerda, o Vale das Gatas e Souto Maior e, estendendo o olhar mais ao longe, consegue ver-se um conjunto de grandiosas montanhas numa gradação de tons azuis acinzentados: o Santuário de S. Domingos de Vilela do Douro, no concelho de Sabrosa, a Quinta das Carvalhas, já Além-Douro.

Parque do Corgo

Parque do Corgo, em Vila Real O rio Corgo nasce no concelho de Vila Pouca de Aguiar e desagua no rio Douro, na Régua. Do seu percurso destacamos o Parque do Corgo, em Vila Real, que se situa nas suas margens numa área aproximada de 33 hectares. É possível fazer uma visita prolongada pelos caminhos do parque que, no outono, assumem uma variedade de coloridos muito bonitos nas suas árvores e nos seus arbustos. Fotos do Parque do Corgo e outras, do concelho Vila Real

Rua da Fonte, S. Lourenço

Em visita à rua da Fonte - S. Lourenço, com António Vilela, em 26-04-2019

Armamar

Armamar, distrito de Viseu Armamar é uma vila sede do concelho de Armamar, do distrito de Viseu, encostada à margem sul do rio Douro, entre os concelhos de Lamego, Tabuaço, Tarouca e Moimenta da Beira. Separam a Régua de Armamar uns 14 quilómetros, numa estrada relativamente sinuosa e que nos transporta a uma altitude de 605 metros, onde paira a vila pacata  –  Armamar  – , rodeada de belas paisagens: os vinhedos da região demarcada do Douro, enquadrados num plano mais afastado  –  desde a Régua e o rio Douro até à serra transmontana do Marão. O centro e a zona histórica de ruas estreitas com muitas das suas habitações recuperadas são dignos de uma visita demorada, talvez após um bom almoço no restaurante Mercantil, na avenida 8 de Setembro, junto ao Mercado Municipal. Há outros restaurantes, certamente com a mesma qualidade. Mencionamos este pelo delicioso cabritinho grelhado com batatas grelhadas e arroz de feijão, acompanhados pelo bom vinho da casa, terminando com um pudim e

O largo do sr. Albertim (III)

Os pantomineiros – Chegou a pantomina ao largo do sr. Albertim! Alguns comentários têm surgido como ecos de memórias, expressos na sequência dos artigos sobre o largo do sr. Albertim e as atividades que por lá iam acontecendo. Alzira Cabral recorda, por exemplo, os atores ambulantes que se instalavam no largo para espetáculos de pantomina. – Chegou a pantomina ao largo do sr. Albertim! Ou dizia-se também: – Lá vêm os pantomineiros! Convém não confundir os dois sentidos da palavra “pantomineiros” que pode querer dizer “alicantineiros”, “intrujões”, “trapaceiros”, “mentirosos”, mas também significar os que representam com mímica – exibição teatral por meio de gestos. Evidentemente são estes que recordamos, dignificamos e ainda hoje admiramos pelo esforço que despendiam para divertir as gentes das aldeias. Normalmente eram uma família, homem, mulher e três ou quatro filhos menores que chegavam numa carroça puxada por um cavalo. Traziam consigo as coisas mais simples para vive

Visita Pascal 2019

Pão-de-ló

Pão-de-Ló "abatido" Pão-de-ló, designado espontaneamente por pão-de-ló abatido, não porque empobrecido por quaisquer razões, mas porque se reduziu a quantidade de farinha, interrompendo-se o processo de cozedura, originando por essas duas razões o seu abatimento.

Pão-de-Ló

Pão-de-Ló "abatido", por Amélia Raio Há receitas gastronómicas que não se compadecem com medidas, quantidades ou pesos. As experiências são a melhor forma de encontrar sabores de acordo com as papilas gustativas de cada pessoa, responsáveis por captar estímulos dos alimentos. No caso presente, um simples pão-de-ló, doce muito apreciado e degustado por alturas da Páscoa, pode confecionar-se de modos muito distintos de região para região e de família para família. Este que mostramos pela imagem é tão só a reunião de três ingredientes: ovos, açúcar e farinha.  Foram oito os ovos acrescentados ao açúcar, tudo muito bem batido. De seguida, acrescentou-se a farinha numa proporção inferior à quantidade de açúcar. Já no forno, é essencial desligar do calor o pão-de-ló antes do tempo, isto é: no momento em que o bolo se mostra quase a sair da forma, desliga-se o forno, mantendo-se este fechado por mais uns instantes. Imediatamente o pão-de-ló crescido se abate, reduzindo-se q

Paredes

Paredes, lugar da freguesia de S. Lourenço Paredes, freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, concelho de Sabrosa No lugar das Paredes, freguesia de S. Lourenço de Riba Pinhão, como relata o senhor padre Seraphim Alvares, reytor da Igreja Matriz de Sam Lourenço de Riba Pinhão, em documento datado de 3 de março do ano de 1758, existe uma capela da Senhora da Purificação com uma imagem de vulto que faz muitos milagres; no lugar de Arcam (Arcã) há outra capela – a capela de S. Gonçalo – também com a respetiva imagem do santo; no lugar de Villar de Sellas (Vilar Celas) outra com a imagem de Santa Bárbara e no lugar da Delegada outra com o título de S. Brás.  No lugar de S. Lourenço, além da igreja matriz, há uma capela com o título de Nossa Senhora da Conceição e outra com o título de Santa Marinha. Nos dias dos seus santos, concorrem às ditas capelas muitas pessoas devotas. Referindo-se à freguesia de Sam Lourenço de Riba Pinhão no seu todo, o senhor padre Seraphim Alvares escreveu nesse

Saudel

Saudel, lugar da freguesia de S. Lourenço No documento transcrito no livro "Estudos Transmontanos e Durienses II" - edição do Arquivo Distrital de Vila Real, que referimos em artigo anterior " São Lourenço de Riba Pinhão, em 1758 ", o senhor padre Seraphim Alvares, nas suas respostas, mencionou e descreveu o lugar de Saudel e o santuário de Nossa Senhora da Saúde. O lugar de Saudel fica num alto, a pouca distância da igreja matriz, em campos cultivados, onde se colhe o pão e feijões. O lugar possui uma capela com o título de Nossa Senhora da Saúde cujo interior é revestido de painéis de azulejos onde consta, na pintura, a ascenção da Virgem Nossa Senhora. Nossa Senhora da Saúde é representada por uma imagem de vulto muito antiga que, por tradição, se diz que foi descoberta naquele sítio por uma pastora que apascentava gado, encontrando-a dentro de um sino admirável que está nesta capela.  A curta distância, da parte nascente, encontra-se uma copiosa fonte que