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Sabores do Convento

Doces sabores oriundos do Convento de Santa Clara de Vila Real Convento de Santa Clara, em Vila Real - Portugal Edição da Ouriversaria Soares, imagem de M. Monteiro Bilhete postal dos anos 1930 Foi extinto, em 1855, o Convento de Santa Clara de Vila Real. Tal como em outros conventos, a doçaria era primorosamente desenvolvida pela experiência de algumas das religiosas que aí se recolhiam em clausura perpétua. Os doces eram não só para consumo dentro das paredes do convento como também e principalmente para venda a algumas casas ricas da cidade. O produto da venda revertia para auxiliar às despesas de subsistência das religiosas que chegaram a atingir, em determinadas épocas, um número superior a cinquenta. Apesar do seu desaparecimento e a extinção do convento, as receitas e os seus segredos sobreviveram “milagrosamente” e foram parar às mãos de quem até hoje, sabiamente, os conservam, como é o caso da Pastelaria Gomes, na rua António Azevedo e a Casa Lapão, na rua da Misericórdia, amb

Arroz de azeitonas

Arroz de azeitonas com atum Já referi neste blogue a adição de azeitonas ao arroz , evitando o sal como tempero, servindo para o efeito qualquer tipo de azeitonas. Neste caso, tal como mostra a fotografia, trata-se de azeitonas meia cura, podendo assim designar-se, pois após a colheita, permanecem em água e sal, louro, limão e outros ingredientes durante mais ou menos seis meses até poderem degustar-se. As que utilizei para este prato simples de arroz curtiram três meses, e é neste estado incompleto que em meu entender melhor servem o arroz de azeitonas, concedendo-lhe um travo agreste. Assim, em tacho relativamente largo, independentemente da quantidade de arroz, faça-se um estrugido com cebola bem picada. Junte-se uma boa quantidade de azeitonas – uma dúzia ou mais –, tendo antes o cuidado de as descaroçar. Acrescente-se também um bom ramo de salsa e deixe aloirar o estrugido. Como em qualquer arroz, a quantidade de água a acrescentar é importante. O objetivo é que ele resulte quase

Folar caseiro

Folar caseiro, mais ou menos tradicional O folar mostrado na foto que acompanha este pequeno artigo tem como característica principal a pouca carne de que é formado. Há, de facto, quem desvalorize a abundância de carnes no interior, dando sim mais importância à qualidade da massa. Assim, apenas uns pedaços finos de carne entremeada de porco, previamente salgada umas boas semanas antes, e rodelas de chouriço com bastante colorau, serão suficientes para completar a condimentação deste folar. Estes pedacinhos de carne e chouriço estalam-se em seco na frigideira e acrescentam-se à massa deste bolo tradicional transmontano, composta por um quilo de farinha, sal, sessenta gramas de fermento, leite morno, azeite e uma dúzia de ovos. A massa do folar deverá deixar-se levedar durante uma meia dúzia de horas, colocando-se no seu interior, após este processo, as carnes, e, mais uma vez, levedando de novo duas ou três horas. Finalmente vai ao forno à temperatura de 220 graus centígrados, durante m

Tarte de creme de leite

Tarte de creme de leite com limão Em primeiro lugar, forre-se uma fôrma de tarte com massa quebrada. Confecione-se um creme de leite, juntando a raspa e sumo de um limão, deixando-o repousar por alguns minutos. Entretanto, deverá bater-se as claras, em castelo, adicionando a seguir um pouquinho de açúcar, batendo novamente até ficarem relativamente firmes. Verte-se o creme de leite sobre a massa quebrada e, logo de seguida, as claras, levando ao forno a cento e oitenta graus centígrados, durante trinta minutos.

Folar

Folar de Chaves Por alturas da Páscoa, o folar toma lugar nas mesas transmontanas, sendo um bolo muito apreciado, em que os ingredientes variam muito de lugar para lugar. O que mostro na imagem é um bom exemplar do folar que se confeciona em Chaves. Segundo a tradição, o folar é o presente que os padrinhos dão aos afilhados ou os paroquianos ao pároco. Clique na imagem para visualizá-la em maior tamanho. Lenda da origem do folar

Aletria

Aletria experimental A massa de farinha em finíssimos fios, a que se adicionam leite, ovos, açúcar e canela dá origem ao doce conhecido por aletria, como é exemplo a que se mostra através da foto. Em água a ferver com casca de limão e pau de canela, adiciona-se uma quantidade de aletria. Deverá mexer-se lentamente, deixando cozinhar por mais ou menos três ou quatro minutos. Junta-se um pouco de açúcar e leite, deixando ferver mais uns dois minutos. Nesta receita, a título experimental, decidiu-se juntar ovos inteiros previamente batidos numa tigela. Depois, lentamente, juntaram-se à aletria. Em travessa ou prato, dependendo da quantidade, verte-se este preparado e polvilha-se com canela. Publiquei já nesta mesma rubrica, uma receita de aletria, adaptada por Jorge Lage, do «Guia Mirandela», podendo ser consultada na ligação a seguir: Aletria de Mirandela

Tarte de coco rápida

Tarte de coco A tarte de coco rápida que se apresenta neste pequeníssimo artigo é idêntica a outra, cuja receita foi aqui já publicada. No caso presente, os ingredientes são os mesmos, com as mesmas quantidades, excetuando a número de ovos: três ovos e três claras.  Esta receita foi alterada, aproveitando-se três claras de ovo que restaram de uma outra sobremesa. O modo de confeção é exatamente o mesmo da receita anterior.

Castanhada

Castanhada por Jorge Lage Ingredientes: 1 kg de castanhas; 600 g de açúcar; 2,5 dl de água; 1 vagem de baunilha. Confeção: Golpeie as castanhas de modo a cortar-lhes a casca e a pele. Leve as castanhas ao lume, numa panela, cobertas de água. Deixe-as ferver durante 3 minutos. Descasque-as em seguida. Leve-as de novo ao lume, uma vez descascadas, cobertas de água quente, e deixe-as cozer. Depois de cozidas, passe-as por um passe-vite, repetindo a operação por três vezes. Num tacho, leve o açúcar com água e a vagem de baunilha a lume brando e deixe ferver, até ganhar ponto de pérola. Junte-lhe o puré de castanhas e mexa com uma colher de pau até o doce ficar transparente. Guarde o doce em compoteiras ou utilize-o como base de outras sobremesas ou em recheios. Receita extraída do livro «A Castanha Saberes e Sabores», de Jorge Lage Nota: A “Castanhada” foi servida no almoço, em Al

Delícia de Castanha

Delícia de Castanha por Jorge Lage Ingredientes: 0,5 litro de leite; 6 gemas; 150 gramas de açúcar; 6 folhas de gelatina; 500 gramas de castanhas; 0,5 litro de natas. Preparação: Ferva o leite e retire do lume. Numa tigela, misture as gemas com 100 gramas de açúcar e mexa até obter uma mistura clara. Junte-lhe o leite fervido, mexa e leve novamente ao lume, mexendo sempre. Logo que comece a querer ferver, retire e junte as folhas de gelatina previamente demolhadas; misture bem e deixe arrefecer. Depois de frio, adicione o puré de castanhas. Bata as natas com o restante açúcar em chantilly e junte cuidadosamente ao preparado anterior. Deite numa fôrma passada por água fria e meta no frigorífico até solidificar. Desenforme cuidadosamente e decore a gosto. Receita de Susana Rafaela M. Alves, de Bragança, in «Doçaria Tradicional de Castanha». O puré de castanhas pode ser obtido cozendo as castanhas e passando-as no passe-vite.

Bolo de nozes com chocolate

Bolo de nozes com chocolate Enviado por Maria da Graça Ingredientes: 250 gramas de miolo de noz; 250 gramas de açúcar; 8 ovos; 1 tablete de chocolate de 125 gramas; 1 chávena de café de leite; 1 colher de sopa de manteiga. Confeção: Batem-se as gemas com o açúcar, muito bem batido, juntam-se as nozes (moídas), e depois as claras em castelo. Em seguida, deita-se a massa em fôrma untada e vai ao forno, durante 30 minutos. Derrete-se a tablete de chocolate com manteiga e leite, e barra-se o bolo, depois de desenformado.

Cozido

Antes da Quaresma, Cozido à Portuguesa Cozido à Portuguesa De um modo simples, a Quaresma pode definir-se como o intervalo entre a Quarta-feira de Cinzas e o Domingo de Páscoa – tempo de preparação para, cristãmente, se celebrar a Páscoa. Na tradição católica, assinala-se a Quarta-feira de Cinzas com a simbologia da imposição das cinzas. O domingo e a terça-feira de Carnaval que antecedem a Quaresma são dias de excessos, segundo as nossas tradições, nomeadamente o que respeita à gastronomia, referindo-me especialmente à da região transmontana. Contrastando com os dias magros da Quaresma, é tradição no domingo de Carnaval, designado também por domingo Gordo, e na terça-feira a seguir, comer pratos pesados como por exemplo o cozido à portuguesa, à transmontana, à barrosã, e outros sem nome, mas semelhantes. Este ano, pela falta das feiras de fumeiro, em razão da crise sanitária e consequentes restrições de mobilidade, as boas carnes do porco são mais difíceis de encontrar, a não ser nas

Batatas a murro

Batatas a murro, simplesmente Batatas a murro No artigo deste blogue “ Bacalhau assado ”, de dezembro de 2019, é referido esse prato tão gostoso e tão apreciado por todos quantos gostam desse tal, oriundo das águas frias do Norte. Esse artigo surge do reparo a determinado “bacalhau assado com batatas a murro”, sem que se mencione o lugar onde foi por quatro amigos mal degustado, em respeito pelas razões que possam ter justificado e terão levado alguém a cozinhar com tão fraca qualidade, respeito também, e sobretudo, por todos os restaurantes que nesta crise sanitária tantas dificuldades têm passado os seus proprietários e empregados. Mas não se confunda a data onde o mal-amanhado foi ingerido, pois pandemia não existia e os convívios ocorriam numa normalidade, tão desejada neste tempo. De modo nenhum serve esta introdução para repetir o desabafo, mas pura e simplesmente despertar as atenções a umas boas batatas a murro, mesmo sem outro acompanhamento, a não ser o bom azeite e o bom alh

Bolo de Amêndoas

Bolo de Amêndoas Enviado por Maria da Graça Bolo de Amêndoas (imagem composta) Ingredientes: 250 gramas de amêndoa com pele; 250 gramas de açúcar; 6 ovos. Confeção: Rala-se a amêndoa com a pele. Batem-se as gemas com o açúcar até ficar em gemada clara. Em seguida, junta-se a amêndoa moída, e por fim as claras (6+3), em castelo bem firme. Vai ao forno em fôrma untada. Coze durante 20 minutos. Depois de desenformar, cobre-se com ovos moles. (As 3 claras que se juntam às 6, são tiradas aos ovos com que se confecionarem os ovos moles ou "doce de ovos").

Pudim de Mel

Pudim de Mel Enviado por Maria da Graça Pudim de Mel (imagem composta) Ingredientes: 400 gramas de açúcar; 9 ovos; Duas colheres de sopa de mel; Uma colher de sopa de azeite; Uma casca de limão. Confeção: Juntam-se os ingredientes todos numa tina e ligam-se, batendo tudo muito bem. Em seguida, deita-se o preparado em fôrma untada com margarina e farinha. Coze em lume muito brando, no bico do fogão. (Também pode cozer-se em forno médio).

Canelo e batatas loiras

Canelo fumado cozido com batatas loiras Descrevi na rubrica “Gastronomia” deste blogue a confeção do “ Canelo fumado cozido e assado com batatas assadas ”. O prato referido no título deste pequeno artigo dispensa grandes considerações acerca da sua confeção, pois a sua receita é muito simples e conhecida das cozinheiras, sobretudo dos laurentinos da freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, do concelho de Sabrosa, de onde advém a inspiração para a lembrança deste manjar especial. As batatas, neste caso, são loiras, isto é, cozidas e de seguida, numa frigideira com azeite ou óleo, aloiradas e estaladiças. O canelo, tal como o “Canelo com batatas assadas”, deverá cozer-se em panela de pressão durante duas horas e meia, devendo escolher-se uma peça não demasiadamente seca. O canelo fumado cozido, as batatas loiras estaladiças e também uma couve cozida, ou refogada ao de leve em azeite e alho, serão acompanhados de um bom vinho tinto do Douro, ou mesmo um vinho de S. Lourenço de vinhas antig

Tarte de coco

Tarte simples, de rápida confeção Ingredientes: Uma base de massa folhada Quatro ovos 200 gramas de açúcar Um pacote de natas 100 gramas de coco ralado Confeção: Unta-se com manteiga uma fôrma de tarte e forra-se com a base de massa folhada. Num recipiente, juntam-se os ingredientes e batem-se muito bem, deixando-se o coco para o fim, que se envolverá finalmente com a massa. A mistura obtida derrama-se na fôrma de tarte, levando-se ao forno a 180 graus centígrados, durante quarenta minutos.

O Melhor Pão

A felicidade no melhor pão por Jorge Lage Nem me falem em «padarias de pão quente» A minha Mãe «ensinou-me» a comer de tudo o que se põe na mesa. Não podia haver as palavras, «não gosto». Como benjamim da casa sempre teve muita paciência comigo para evitar usar o lenço de cinco pontas.  Quem andasse sempre a bater nos filhos era criticado por não saber educar e impor o respeito.  Assim hoje, gosto de comer todas as comidas tradicionais e saudáveis das nossas aldeias. Dos alimentos que mais me fascinam é o bom pão trigo e, principalmente, o pão centeio. Parece que as boas farinhas, dos fornos e os enormes pães quentes espalham no ar o seu aroma inconfundível e que me aveludava a alma. Por isso, sou muito exigente com a qualidade do pão que como. Rejeito a maioria do que se produz nas padarias vulgares e nem me falem em «padarias de pão quente». São massas congeladas com conservantes (venenos para o corpo), ainda que os aroma

Caldo de Chicharrinhos

Caldo de Chicharrinhos, por Jorge Lage Ingredientes: 300 g de chicharrinho; 1 tomate; 1 cebola; 1 banha (ou azeite); Salsa, alho, louro, cominhos, malagueta, sal e vinagre (ou limão). Preparação: Põe-se um tomate a refogar com a gordura, com uma cebolinha, um dentinho de alho, uma folhinha de louro e bastante salsa, e deixa-se ferver um bocadinho com estes temperos. Quem tem cominho deve deitar um uma pitada desse temperinho para dar aquele gostinho. Junta-se a água e deixa-se ferver. Depois junta-se o chicharrinho sem a tripa. É quase só levantar fervura, a bem dizer, porque coze num instante. Depois faz-se um molhinho cru. Pisa-se bem a salsa, o alho, sal e uma malagueta e vinagre ou limão. Depois junta-se um pinguinho do caldo que cozeu o peixe, que é mais saboroso. Se estiver muito avinagrado junta-se mais um pouco de caldo. Depois retira-se o chicharrinho do caldo e põe-se este molho por cima. E bebe-se aquele caldinho que faz muito bem à gente. B

O Fiolho

Fiolho, uma planta silvestre e amiga por Jorge Lage Também é conhecida pelo nome de «Funcho» (donde deriva o topónimo Funchal – capital da ilha da Madeira), erva-doce ou anis e com várias espécies próximas, sendo umas de aroma mais intenso ou sabor mais adocicado. O nome científico para esta planta aromática silvestre é «Foeniculum officinale L.»,  sendo formada por hidratos de carbono, fibras, cálcio, fósforo, sódio, potássio, magnésio, pró-vitamina A, vitamina C e anetol (óleo essencial). As suas sementes pulverizadas são uma especiaria gastronómica. Fiolho ou Funcho As folhas e caules tenros empregam-se, como outros legumes, em pratos e caldos. Pessoalmente, tenho saudades de comer uns chicharros cozidos com fiolho que a minha mãe cozinhava no pote de ferro, ao lume crepitante da lareira, regado com azeite das oliveiras que o meu pai e os meus avós plantaram (ainda é desse azeite que como ou temperamos na cozinha) e acidulado com umas gotas de vinagre de vinho. A acompanhar podiam s

Ainda o pão-de-ló

Pão-de-ló: farinha, açúcar e ovos O pão-de-ló tem como ingredientes a farinha, o açúcar e os ovos. Estes ingredientes são comuns em diversas regiões do país, apresentando-se, no entanto, com ligeiras mas diferentes nuances de sabor e doçura de região para região. Muito apreciado pelos portugueses, o pão-de-ló oferece também qualidades diversas em função das mãos que o confecionam.  Uns destacam-se em relação a outros, naturalmente. Sirva-se de uma fatia de pão-de-ló de Trás-os-Montes e Alto Douro e verá que aquilo que lhe parece igual, pode ser diferente, seguramente para melhor, com o devido respeito por outros pães-de-ló. Um bom vinho do Porto, doce, liga muito bem com a doçura do pão-de-ló. Apresentam-se a seguir ligações para outros artigos, neste blogue, sobre pão-de-ló: Pão-de-Ló "abatido" Pão-de-ló "abatido" (Vídeo) Pão-de-ló de Vizela