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O largo do sr. Albertim (VIII)

O Amolador Mó ou Rebolo é uma pedra redonda que gira sobre um eixo central e serve para afiar (amolar) instrumentos de corte ou de perfuração. A palavra “amolar” significa precisamente “afiar no rebolo”. Da palavra “amolar” provém a designação “amolador”, ou seja, aquele que amola, aquele que afia – profissão antiga, ainda hoje existente através de alguns resistentes na arte de amolar. – Tem cuidado qu’inda t’amolas…! É verdade! Também o amolador nas suas derivas entre aldeias e vilas chegava ao largo do sr. Albertim, naquela época áurea, em frente ao seu estabelecimento onde tudo se passava. Vindo da serra, rua do Outeiro abaixo, fazia anunciar-se o amolador de facas e tesouras através do som da gaita de amolador, seguido pelo burrico que lhe servia de companhia e transporte de alguns bens. Trazia a sua geringonça, instrumento artesanal complexo para o seu trabalho, roda a percorrer os caminhos sinuosos e intermináveis de terra e calçadas até ao aparecimento de um qualquer c

O largo do sr. Albertim (V)

O caldeireiro O caldeireiro! Chegou o caldeireiro! Esta era a designação atribuída ao homem arranjador das panelas, tachos e púcaros de alumínio que, com o andar dos anos, se iam rompendo. Chegava o caldeireiro com a sua família ao centro de S. Lourenço e ali se instalava, no largo do sr. Albertim, à espera dos seus clientes.  Após uma boa temporada, talvez um ano, pela primavera ou já mais próximo do verão, o caldeireiro vinha da sua terra para outras ganhar os trocos do seu sustento e da sua mulher e filhos.  Com uma pequena placa de ferro assente no chão a servir de bancada de trabalho, um martelito, uma tesoura para cortar o alumínio e um instrumento rudimentar para fazer as soldaduras, ali permanecia, dois ou três dias, sentado quase de cócoras num mocho. Batia o alumínio, cortava-o, batia novamente, soldava e voltava a bater até vedar bem o rasgo da panela. Depois de realizado algum trabalho e ganho já algum dinheirito, o caldeireiro juntava-se aos do jogo do fito que, a