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Vilar de Perdizes

Vilar de Perdizes: Congresso de medicina popular Vilar de Perdizes é uma aldeia da União de Freguesias Vilar de Perdizes e Meixide, do concelho de Montalegre, distrito de Vila Real, no norte de Trás-os-Montes, Portugal. A localidade de Vilar de Perdizes fica praticamente em cima da fronteira com Espanha, muito próxima das aldeias espanholas de Fideferre, Espiño e San Millao. O mistério, a bruxaria, o espiritismo e as mezinhas ou remédios caseiros são palavras associadas à cultura destes lugares de que Vilar de Perdizes é o centro, terra onde, todos os anos, no início de setembro, acontece o Congresso de Medicina Popular, cujo mentor é o Padre Fontes , amante e precursor da dinâmica da cultura popular da região onde nasceu. Começando dos costumes transmontanos e concretamente os da aldeia de Vilar de Perdizes e lugares circunvizinhos, o Padre Fontes, ao longo dos anos, conseguiu fazer ressurgir, praticamente do nada, tradições antigas que se mostram agora no Congresso e através de outro

Casa do Careto, em Podence

Caretos e matrafonas de Podence Na Casa do Careto encontra-se o registo da tradição carnavalesca da aldeia de Podence, do concelho de Macedo de Cavaleiros, distrito de Bragança, associada aos caretos, representados nas telas das pintoras Graça Morais, Balbina Mendes e outros artistas da região. Fotografias e algumas publicações encontram-se também naquele lugar. Estão expostos os fatos, os chocalhos, as máscaras e toda a indumentária dessas figuras sedutoras e enigmáticas, imagens diabólicas e de mistério que, anualmente, animam as ruas da aldeia de Podence, festas e feiras do distrito. Lá estão também os únicos seres que os Caretos "respeitam" nas suas tropelias, gritarias e chocalhadas, na altura do carnaval - as matrafonas. A Casa do Careto encontra-se aberta todo o ano em horário de acordo com a tasquinha regional anexa. Casa do Careto, Podence

O ciclo do pão

Morais - O ciclo do pão por João de Deus Rodrigues Ceifa e malha do trigo (Reconstituição) Há já alguns anos que a freguesia de Morais, com o apoio da Câmara Municipal de Macedo, tem levado a efeito a reconstituição da ceifa e da malha do trigo.  É sabido que as cópias, mesmo parecendo iguais, não são como os originais. Também aqui a ceifa e a malhada do trigo, não são como nos tempos em que eram a sério… Quando se saía de casa, antes do nascer do sol, acompanhado por uma burra com a cântara de barro cheia de água, nos alforges, e os vincelhos, para atar o pão, em cima da albarda… Hoje, quando os ceifeiros saíram para o campo já o sol ia alto, e todos partiram de automóvel… Às oito horas, começaram a juntar-se na Praça os ceifeiros: homens, mulheres e jovens. Lá estavam a Iria, a Maria, a Laurinda, a Dulce, a Isabel, o Domingos Afonso, o Alexandre Geraldes, o Manuel Morais, o João Ramos, o Luís, o Modesto Afonso (o lavrador que cedeu a leira de trigo para

O ritmo agrícola

Calendário dos trabalhos agrícolas Da revista "Trás-os-Montes", em determinado tempo, retirámos ensinamentos simples que convém recordar ou mesmo aprender sobre as alturas mais convenientes do ano para a realização dos principais trabalhos agrícolas. As estrelas e luas do céu marcam o ritmo das atividades agrícolas em Trás-os-Montes.  De dezembro a janeiro, apanha-se a azeitona.  De janeiro a março, lavra-se a terra. Depois, a seguir à lavra da terra, são os trabalhos da horta, da vinha, do olival e da sementeira das batatas. De maio a junho, cortam-se os fenos e as malhadas fazem-se até agosto.  Em setembro, fazem-se as vindimas.  De outubro a novembro, semeia-se o centeio. Dados recolhidos da revista "Trás-os-Montes"

A Nobreza Barrosã

A Nobreza Barrosã e a Casa do Cerrado por Barroso da Fonte A humanidade, na evolução própria da espécie, ao longo dos milhões de anos, não se contentou com o grau da normalidade. A razão que distingue os humanos dos restantes animais, foi sempre atrevida. E, desse atrevimento ou insatisfação de não ser igual aos outros, brotaram sortilégios para uns, vícios para outros, com consequências para o bem ou para o mal. Uns primaram pelo sucesso, evoluindo e progredindo à escala local, nacional ou mundial. Outros regrediram, animalizaram-se no corpo e no espírito, destruindo tudo à sua passagem. Sempre as forças contraditórias do bem e do mal, do saber e da ignorância, da riqueza e da pobreza, do luxo e do lixo. Essa insatisfação que sempre acompanhou o ser humano hierarquizou uns e outros. Ao nível da família, da comunidade local, nacional e internacional.  A esse escalonamento chamou títulos da nobreza. Vêm de longe esses graus hierárquicos. Essa classificação generalizou-se e estendeu-se a

Moncorvo

Torre de Moncorvo Igreja Matriz de Torre de Moncorvo O termo da comarca de Moncorvo estendia-se outrora até às pontes de Chaves e Amarante. Locais a visitar:  Mata Nacional do Reboredo, Museu do Ferro da Região de Moncorvo, Vale Lacustre da Vilariça, Miradouro de S. Gregório em Adeganha. Monumentos: Igreja Matriz (iniciada em 1544, demorou 100 anos a sua construção); Igreja Matriz de Adeganha (séc. XII); Igreja da Misericórdia (Renascença); Igreja de Santo Apolinário (Urros); Capela da Senhora da Teixeira (Açoreira); Castro do Baldoeiro (Adeganha); A «Derruída» ou Vila Velha (antiga sede do concelho); Solares e Casas Brasonadas. Gastronomia: Folares, Carne Assada, Fumeiro, Amêndoas, Queijo e Vinho da Região. Romarias: Nossa Senhora da Assunção (15 de Agosto - Moncorvo), Nossa Senhora do Amparo (1º Domingo depois de 15 de Agosto - em Felgar), Festa de Santa Eufémia (1º fim de semana de Setembro - Felgueiras), S. Martinho (11 de Novembro - Maçores). Artesanato: Olaria, tapetes, mantas de

Feira do Fumeiro de Montalegre 2019

Feira do Fumeiro de Montalegre, 26-01-2019 Vídeo realizado na Feira do Fumeiro de Montalegre, em 26 de janeiro de 2019, entretanto melhorado, nomeadamente no seu formato e resolução.

Os pastores

O pior para um pastor brioso era acancelar as reses cheias de fome Os pastores por Jorge Lage Em finais da década de cinquenta, há cerca se sessenta anos, só na minha aldeia havia uns oito rebanhos de gado, a saber: dos Pinto Azevedo (de Vale Pradinhos – Macedo de Cavaleiros) cujo pastor era o António Mateus, de alcunha «o Sardinha» que tinha uma memória prodigiosa; do casal do Capitão Ilídio Esteves, sendo pastor o Abel Caldeiras, dos homens mais íntegros e sérios que conheci, embora tivesse mau vinho; do Correia de Oliveira onde pastoreava o Miguel Mateus; do meu tio, António José Lage; do meu pai, Eugénio Lage, cujo pastor mais marcante foi «o Canhoto» (Adriano); do Carlos Meireles, cujo pastor mais sonante foi «o Campainha»; o dos Abelhas, por vezes, com o Arlindo mais no trabalho de paquete e o Rôla (João) como pastor; e o do Casal dos Limas. Com tantas cabeças de canhonas para alimentar não havia erva nem arbusto que crescesse muito. Incêndios só nalgumas moutas de silvas. E esta

O «Mês das Almas»

O «Mês das Almas» ou «Mês das Bruxas» por Jorge Lage «Halloween» Novembro é conhecido pelo «Mês dos Mortos», «Mês das Almas» e, também, pelo «Mês das Bruxas». Desde o séc. IV que a Igreja Síria tinha um dia para festejar «Todos os Mártires» e, passados três séculos, o Papa Bonifácio IV, dedicou-o a «Todos os Santos». Mais tarde foi fixado o dia 1 de Novembro. Costumava iniciar-se com uma festa vespertina, a 31 de Outubro, que em inglês se diz «All Hallow’s Eve» (ou seja «Vigília de Todos os Santos») evoluindo para «All Hallowed Eve», «All Hallow Een» e, por fim, «Halloween», como se diz hoje. A figura é a de Padre Fontes, numa foto obtida no Ecomuseu de Barroso, em Montalegre. Do lado esquerdo da imagem, uma das fachadas da Igreja da Misericórdia, próxima do castelo de Montalegre. A noite de 31 de Outubro para 1 de Novembro começou a ser celebrada por grupos não cristãos, dando-lhe o sentido de bruxaria. No seu seguimento era preciso recordar todos os que já partiram e a Igreja justapô

A história da carga perdida e o desassossego na boda

Baseada em factos verídicos, a história da carga perdida e uma festa de casamento aconteceu na década de 1960, numa aldeia transmontana.  Está esta história contada em texto neste blogue. Relata-se neste vídeo, abreviando algumas partes e retirando mesmo alguns parágrafos. A carga perdida e a festa de casamento (início da história)

Cávado e Rabagão

Rios Cávado e Rabagão: tão importantes como esquecidos Barroso da Fonte Publicam-se hoje livros num ritmo só comparável com a «raspadinha», o jogo da crise popular. E vendem-se livros em livrarias, nas grandes superfícies de bens comestíveis, nas estações dos Correios, nas lojas de electrodomésticos, nos postos de abastecimento e nos quiosques, mesmo nos mais exíguos. Passou a haver menos jornais, menos fumadores na classe adulta e mais bugigangas que estragam os dentes da pequenada.  Mas não há, lamentavelmente livros que falem da hidrografia, das barragens, das eólicas, dos moinhos de vento, das azenhas que tão úteis foram, assim como os moinhos movidos a água que eram comunitários e que armazenam histórias e «estórias» de contar e esperar por mais. A par dessa falha avultam idênticas ausências desse património construído cuja origem remonta aos tempos primitivos. E amanhã será tarde. O rio Cávado, inteiramente Português, assim como o Rabagão seu principal afluente, deram azo, em me

Terras do Marão

Por Terras do Marão, de Costa Pereira Travassos... Há muito tempo que não visitava Travassos, esta aldeia do Bilhó que o rio Cabril ou Mestas rega. Voltei a fazê-lo no início de agosto, aproveitando uma deslocação de Vilar de Ferreiros a Vila Real (via Lamas de Olo) para assim mais uma vez matar saudades dos meus tempos de criança em que, com frequência, a pé ou ao colo de minha saudosa mãe percorria os cantos dessa simpática aldeia da montanha maronesa e na hospitaleira casa da também já saudosa Ti Ninfa de Travassos, onde me demorava a brincar. Fiquei encantado com o seu património arquitetónico devidamente restaurado, e em adequados cartazes identificado. Um placar no desvio, em Celas, a recomendar aos turistas que para entrar em Travassos de autocarro só indo à volta pela aldeia do Covelo, ficava ali muito bem, pois é sabido que pelo lado de Celas só lá se chega em carro ligeiro. Fica a recomendação. Próximo da aldeia do Bilhó, com vista para a Senhora da Graça, Mondim de Basto D

Centro do verdadeiro Alvão

Romagem de saudade ao centro do verdadeiro Alvão por Costa Pereira Há muitos anos que não fazia o trajeto que de Vilar de Ferreiros pela encosta da serra de Ordens e da granítica Alvadia conduz ao planalto do verdadeiro Alvão. Pelo Covelo, simpática aldeia da freguesia de São Salvador do Bilhó, deixei o concelho de Mondim de Basto para entrar, por Macieira, no de Ribeira de Pena. Macieira é uma airosa povoação da freguesia de São João Baptista de Limões, e como as demais aldeias da freguesia apostada na proteção do seu harmonioso e rico património tradicional.  Já depois de Macieira, ainda na meia encosta da serra de Ordens, esta panorâmica com o Monte Farinha lá ao longe, como pano de fundo, é admirável! Mas todo o trajeto de Macieira a Alvadia é sedutor e oferece uma espetacular panorâmica desta zona de transição entre Trás-os-Montes e Minho, e que o Tâmega a partir de Ribeira de Pena, oposta a Cabeceiras de Basto (Minho), até Mondim, oposto a Celorico de Basto (Minho) delimita admin

Cantil e cabaça, de José António Raio, de Lagoaça

Cantil da antiga Guarda Fiscal A Guarda Fiscal era o corpo especial de tropas de Portugal responsável sobretudo pelo controlo fronteiriço. O cantil era usado pelos agentes que percorriam as fronteiras com Espanha, a pé, de dia ou de noite. Com eles levavam, geralmente, um pequeno farnel (um naco de pão, presunto, queijo ou salpicão) e vinho que transportavam no cantil. Este, de alumínio, de cor verde, tem uma forma ovalada, como mostra a fotografia e pertenceu a José António Raio, de Lagoaça, concelho de Freixo de Espada à Cinta. Foi usado nas décadas de 1930 e 1940. Dimensões: 21cm x 13cm x 4cm. A Guarda Fiscal foi extinta em 1993. Já na sua aposentação, José António Raio usava de igual modo uma cabaça, nas deslocações à horta, um pouco fora da aldeia, para a realização dos trabalhos agrícolas. Clique nas imagens para visualização em tamanho maior

Candeia da década de 1940

Candeia (2) Candeia - dimensões: 27cm x 7cm x 12cm Clique na imagem para visualizar em tamanho maior A foto mostra uma candeia semelhante à primeira, apresentada em artigo anterior . As candeias são também conhecidas por lamparinas ou, simplesmente, lâmpadas de azeite. Na parte inferior de um suporte, um pequeno vaso contém um óleo (azeite) combustível que alimenta o lume na extremidade de uma torcida (pavio, torcida ou mecha) que sai pelo bico. Dimensões: 27cm x 7cm x 12cm. Esta candeia, assim como a candeia anteriormente apresentada, foram usadas nas décadas de 1940/50 do século XX, em Lagoaça, Freixo de Espada à Cinta.

Surge o Tua, do Rabaçal e do Tuela

Chelas, Mirandela, entre o Rabaçal e o Tuela Surge este artigo, na sequência de outro recente " Era no tempo da apanha ", de Jorge Lage, servindo de simples curiosidade, naturalmente do conhecimento geral, não deixando, contudo, de suscitar algum interesse. Poderá dizer-se que, ao contrário de muitos outros, o rio Tua não nasce, mas sim surge já crescido da junção dos dois rios que envolvem a aldeia de Chelas, na freguesia de, Cabanelas, do concelho de Mirandela, ambos com origem no país vizinho. Aspeto de uma rua da aldeia de Chelas, Mirandela Muito terá Jorge Lage a dizer e ensinar sobre essa linda aldeia de Chelas de onde é natural, não me sentindo eu capaz de o fazer e, por isso, deixo aqui o repto ao escritor e investigador para, com todos os pormenores e saberes, escrever novos textos sobre Chelas, divulgando-os neste blogue – o NetBila, em netbilanews.com , sabendo bem que Jorge Lage, neste momento, novas pesquisas e novas aventuras de invest

"Era no tempo da apanha", por Jorge Lage

Ou da Barca!... Ou Ti Bnadito!... Era no tempo da apanha, em que o rio gelado pela fúria das invernias e das neves derretidas na serra da Sanábria impunha respeito, indo pelas bordas e levando o meio cheio. Rio Tuela, Chelas, Mirandela, antes de juntar-se ao rio Rabaçal, dando origem ao rio Tua As maiores incertezas assaltaram o Ranhiço, quando passou o S. Sebastião. Depois, foi andar de mata cavalos até ao «Alto da Maravilha», que hoje é cruzado pela A4. Passada a Maravilha (maravilhoso mar de Oliveiras medievas), o protesto do Ranhiço andar a altas horas da noite era dada pelo afouto latir dos cães da «Azenha do Riça». Duzentos metros à frente lançou o primeiro grito a «barar» a gélida noite: - Ooouuuu !... E avançava com o coração apertado, apenas escoltado, à direita, pelo enorme muro de xisto da Quinta do Pinto Azevedo. Aqui o grito foi mais forte e o muro agigantou-se e viu-se encurralado entre um muro ligado à fraga e pela frente o marulhar baixinho da correnteza que parecia con

Candeia

Candeia da década de 1940 Candeia - dimensões: 27cm x 7cm x 12cm Clique na imagem para visualizar em tamanho maior Objeto em folha delgada de ferro que servia para alumiar (iluminar) espaços interiores das habitações. Na parte inferior de um suporte, um pequeno vaso contém um óleo combustível que alimenta o lume na extremidade de uma torcida que sai pelo bico. Objeto da década de 1940. Esta candeia e outras semelhantes eram utilizadas regularmente, desde há muitas décadas até aos anos 70, do século XX. No entanto, julga-se que, em alguns pontos de Portugal, excecionalmente, ainda se utilizará, na falta de energia elétrica.

Responso de Santo António

Responso de Santo António, enviado por Jorge Lage Beato Santo António se lebantou, Se bestiu e calçou Suas santas mãos labou, Ao Paraíso cortou. Chigou ao meio do caminho Com o Senhor se incontrou, – Para onde bais, Beato Santo António? – Com o Senhor eu bou. – Tu comigo num irás Que eu p’ro Céu subirei. Tudo quanto me pedires te farei: Cães e lobos com os dentes trabados; Rios e regatos bão imbaçados; Corações inimigos acobardados; O perdido seja achado; O esquecido, lembrado. Peço ao Beato Santo António …(pedido)… Pai Nosso... (Avé Maria… Salve Rainha…) in «Quem me dera naqueles montes…» de António Mosca (As duas últimas orações são nosso acrescento) Sempre que se perdia uma rês no campo, para além da perda material era sentida como se fizesse parte da casa de lavoura. Era sempre motivo de buscas para ver se encontrava morta ou viva. Ainda estou a ver há mais de cinquenta anos um corpulento carneiro, que ficou preso numas silvas na Recta Figueira (termo de Chelas). Passados uns dias,

Trás-os-Montes: saberes, artes, tradições

Saberes, artes e tradições Muitos dos saberes, artes e tradições de Trás-os-Montes são passados pela memória, de geração em geração. As gentes desta terra nascem a gostar dos presuntos, da carne de porco com castanhas, da vitela e do cabrito assado à moda de Montesinho e da posta mirandesa. Sabe-se que dos bovinos desta região sai a melhor carne: de Miranda, a raça mirandesa, do Barroso, a raça barrosã, do Marão, a raça maronesa. Aprende-se a rota dos vinhos de Chaves, de Valpaços, de Macedo de Cavaleiros e do Planalto Mirandês. Bebem-se estes vinhos num ritual de amizades colectivas.Nos lugares serranos, cercados de centeio e de lameiros, haverá, certamente, o forno do povo, que se reacende, simbolicamente, em volta da cozedura do pão em dia de festa ou de cerimónia. Outrora, quando povoações vizinhas se encontravam em pastagens próximas, os pastores lançavam os touros um contra o outro para os verem lutar. Terá assim nascido a "chega" dos bois barrosões que se transformou e