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Jorge Golias, «Pai da Revolução» do 25 de Abril

Jorge Golias, «Pai da Revolução» do 25 de Abril por Jorge Lage O mirandelense Coronel Jorge Golias é o «Pai da Revolução» do 25 de Abril Jorge Sales Golias e "A Descolonização da Guiné-Bissau" A revista trimestral «O Referencial», órgão de informação da Associação 25 de Abril, no seu n.º 128 (Janeiro a Março de 2018) traz uma interessante peça sobre o colaborador do Notícias de Mirandela, Cor./Eng., Jorge Golias, com o título «O Pai da Revolução». Como diz o povo, «a verdade é como o bom azeite, vem ao de cima». Já aqui tinha referido que Jorge Golias esteve na génese do «Movimento dos Capitães» e o texto d’«O Referencial» vem confirmá-lo como verdade histórica. O texto da «Referencial» deve-se a Jorge Golias ter sido o «orador convidado» da 13.ª edição dos «Almoços com histórias», na sede da Associação 25 de Abril, em 10 de Janeiro último. Aí «o Coronel Jorge Sales Golias desfiou memórias, recordou narrativas, reviveu momentos da guerra na Guiné-Bissau e da revolução em Por

Jorge Sales Golias

Jorge Sales Golias por Jorge Lage Jorge Golias em destaque na Associação 25 de Abril A associação 25 de Abril, presidida pelo Coronel Vasco Lourenço, escolheu para o primeiro almoço/debate, de 2018, dia 10 de Janeiro, o Coronel Jorge Sales Golias, mirandelense que esteve na génese do Movimento dos Capitães. Grândola escreveu o seu nome no Monumento aos Capitães. Jorge Golias é seguramente uma das personalidades mais cultas de Mirandela e o que melhor conhece a sua longa História Municipal.  Nas Forças Armadas o seu nome é incontornável para as altas patentes e a História Contemporânea de Portugal refere-o como um destacado militar de Abril. Vasco Lourenço, no texto difundido aos associados, afirma que «o Jorge Golias (…) é um capitão de Abril genuíno, de todas as horas» e «elemento fulcral do Movimento dos Capitães na Guiné, o Golias seria determinante na conspiração, na acção concreta do 25 de Abril e no processo de descolonização/independência dessa antiga colónia portuguesa. (…) O c

Coronel Jorge Golias

Jorge Golias por Jorge Lage Biografia do Coronel Jorge Golias Terão andado, em Mirandela, à procura de alguém influente no 25 de Abril para discursar. Eu referiria duas personalidades: uma o ex-vereador e um dos melhores escritores de Mirandela, o Tenente-Coronel Henrique Pedro; o outro esteve na génese do MFA e do 25 de Abril, o Coronel Jorge Golias. Mas, para quem pouco conhece Jorge Sales Golias, nasceu em 1941, em Mirandela, onde fez o 5.º ano liceal e o 7.º no ex-Liceu Camilo Castelo Branco, em Vila Real. Concluiu a Academia Militar e Engenharia Eletrotécnica no IST. Participou na Guerra Colonial (Guiné 1972-1974) e no 25 de Abril de 1974 foi Chefe de Gabinete do Governador da Guiné, membro do MFA, do Conselho de Administração dos CTT/TLP e adjunto do Chefe de Estado-Maior do Exército. Tem o curso de Estado-Maior, o curso de Logística do Exército dos USA e o de Gestão de Empresas na AIP. É Coronel reformado. Foi administrador de três empresas. Pertence à CHT – Comissão da História

Aníbal Milhais, o soldado Milhões

Era transmontano o soldado Milhões por Barroso da Fonte Herói Nacional da I Guerra Mundial Nasceu em Valongo de Milhais, concelho de Murça, em 9 de Julho de 1895. Faleceu em 3 de Junho de 1970. O heróico soldado, gastando as suas munições e aquelas que os seus camaradas iam deixando à medida que tombavam, manteve os alemães em respeito, o que facilitou a retirada aos fugitivos. Esse gesto que contrariava as ordens do seu comandante, evitou a carnificina humana que seria muito mais catastrófica do que foi. Aníbal Augusto Milhais, seu verdadeiro nome, regressou ao seu batalhão, depois de vaguear sozinho, à deriva, facto que mais enobreceu a sua clarividência, lealdade e bravura. Logo aí foi condecorado com a Ordem de Torre e Espada do seu comando e, ainda em França, é-lhe conferida a mais alta condecoração a que um soldado raso pode aspirar. Em 1919 regressa a Portugal, passa pelos quartéis onde prestara serviço (Bragança, Chaves e Tomar) e recolhe a

Soldado Milhões

Soldado Milhões Centenário da Batalha de La Lys por Jorge Lage A Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, de Lisboa, homenageou o Soldado Milhões, a 14 de abril de 2018, por ocasião do Centenário da famosa e maldita Batalha de La Lys, durante a Primeira Grande Guerra. Esta viria a terminar, sete meses depois, pelas onze horas, do dia 11 de novembro de 1918. Esta guerra foi de uma grande envergadura em que lutaram de ambos os campos de batalha cerca de setenta milhões de militares e tombaram nas várias frentes de guerra uns nove milhões. A batalha mais mortífera para o CEP (Corpo Expedicionário Português) deu-se na planície de La Lys. Esta toca-me por vários motivos: pela dimensão das baixas do exército português (alguém terá passado informação aos alemães porque fomos atacados quando se ia processar à substituição das nossas tropas por ingleses); por, mesmo estando feridos, carregarem na retirada o célebre Cristo das Trincheira que se encontra no Mosteiro da Batalha (há quase 60 anos); por

Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos, em Amarante

A Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos foi construída pela Ordem Terceira de S. Domingos, concluída em 1725 Amarante é uma cidade sede de concelho pertencente ao distrito do Porto. O município de Amarante está encostado geograficamente à região do Alto Douro, nomeadamente aos concelhos de Vila Real e de Santa Marta de Penaguião. Em virtude da chegada dos voos "low cost" ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, a cidade de Amarante tem visto, nos últimos tempos, aumentar o número de turistas estrangeiros, não só para a visitarem, mas também utilizando-a como ponto de passagem para o Douro Vinhateiro. Em Amarante muito há para visitar e observar atentamente como por exemplo a célebre Igreja de São Gonçalo. No entanto, neste artigo, pretendemos dar conta das obras de recuperação de outra igreja, não menos importante, a Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos, também conhecida por Igreja de S. Domingos. Essas obras terminaram já em 2011, estando assim as suas portas abertas, todos

Oleiro de Bisalhães

O Senhor Ramalho, oleiro de Bisalhães Foi em 1962 que fui para a estrada do Marão e já o meu pai lá tinha estado desde 1940, mais ou menos. Era um saltinho de Bisalhães até ali. Por volta de 1950, alcatroaram a estrada... Lá se ouve o barulho de um automóvel. Será que vai parar? Vinte ou trinta escudos era o que fazia num dia. Enquanto os meus filhos eram pequenos, a minha mulher vestia-os com qualquer trapo que comprava na feira. Quando cresceram, tive de arranjar emprego na Câmara. Era varredor, mas não gostava. Ao fim do dia, lá ia eu para o barraco que fiz ao pé da estrada. Aí tinha o forno, o barro e a roda. O pior era no Inverno: vinha o vento e muitas vezes partia-se a louça. E o frio? Muito lá rapei. E andei assim uns anitos. Depois fartei-me de varrer as ruas; o que eu gostava mesmo era fazer panelos. A "patroa" bem dizia: ó homem, um emprego é mais certo, e logo na Câmara. Não te metas em alhadas. Mas eu não quis saber e dediquei-me à arte a tempo inteiro. Dei um ar

Roteiro Arqueológico e Artístico do Concelho de Vila Real

Capela de Guadalupe O "Roteiro Arqueológico e Artístico do Concelho de Vila Real" é da autoria de João Parente. De um modo claro, conciso, João Parente apresenta num pequeno livro textos precisos sobre o património arqueológico e artístico do concelho de Vila Real e imagens expressivas desse património, tudo muito bem enquadrado e esquematizado com os mapas respetivos dos lugares e diversos monumentos e seus pormenores, proporcionando o autor uma consulta rápida, numa leitura simples e culturalmente enriquecedora. Do livro "Roteiro Arqueológico e Artístico do Concelho de Vila Real" de João Parente (textos e fotografias) e mapas de Leonor Ribeiro, com produção de Mediana - Sociedade Gestora de Imagem e Comunicação, retirámos um excerto "Capela de Guadalupe" transcrito a seguir: Roteiro Arqueológico e Artístico do Concelho de Vila Real «É um templo do último quartel de século XV. A circunstância de ter sempre escassez de meios conservou-lhe a beleza e a unid

Mona Lisa

Mona Lisa – La Gioconda, Museu do Louvre, Paris Reabriu o Museu do Louvre “Degustada” pelos olhares dos seus visitantes em observações entrecruzadas, Dona Mona Lisa – La Gioconda –, nos anos desgastada e hoje em dia dócil aos smartphones e seus flashs enérgicos, a esposa de Giocondo ali se expõe, de novo, no Museu do Louvre, em Paris, desprovida de formas e saliências modernas, imparcial de atitude. Certamente influenciada pela fortaleza ilimitada de conhecimento do seu génio – Leonardo da Vinci –, misteriosa, esboça simpáticos sorrisos a todos quantos se encontram naquela sala, atentos às vontades de maior proximidade e sobretudo em melhoria de enquadramentos eletrónicos, numa focagem condigna e primorosa que pretendem alcançar. Num certo despropósito, ressaltam disseminados fónicos sinais, descompostos na doidice emaranhada por entre falares e quadros musicais inicialmente confusos, moldados depois e projetados pelo som da Orquestra Filarmónica de Stuttgart, acompanhando do céu cânti

O ArteAzul'Atelier, em Vila Real

ArteAzul'Atelier: atividades decorativas artesanais e pintura Tivemos já oportunidade de descrever com pormenor o ArteAzul'Atelier , em Vila Real, nomeadamente sobre o seu início e projeto, que tem vindo a desenvolver-se desde finais de 2001. Tendo sido a pintura tradicional em azulejos um dos capítulos de iniciação das atividades do ArteAzul'Atelier, servindo a azulejaria de mote para a sua designação, variadíssimas áreas das artes decorativas e também a pintura se foram acrescentando à ideia inicial. Entendeu-se como elemento relevante, para além da execução artesanal e a realização de obra artística, a divulgação dos trabalhos e obras realizadas, com algumas exposições, mas principalmente através da internet. A comunicação constitui assim uma parte importantíssima do ArteAzul'Atelier, no sentido de, com imagens e descrições teóricas, dar a conhecer o desenvolvimento do projeto e novidades sobre as diferentes tarefas. A este propósit

Sinonímia, toponímia e outros conceitos

Diz Jorge Lage: - Não é fácil investigar sobre sinonímia, toponímia e outros conceitos «Quem me dera cá o Verão, O tempo das carmiadas! Queria dar ao meu amor Quatro castanhas piladas.» Nesta quadra do cancioneiro da castanha, destaco a palavra «carmiadas» que tem diversos significados exarados no Grande Dicionário da Língua Portuguesa (de José Pedro Machado): poderá ser um estado da Natureza que tem muitos frutos vermelhos (este tempo seria no Verão ou princípio do Outono). O douto Frei Henrique Pinto Rema, da Academia de História, baseado no mesmo léxico, avançou-me com: «<carmeada>, efeito de carmear, de desfazer de nós (...), <carmear>, desenrolar, abrir» e para hipótese de descascar as castanhas e cozê-las (tempo de Outono e de magustos). Eu, inicialmente, associei carmeadas a desfolhadas, por ligação aos «farripos» ou tiras do folhato ao descaroçar-se o milho e as castanhas assadas que se comiam no final, como reza noutra quadra po

Vídeo sobre Jorge Lage

Jorge Lage, investigador e escritor Um curto vídeo que me encheu a alma Quem leva uma árida vida a desbravar e recolher a nossa memória imaterial pouco tempo lhe resta para sonhar. Abraço os projectos e, depois, vou em frente. Haja fome, sede, suor e dor, tudo faz parte da vida. De quando em vez, lá vem o estímulo de um amigo ou leitor generoso e sabe a bálsamo para amenizar as feridas da vida. Os elogios quase sempre me deixam um travo na alma, de atenção, amizade ou generosidade dos que os tecem, mais do que o valor que possam ter. Se os amigos soubessem, como me comovem, quão me enchem a alma nos momentos mais críticos, de dúvida ou desânimo! Se soubessem que o tempo mais difícil e de maior desassossego começa quando digo à tipografia para imprimir os livros e prolonga-se até aos embates com o público nas apresentações! Dificilmente faltariam às apresentações dos livros! Nos projectos em que me meto dificilmente os abandono. O mais duradouro tem s

Festa de Natal da Universidade Sénior de Vila Real, 2019

Pequeníssimo resumo da festa de Natal da Universidade Sénior de Vila Real, em 20-12-2019.

O Sr. Manuel, tanoeiro

O Sr. Manuel, tanoeiro de Vilarinho se S. Romão Os pipos em miniatura efetuados de modo artesanal que se apresentam na foto são da autoria do Sr. Manuel Dias da Silva e mostram a evolução, ao longo dos séculos, dos arcos que seguram as estruturas de madeira das pipas e tonéis. O Sr. Manuel, como escrito no artigo anterior, era um profissional exímio como tanoeiro e uma pessoa respeitada e muito conhecida na região, marcando presença em publicações como no livro "Sabrosa - da serra ao rio".  Apesar de idade avançada quando o conheci, o Sr. Manuel mantinha uma vontade extraordinária de explicar tudo o que sabia acerca da sua profissão e dos trabalhos de tanoaria em miniatura que, já na reforma, gostava de realizar. Desde muito cedo, doze anos, O Sr. Manuel iniciou a sua aprendizagem no ofício de tanoeiro. A sua oficina, nos últimos anos da sua vida, fora da azáfama de outros tempos, permanecia mais ou menos silenciosa quando o visitávamos. Concentrado, já um pouco trémul

Manuel Dias da Silva - tanoeiro

Na oficina do Sr. Manuel O Sr. Manuel, não estando já entre nós, infelizmente, lançava um primeiro olhar observador aos visitantes da sua oficina. Homem de poucas palavras antes da conversa ir de encontro ao que o entusiasmava: a construção de pipos e a transformação destes em bares rústicos, nichos, objetos decorativos, bancos, mesas, etc. As miniaturas eram outra parte do seu trabalho. Os pequenos pipos e cubas de cinco e dez litros, construídos com madeira de carvalho já avinhada, eram exemplo da sua perfeição e dedicação a uma profissão artesanal. A execução fiel das suas réplicas era para o Sr. Manuel uma constante preocupação e todos os pormenores cuidadosamente estudados de forma que o resultado final mostrasse exatamente o trabalho de origem. Não se limitava ao trabalho manual. Tanto quanto possível, lia, estudava e observava imagens antigas. Só assim conseguia executar com qualidade e transmitir conhecimento como o relacionado com os arcos dos pipos. Houve uma evoluçã

Remostar

No fabrico do vinho, remostar A palavra “remostar” não figurará no dicionário. No entanto, “pequenos” ou “grandes” agricultores, talvez os mais antigos conheçam os procedimentos de “bem” fazer vinhos que deram origem àquele vocábulo. O que significa então “remostar”? Antes de tudo, pela informação recolhida, não é mais que uma pequena trafulhice e, também neste particular, há quem a considere “pequena” ou “grande”; mas seja como for, aconteciam ou ainda acontecem casos em que o vinho do ano anterior, de fraca qualidade e sabor, era adicionado ao mosto, já no lagar, após a primeira ou segunda pisadas, tentando elaborar-se uma mistura – reles bebida – de modo a que a “mijoca” antiga se dissolvesse escondida no mosto novo. Ora, acontece que a palavra “remostar” continua ainda aplicável, hoje mesmo, talvez não tanto nos vinhos mas certamente em algumas publicações ou mesmo em orçamentos, sejam caseiros ou de estado e parlamentos.

Miradouros

Miradouro: ponto elevado de onde se avista um largo horizonte Designa-se por miradouro um ponto elevado de onde se avista um largo horizonte ou uma grande área de paisagem. Facilmente se poderá confundir este significado com a tendência de separar as palavras “mira” e “douro”. A primeira, “mira” do verbo mirar que pode significar simplesmente “olhar, olhar demoradamente, olhar com muito interesse”. Não se retire, contudo, a conclusão precipitada que “miradouro” se traduz apenas em olhar o rio Douro. A palavra “miradouro” poderá substituir-se por “miradoiro” ou “mirante”. Assim, poderá dizer-se que miradouro é o local de onde se olha e, por isso, bem poderia existir a palavra “olhadouro”, não fazendo esta palavra, contudo, parte do dicionário da Língua Portuguesa. Voltamos então à definição de “miradouro” expressa no início deste pequeno texto: ponto elevado de onde se avista um largo horizonte. A palavra usa-se para qualquer ponto de qualquer região e não exclusivamente para a regi

Evolução da viticultura no Douro

Os vinhos do Douro O Vinho do Porto é um vinho com uma história que teve início no século IV d.C. quando os romanos dinamizaram o cultivo da vinha nos terrenos xistosos das encostas do Douro. Nos últimos trinta e cinco anos muito têm evoluído as técnicas que permitem imprimir aos vinhos do Douro em geral e ao Vinho do Porto em particular excelentes características de superior qualidade. A este propósito, um dos pormenores importantes que convém assinalar é a vigilância constante às uvas na sua fase final de maturação. Entre a última semana de julho e a primeira de agosto, altura do chamado "pintor", isto é, altura em que as uvas começam a mudar de cor, e a sua colheita, após quarenta ou cinquenta dias, observações e análises são efetuadas frequentemente para medir o teor de açúcar, a diminuição dos ácidos e a qualidade dos aromas. Estas análises são executadas segundo técnicas modernas, capazes de informar os produtores para o período exato em que a vindima deve ser efetuad